software livre

Entrevista para revista A Rede

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Patrícia Cornils esteve em Ubatuba no mês passado para me entrevistar para a revista A Rede. O resultado está aqui:leia mais >>

Inovação e tecnologias livres 2 - hojes e depois

Acesso é só o começo. Nos dias de hoje e no futuro próximo, a separação entre incluídos e excluídos digitais está se reduzindo cada vez mais. Mas existe outra tensão à qual precisamos ficar atentos: a tensão entre tecnologias de confiança e tecnologias de controle (como exposto por Sean Dodson no prefácio do Internet of Things, de Rob van Kranenburg). Essa situação já está à nossa porta.leia mais >>

Inovação e tecnologias livres 1 - a década que foi

O começo do milênio

Dez anos atrás, naquele começo de década que foi também começo de milênio, eu tinha acabado de decidir que continuaria em São Paulo. Havia me mudado para a capital do concreto no ano anterior para viver com a família de meu pai, mas ele estava retornando a Porto Alegre. Foi o coração que me convenceu a permanecer. O coração romântico, apaixonado por aquela que veio a se tornar minha amada e mãe da minha filha, mas também o coração da coragem, do desafio. Me incomodava a ideia de voltar a Porto Alegre sem ter realizado nada de relevante. Fiquei. Para pagar as contas vendi o carro, comecei a trabalhar em uma produtora multimídia e de internet, mudei para uma casinha pequena e simpática a dois quarteirões do trabalho.

A internet era cada vez mais importante na minha vida. Eu tinha a sensação de que a vivência em rede levava a modos de aprendizado, criação e sociabilidade que não tinham precedentes. Pela rede conheci outras pessoas que compartilhavam a certeza de que a internet não era só comércio, nem o mero acesso a conteúdo publicado por outras pessoas. Entendi que cada pessoa conectada à rede é também uma co-criadora, que não só acessa conteúdo (uma abstração equivocada), mas também constrói um contexto único em que interpreta e reconfigura tudo que vivencia.leia mais >>

Inovação e tecnologias livres

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Instigado pela proposta do baú da década (mas atrasado como contribuição), escrevi um texto sobre como estou vendo o momento atual. Dividi em duas partes: na primeira, analiso coisas que aconteceram nos últimos anos (em especial desde a criação do projeto Metá:fora até agora); na segunda coloco alguns temas que estão me interessando de hoje para o futuro. É um começo de conversa que tem a ver, entre outras coisas, com o que vem depois da inclusão digital, com a relevância das tecnologias para o futuro do Brasil e com inovação baseada em conhecimento livre. Espero comentários, críticas e sugestões.

Ler online no blog desvio:

Parte 1: a década que foi; Parte 2: hojes e depois.

Também publiquei versões em PDF, Epub e Kindle no Archive.org (e replicando aqui também o PDF).

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UbaLab

Sem fio - plataforma etérea

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Como comentei no post anterior, já há algum tempo temos articulado referências sobre possibilidades relacionadas a redes sem fio. No começo era uma curiosidade técnica, mais uma potencial expansão de horizontes do eterno jogo de descoberta que é brincar com tecnologia livre (o que faz com que muita gente - eu incluído - acabe se dedicando a projetos que não dizem nada para outras pessoas, justamente porque não conseguem explicar essa dimensão do fascínio da descoberta, mas isso é outro assunto). Com o tempo, acabei misturando a pesquisa de redes sem fio com a exploração conceitual de paralelos entre magia e tecnologia (mais sobre isso no meu blog de tecnomagia). Também começava a formular uma questão: como pode se articular a perspectiva da MetaReciclagem e das várias mimoSas que rolaram por aí - que demonstram de maneira muito concreta o potencial da apropriação crítica de tecnologias - com esse universo mais etéreo das redes sem fio.leia mais >>

UNR

Em março aproveitei a viagem para o wintercamp e o interesse de um broda pra vender meu EEE e comprar um Samsung NC10. Já estava de olho no NC10 desde que saiu, por conta de duas coisas que me incomodavam no EEE: o teclado e a bateria. Tem outras características que não me importavam tanto como a tela maior (10"), o bluetooth incorporado e o disco de 160Gb (e o @jacklake veio reclamar que eu, que tinha defendido tanto o fato de o EEE usar um SSD, agora estava voltando atrás, mas o fato é que não tive escolha - se houvesse um NC10 com SSD, pegava na hora). De qualquer forma, o teclado decente e a bateria que dura o dobro do tempo foram os fatores decisivos pra mim.

