metareciclagem

Online ou offline?

William Gibson recentemente na Rolling Stone:

Ubiquitous computing?

Totally ubiquitous computing. One of the things our grandchildren will find quaintest about us is that we distinguish the digital from the real, the virtual from the real. In the future, that will become literally impossible. The distinction between cyberspace and that which isn't cyberspace is going to be unimaginable. When I wrote Neuromancer in 1984, cyberspace already existed for some people, but they didn't spend all their time there. So cyberspace was there, and we were here. Now cyberspace is here for a lot of us, and there has become any state of relative nonconnectivity. There is where they don't have Wi-Fi.

In a world of superubiquitous computing, you're not gonna know when you're on or when you're off. You're always going to be on, in some sort of blended-reality state. You only think about it when something goes wrong and it goes off. And then it's a drag.

Um bando de desconhecidos em 2002:

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Devaneio de domingo

Ontem a gente saiu pra dar um rolê no Fórum Social Catalão. Banquinhas e abaixo-assinados interessantes, alguns adesivos pra tampa do pretovelho (que essa semana recebe sua bateria nova e vira um computador portátil de verdade). Nas palestras, nada de muita novidade, não cheguei a assistir muita coisa, mas no geral deu pra sentir um pouco daquele clima do FSM. Peguei um documentário feito por um pessoal daqui, o Processo do Possível. Depois de assistir eu comento. Na cabeça, o tempo todo dialogando com o Mutirão da Gambiarra, que devo começar a agitar logo logo. Fiquei me perguntando o quanto a MetaReciclagem foi influenciada pela movimentação dos FSM. Que outro mundo? Outra coisa batendo na cabeça esses dias é o tema da mesa-redonda em Berlim, web 3.0 - conspirando pra manter a rede pública. Eu tenho relido um monte de loas e críticas ao hype de web2. A crítica poucas vezes se refere às mesmas coisas. Concordo em alguns pontos aqui e ali. Mas me preocupa um pouco os fundamentalismos. Qualquer pessoa que tenha se envolvido de verdade com projetos de transformação social ligados a tecnologia sabe que se não tiver um perfil no orkut e conta no messenger vai ser esquecido em dois segundos. Dá pra pensar nisso como um uso superficial da rede, voyeurismo de coluna social, entregar nossa capacidade de relacionamentos de bandeja pra servidores corporativos que no mínimo ajudam a mapear públicos-"alvo" pra publicidade online, e no limite entregam nossa privacidade pra agências e governos de maneira no mínimo suspeitas. Difícil pensar em um futuro interessante com isso. Será que a rede aberta, livre e com privacidade está definitivamente comprometida? Tô brincando de ficção com um desdobramento dessa idéia, mas meu ficcionador é bem mais lento que meu blogueiro.leia mais >>

Web 3.0

Mandei uma descrição do que pretendo falar no transmediale. Very tosco, mas vqv. Depois eu mudo umas coisinhas.

Keeping the web public is not for all. The majority of people will be attracted
by low-friction voyeuristic crowdsourcing initiatives, but still there are those
who are interested in becoming autonomous actors of the internets. With the
goal of identifying those people with the potential to appropriate technology
in a deeper sense, and giving them the ability to learn and develop their ideas,
a series of projects and actions in Brazil have been adopting a de-constructive
approach and developing free and open technologies that have autonomy as
their main principle.

About me:

Felipe Fonseca is a brazilian independent researcher in the fields of technological
appropriation, free culture and multimedia production. He has been an advisor
for the brazilian Pontos de Cultura project, that has created hundreds of multimedia
centers based on free and open source technology. Felipe is a member of the
consulting board of DesCentro.org, of the international network Bricolabs.net
and one of the founders of MetaReciclagem.org in Brazil.

Atualizando: na real, como a apresentação é no último dia, é claro que eu vou mudar de idéia uma dezena de vezes sobre o que e como falar. Se for repetir o meu comportamento de sempre, só vou saber o que quero falar na madrugada anterior ao dia da apresentação, e vou dormir mal por causa disso. 

Respondendo

Sergio Rosa me mandou algumas perguntas pra um artigo que está escrevendo pro Overmundo. Publico abaixo minhas respostas porque tem algumas coisas que só entendi quando respondia pra ele.

