metareciclagem

Inovação e tecnologias livres 1 - a década que foi

O começo do milênio

Dez anos atrás, naquele começo de década que foi também começo de milênio, eu tinha acabado de decidir que continuaria em São Paulo. Havia me mudado para a capital do concreto no ano anterior para viver com a família de meu pai, mas ele estava retornando a Porto Alegre. Foi o coração que me convenceu a permanecer. O coração romântico, apaixonado por aquela que veio a se tornar minha amada e mãe da minha filha, mas também o coração da coragem, do desafio. Me incomodava a ideia de voltar a Porto Alegre sem ter realizado nada de relevante. Fiquei. Para pagar as contas vendi o carro, comecei a trabalhar em uma produtora multimídia e de internet, mudei para uma casinha pequena e simpática a dois quarteirões do trabalho.

A internet era cada vez mais importante na minha vida. Eu tinha a sensação de que a vivência em rede levava a modos de aprendizado, criação e sociabilidade que não tinham precedentes. Pela rede conheci outras pessoas que compartilhavam a certeza de que a internet não era só comércio, nem o mero acesso a conteúdo publicado por outras pessoas. Entendi que cada pessoa conectada à rede é também uma co-criadora, que não só acessa conteúdo (uma abstração equivocada), mas também constrói um contexto único em que interpreta e reconfigura tudo que vivencia.leia mais >>

MetaReciclando as cidades digitais

A MetaReciclagem

A rede MetaReciclagem completou recentemente oito anos de um diálogo aberto e colaborativo sobre apropriação tecnológica. Ainda insistimos em não nos deixar enquadrar nas caixinhas temáticas que tentam nos associar ao mero reuso de computadores com a instalação de software livre e montagem de espaços de inclusão digital. Certamente, isso constitui uma das bases comuns entre os integrantes da rede, e até assumiu ao longo do tempo um caráter ritual, de replicação de metodologias que constroem identidade. Mas nossos horizontes são mais amplos: a desconstrução de tecnologias é um universo abrangente. Aí incluímos computadores e dispositivos enredados, mas também a construção de habitações, a culinária, a tecnologia aplicada ao meio ambiente, assim como os meios de comunicação, as linguagens artísticas, as formas coletivas de organização e existência. Entendemos como tecnologia toda ação ou objeto que embute um propósito a partir de algum método.leia mais >>

Rede//Labs - Caminhos brasileiros para a Cultura Digital Experimental

Nos anos recentes, as tecnologias de informação e comunicação se desenvolveram em um ritmo bastante acelerado, disseminando-se por praticamente todas as áreas do conhecimento. Os brasileiros viramos recordistas no tempo mensal de uso de internet, especialmente com o uso em massa de redes sociais – uma tendência que seria vista em todo mundo alguns anos depois do que por aqui. As tecnologias em rede fazem cada vez mais parte do imaginário – mais um motivo para experimentação, crítica e reflexão. Grande parte dos programas de inclusão digital do terceiro setor e do setor público também já entenderam que sua missão não pode estar limitada a oferecer acesso, e atuam na dinamização de projetos (como os projetos comunitários nos programas Acessa SP e Telecentros.br articulados pela Weblab.tk), formação de público e desenvolvimento do potencial de jovens criadores.leia mais >>

Intro

Minhas pesquisas atuais passam pela busca de formatos que possibilitem a experimentação com tudo aquilo que opera na interseção entre as redes digitais livres e a vida cotidiana. Também me interessam possibilidades baseadas na expansão da ideia de inovação. Geralmente a inovação é associada a intenções meramente instrumentais, formas de criar oportunidades de exploração comercial. Entretanto, existe um potencial gigantesco de estimular o desenvolvimento da inovação também como motor de transformação social, a partir do diálogo entre o campo dos commons - a produção aberta e em rede - e o que se poderia chamar de pós-digital - internet das coisas, computação física, fabricação doméstica, mídia locativa e afins. Existe ainda outra linha que se cruza com esses referenciais: a incorporação e valorização de traços culturais presentes nas culturas brasileiras - a gambiarra como criatividade do dia a dia e o mutirão como sociabilidade dinâmica e orientada à mudança. Minha busca atual é costurar todas essas coisas em propostas concretas.leia mais >>

Cyberpunk de Chinelos

O mundo virou cyberpunk. Cada vez mais as pessoas fazem uso de dispositivos eletrônicos de registro e acesso às redes - câmeras, impressoras, computadores, celulares - e os utilizam para falar com parentes distantes, para trabalhar fora do escritório, para pesquisar a receita culinária excêntrica da semana ou a balada do próximo sábado. Telefones com GPS mudam a relação das pessoas com as ideias de localidade e espaço. Múltiplas infraestruturas de rede estão disponíveis em cada vez mais localidades. Essa aceleração tecnológica não resolveu uma série de questões: conflito étnico-cultural e tensão social, risco de colapso ambiental e lixo por todo lugar (em particular o Lixo Eletrônico, que no Brasil ainda está longe de ter o tratamento adequado), precariedade em vários aspectos da vida cotidiana, medo e insegurança em toda parte. Mas ainda assim embute um grande potencial de transformaçãoleia mais >>