Na época, li uns relatos do Ubuntu 8.10 nele, e parecia haver problemas. Instalei o Debian Lenny - poucos problemas, como o wi-fi só funcionar com um kernel mais atual do que o que vem com ele - e fiquei com ele por mais de um mês. Há algum tempinho, inventei de ao mesmo tempo compilar um kernel RT e rodar um aptitude upgrade. O gnome baleiou, e meu mouse sumiu. Depois de um dia tentando identificar o problema sem encontrar solução (consegui alguns dias depois), topei com um post comentando que estava sendo pré-lançado o Ubuntu Netbook Remix do Ubuntu 9.04, Jaunty Jackalope.leia mais >>

Spicebird

Testei esses dias o beta do spicebird. A proposta do software é bem interessante: acrescentar à engine do thunderbird funcionalidades como agenda, tarefas e IM, além de agregador RSS, postagem em blogs e widgets do google. Mas ainda deixa muito a desejar: o e-mail funcionou bem, mas o IM só dá algumas pistas de existir e não aparece em lugar nenhum. Os widgets que eu usaria (gmail e google reader) pedem autenticação mas não deixam (acabam direcionando pra uma janela do firefox). Desisti da versão atual (0.7), mas vou ficar de olho nas próximas. E-mail, IM e RSS são uns 80% do que eu faço online, e ter um software dedicado pra isso é uma excelente idéia. Se funcionar bem e tiver algo como o twitterfox, me ganhou ;)

Bóumer

Acho que sábado vi o nome do demônio-mor da MS na Fôia. Hoje à tarde, recebi a notícia de que a MS oferecia para as escolas públicas paulistas um presente inovador: e-mail grátis (IMO, o retorno da lógica do traficante). Agora, o jornal da globo que o pessoal assiste ali na sala fala que o Bóumer vai explicar por que "os brasileiros gostam tanto do messenger", mas duvido que ele fale sobre o orkuche.

Dá pra acreditar?

Não.

Caldeirao Magico

In Welsh myth, the goddess Ceridwen owned a great cauldron that would magically produce nourishing food--when commanded by a spell known only to the goddess. In modern science, Buckminster Fuller gave us the concept of "ephemeralization", technology becoming both more effective and less expensive as the physical resources invested in early designs are replaced by more and more information content. Arthur C. Clarke connected the two by observing that "Any sufficiently advanced technology is indistinguishable from magic".

To many people, the successes of the open-source community seem like an implausible form of magic. High-quality software materializes "for free", which is nice while it lasts but hardly seems sustainable in the real world of competition and scarce resources. What's the catch? Is Ceridwen's cauldron just a conjuring trick? And if not, how does ephemeralization work in this context--what spell is the goddess speaking?

Eric Raymond, via hdhd 

Software livre e Mídia Tática

Esse artigo foi publicado na revista eletrônica ComCiência, em junho de 2004.

O software livre já é uma opção pertinente para o usuário médio, ou seja, aquelas pessoas que utilizam um ambiente gráfico, cliente de email, player MP3, gravador de CD, descompactador de arquivos e aplicativos de escritório. Existe substituto à altura para grande parte do software proprietário necessário para quase todas essas tarefas realizadas cotidianamente. Para falar a verdade, em alguns casos o software livre supera as opções proprietárias em muitos, caso do navegador Firefox, entre tantos outros exemplos. Esse contexto é potencialmente revolucionário: qualquer pessoa pode hoje usar efetivamente um computador sem contribuir com as remessas de lucros enviadas anualmente para o exterior e evitando também a alternativa mais comum: o uso de software pirata. Isso tem impacto direto nas iniciativas públicas de universalização do acesso à tecnologia, como podem atestar os milhares de usuários dos telecentros de São Paulo. leia mais >>