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de Ugarte

Mais coisas se acumulando na minha lista de leituras... já há uns bons dois anos a Fabs me fala sobre David de Ugarte, mas ainda não consegui para pra ler. Coisa de algumas semanas atrás, assinei o feed dele. Há poucos dias, ele comentou sobre fabbing, postou os arquivos de uma apresentação sobre fabbing que deveria ter feito em um evento ao qual não conseguiu ir. Baixei, assisti os vídeos enquanto fazia mais uma dúzia de coisas. Em determinado momento ele fala sobre uma internet de bricoleurs. Compartilhei o post no google reader, estraviz comentou comigo sobre o 11M. Fui ver e encontrei ele no site do de Ugarte, junto com outro de título interessante: El poder de las redes.

Exercício de moderação coletiva

tô ajudando o pessoal do Bank of Common Knowledge aqui em Barcelona.

Eles me pediram pra elaborar um exercício de "pedagogia
P2P", trazendo algum tipo de prática da web pra oficinas
presenciais, sem computadores. Aí comecei a rascunhar
um exercício que simula os sistemas de moderação coletiva
baseados em reputação/karma, como o do slashdot, plastic
e afins. Escrevi um textinho sobre o contexto, sobre tentar
encontrar um meio-termo entre a figura de um editor central
e a ausência total de moderação. E comecei a elaborar o
exercício, até chegar em um ponto em que acho que se
adicionar alguma coisa fica complexo demais, mas se não
adicionar o sistema não fica completo. E queria a opinião
de vocês sobre como terminar. Ou refazer tudo. Ou desistir.

Assim até agora:

1 Cada participante escreve alguma coisa em cinco pedaços
de papel.
2 Todos os pedaços de papel são colados em um mural que
tem cinco linhas: +2, +1, --, -1, -2.
3 Cada participante vai ler cinco textos de outras pessoas, e
pode movê-lo uma linha pra cima ou para baixo. Podem ser
textos que já foram avaliados.

Aí chega o ponto: pra ter um sistema de karma efetivo, as
pessoas que escreveram os textos mais bem cotados
deveriam ganhar pontos de moderação e poder influir
mais em outra fase. Também não sei sobre a economia
dos posts... se eu deixar as pessoas mexerem em mais
textos do que escreveram, desequilibra, mas pode ser
interessante.

Enfim, aberto a pedradas.
 Mandei na lista metarec.

Daltão em Kuala Lumpur

E meu amigo Dalton foi convidado a apresentar a ecommunita (e por tabela a MetaReciclagem) em Kuala Lumpur. Agora há pouco ele mandou isso pra lista: leia mais >>

Comoditizando o futuro

Tem uma conversa muito boa rolando nos comentários de um post do Charlie Stross, que eu não conhecia até ler um post do Ronaldo no Superfície Reflexiva elogiando o escritor. O Charlie comprou um Asus EEE e levanta algumas questões sobre a indústria da tecnologia, lei de moore e a bolha do software proprietário. Ainda tô no quadragésimo comment e tem muitos por vir, mas a conversa é bem interessante... hipóteses e alternativas pra fazer dispositivos mais baratos (e úteis, e...). Aproveitei e mandei o linque pros bricolabs, mencionando a idéia de Generic Information Devices do Matt e ainda fui editar uns links no scuttle - adicionei a tag "gid" no que era relevante. E tudo isso tá alimentando as historinhas que ainda vão sair aqui da minha cabeça (e talvez já estejam, espalhadas por aí, quem sabe?).

Base in comum

O pessoal do virtueel platform publicou o vídeo da apresentação que eu fiz no (un)common ground, em Amsterdam, em setembro. É sempre uma m3rd4 se rever em vídeo, mas se interessar a alguém tá aqui.

Documentando...

Tava aqui lendo mais um pouco, e respondendo a uma conversa por emails muito boa com o Çtalker, e uma questão que apareceu ali no meio é uma coisa que já me incomodou bastante: como criar uma cultura de documentação. Nenhuma resposta possível, só alguns sinais de que as coisas demoram. Mesmo. Mas por fim chegam a acontecer. Tenho ficado bastante feliz em ver que os projetos desenvolvidos pelo Dalton e equipe da eCommunita incorporaram essa preocupação, e têm criado um monte de blogs e publicado vídeos e fotos (cujas fontes, claro, eu tenho adicionado ao agregador da metareciclagem). E encontro ali um eco da minha insistência, das numerosas discussões com o Dalton. E aí pensando tudo isso fui ver a fila de moderação do blogue aqui e encontrei o comentário do Régis no meu post anterior, dizendo "vc me ensinou a importancia de documetar tudo..... documentar.. documentar... valeu!!!!".

E olhei pro sol lá fora e fiquei feliz com o domingo. Valeu Dalton, eCommunita e Regis.