Prêmio de Mídia Livre 2009

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Em 2009, depois de um grande esforço para conseguir concentrar o foco e colocar em texto um monte de ideias que flanavam soltas ao redor da rede MetaReciclagem, nós fomos selecionados (mesmo que em segunda chamada) na primeira edição do Prêmio de Mídias Livres do Ministério da Cultura. A inscrição foi feita através da Associação Agente Cidadão, parceiro da MetaReciclagem desde nossa pré-história. Logo depois da notícia da premiação, fizemos uma série de reuniões no IRC para conversar sobre como seria aplicado o dinheiro do prêmio. Decidimos por três eixos de atuação, cada um ficando com cerca de um terço dos recursos:leia mais >>

Cidades digitais, a gramática do controle e os protocolos livres

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Minha busca por alternativas locais, sustentáveis e justas para o desenvolvimento de inovação e tecnologias livres aponta cada vez mais para a necessidade de maior articulação entre duas classes de estruturas informacionais que se sobrepõem: a cidade e as redes digitais. Eu escrevi aqui no ano passado sobre a perspectiva de cidade como sistema operacional. Essa aproximação não é inédita. Na mesma fronteira mas talvez em sentido inverso, o artigo Reading the Digital City, publicado no Next Layer por Clemens Apprich, analisa justamente a influência que a ideia de cidade exerceu nos primeiros anos de popularização da internet, e como essa influência foi usada para estabelecer relações de controle e poder:

"Não é por acidente que a cidade tenha sido escolhida como uma das mais significativas metáforas para os primeiros dias da internet. A cidade tem (como o Ciberespaço) uma origem militar e é definida (pelo menos simbolicamente) por muros cujos portões constituem a interface para o resto do mundo. (...) A interface determina como o usuário concebe o próprio computador e o mundo acessível a partir dele."

leia mais

Janxs - versão epub

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Lançamos ontem a edição verão 2011 do MutSaz, inspirado por Janxs. Nas nossas publicações mais recentes, eu já estava flertando com formatos de ebook. Fiz algumas experiências convertendo com o calibre o HTML gerado pelo Lyx. Foram relatados problemas de encode, de quebra de capítulos e outros.

Para Janxs, resolvi retomar a pesquisa. Depois de ler dois livros lançados no formato epub (um padrão livre e aberto, com bons clientes em muitas plataformas), resolvi me concentrar nele. Cheguei até a elencar a busca de softwares para editar ebooks nas minhas prioridades para 2011.

Testei o módulo epub do drupal que poderia gerar ebooks automaticamente. O módulo é complexo demais, gerou um epub pesado e que não funcionava. Tentei debugar, mas acabei deixando de lado. Depois de pesquisar mais um pouco, encontrei o Sigil - um software que simples e objetivamente fazia exatamente o que eu precisava: formatar um epub de maneira clara e sem frescuras. E melhor: livre e multiplataforma.leia mais >>

Janxs na área

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Janxs chegou para contar como foi o verão. Trouxe reflexão sobre mudança, contemplação, experiências. Veio com gente nova, inclusive alguns gringos (sabe como é verão em terras tropicais, sempre tme um gringo na área).

Foi mais uma vez um trampo colaborativo feito de muita dedicação e parceria.

Saiba mais, baixe e navegue por essa edição aqui. Se gostar, aproveite para dar alguma ajuda pro mutgamb.

var flattr_uid = 'efeefe'; var flattr_tle = 'Janxs na área'; var flattr_dsc = '

Janxs chegou para contar como foi o verão. Trouxe reflexão sobre mudança, contemplação, experiências. Veio com gente nova, inclusive alguns gringos (sabe como é verão em terras tropicais, sempre tme um gringo na área).

Foi mais uma vez um trampo colaborativo feito de muita dedicação e parceria.

Saiba mais, baixe e navegue por essa edição aqui. Se gostar, aproveite para dar alguma ajuda pro mutgamb.

'; var flattr_tag = '2011,apocalipse,autonomia,bardos,calor,carnaval,celebração,chuvas,commons,copyleft,criatividade,cultura digital,dengue,ecad,estação,faunos,fertilidade,festa,janxs,mudança,mutsaz,propriedade intelectual,sazonal,transição,verão'; var flattr_cat = 'text'; var flattr_url = 'http://mutgamb.org/blog/Janxs-na-area'; var flattr_lng = 'en_GB'

UID

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Há alguns meses já estávamos com problemas em alguns posts do site da MetaReciclagem: apareciam de repente sem estar associados a nenhumx autorx, e isso atrapalhava o acesso e a edição do conteúdo. Não consegui descobrir a causa do problema (que afeta, em verdade, uma proporção ínfima do site - duas páginas em um universo de mais de 2000), mas hoje aprendi a consertar, com ajuda do Wundo. Lá vai:

Entrar no mysql

#mysql -u usuario -p

Selecionar o banco de dados

mysql> use bancodedados;

Verificar se o problema é mesmo o id de usuárix

mysql> SELECT uid from node where nid=XXX;

(onde XXX deve ser substituído pelo ID do node em questão)

O resultado aqui foi:

+-----+

| uid |

+-----+

|   0 | 

+-----+

Ou seja, o node está associado ao usuário 0, que não existe. Então vou associá-lo ao usuário 1 (que é o superusuário do drupal) e posteriormente posso atribuir a quem eu quiser através da interface web:   mysql> UPDATE node SET uid = 1 WHERE nid = XXX;   E pronto, os nodes voltaram a ser associados a usuários do site: EventosEtc e APH-no-Recife. Infra Lógica