metareciclagem

Loose notes on MetaReciclagem

I have been doing more reading in a week than I used to do in a month, and I always keep a notebook (those made of paper, not electronic ones, remember?) in order to make notes. This week I was opening and reading, with no discipline, Negri and Hardt's Multitudes, one book by Paulo Freire and another about him, Deleuze and Guattari's Mille Plateaux vol. 1, Hakim Bey's TAZ, the last year UnCommon ground session reader, and some of the hundreds of PDFs I'm willing to read in the near future. In between, William Gibson's Pattern Recognition and Calvin and Hobbes. All that while reorganizing metareciclagem website and thinking about the two presentations to make in Amsterdam in two weeks. Follow some notes I got from my notebook.

Knowledge Transfer is an illusion. Teaching as an intransitive verb. Teaching as ethics. A political act, always.

The contents of MetaReciclagem? Howtos. People who get together not because they oppose to something, but because of an interest in how things work. Metaphorical learning - opening and tinkering with hardware may be the same as hacking software, as playing with the meaning and ethimology of words, as sharing cooking recipes, as building your own drums, or piling up bricks in one's home or in a community center back in the neighbourhood. All those actions are a continuum. Opening up means deviating, overcoming the invisible and often invented limitations of purpose, lifetime or meaning. There's an ethics behind deviation, one of non-conformity, of inventing and creating things. Treating the world as raw materials.

Still active. New people every week in the mailing list. A 16 yr old skater, a 15 yr old boy on "MetaReciclagem" classes. And they are not treated as n00bies (except when they ask for it ;) leia mais >>

Curiosidade MetaRecicleira

E pensando tambem sobre a imagem de dialogo radical e problematizador no Paulo Freire com a curiosidade profunda dxs metarecicleirxs. E ai talvez ver a genese da MetaReciclagem como um processo de identificacao e construcao coletiva a partir dessa curiosidade compartilhada, e seu desenvolvimento e evolucao como maneira de:

a) encontrar mais pessoas que entendem essa perspectiva

b) levar essa perspectiva pra outras pessoas

No levar essa perspectiva pra outras pessoas, tem um aprendizado que precisa rolar: quem jah tah dentro sabe que essa curiosidade eh muito mais do que tecnica, mas muita gente chega na MetaReciclagem pelo interesse de desmontar computadores. Soh que com essa influencia que jah eh instintiva que a gente tem de construcao colaborativa e respeito e toda uma etica de raizes humanistas e que tecnologia eh um conceito muito mais amplo, esse aprendizado tecnico do desvelar o funcionamento interno das coisas passa a funcionar como catalisacao, por metafora, de um outro aprendizado. E aqui, talvez seja a hora de a gente perder o medo de falar em educacao. Nao a educacao tecnica em si, mas educar como verbo intransitivo, sob a luz dessa etica. Educar no sentido de mostrar como se aprende de maneira autonoma, dar dicas de onde buscar a informacao, como pesquisar, como filtrar o que se encontra e construir conhecimento na interacao disso com o repertorio de cada 1. leia mais >>

Sensibilidade

Rascunhando sobre MetaReciclagem como pessoas que compartilham uma sensibilidade e uma curiosidade nao soh por como as coisas sao, mas o que as faz serem assim. Aquele impulso de desmontar, ver as partes internas, quase uma descoberta erotica.

Como nos velhos tempos

Tah rolando uma linda e extensa conversa na lista sobre estuturar o site e comecar a juntar a documentacao sobre MetaReciclagem. Um adianto no mutirao da gambiarra que eu to tentando armar, senao um sinal de que ainda tem folego na rede metarecicleira. Eu vou dormir porque to 5 horas na frente da galera, mas doido pra acordar e checar a lista e o site amanha.

Mais MetaReciclagem

MetaReciclagem é uma rede aberta que propõe a apropriação tecnológica como metodologia de aprendizado, mobilização, engajamento e transformação social. Insere­se de maneira crítica no contexto da inclusão digital, do ativismo midiático e da mútua influência entre arte e tecnologia. A MetaReciclagem entende que a tecnologia está sempre em processo de construção, e que todo usuário tem o direito de abri­la para entender e propor novos usos, tornando­se sujeito ativo do desenvolvimento tecnológico. Ainda nesse sentido, propõe que tecnologia seja compreendida de forma ampla: computadores são tecnologia, assim como chaves de fenda, escovas de dente, tesouras, o domínio do fogo e a linguagem. O acesso ao conhecimento embutido nessas tecnologias é ferramenta de emancipação e geração de autonomia. Parte também de fenômenos como a gambiarra e o mutirão para propor uma identidade brasileira no trato da tecnologia e da mobilização social.

Além de objetivamente propor uma perspectiva de aproximação entre pessoas e tecnologia, a MetaReciclagem também se configura como uma instância inovadora de organização e ação, em interação constante e aprofundada com os diferentes atores da sociedade. Essa interação é acentuada por uma posição coletiva que se baseia na crítica sem se perder em mera oposição, e busca a construção de alternativas inclusivas e sustentáveis, com base na produção colaborativa, no conhecimento livre, a inovação em rede, o aprendizado distribuído. A própria definição de MetaReciclagem é elástica e está sempre em transformação, como conseqüência do diálogo continuado entre seus próprios integrantes. A instância organizativa da rede é uma lista de discussão na internet, aberta a todos os interessados [1] leia mais >>

Revendo a revisao

Lendo de novo minha mensagem de começo de ano na lista metarec.

Lagnado sobre Gambiarra

A gambiarra, mesmo que utilizada com diferentes nuances, com mais ou menos alegoria dependendo da vocação do artista para o símbolo, é a peça em torno da qual um tipo de discurso está ganhando velocidade. O mecanismo da gambiarra, cujas anterioridades antropológicas não cabem aqui ser discriminadas, assim como um desvio pelos projetos arquitetônicos de Lina Bo Bardi demandaria uma dedicação integral, tem um acento político além do estético.

Há uma ressonância do Parangolé, pelo fato de abranger toda uma rede de subsistência a partir de uma economia informal, com soluções de baixo custo e de puro improviso. "Da adversidade vivemos!", conclama Hélio Oiticica em "Esquema Geral da Nova Objetividade" (1966-67). E "adversidade" não significa apenas "pouquidão", mas também "oposição". Para validar sua posição cultural crítica, Hélio não tergiversava: "Tem-se que ser contra, visceralmente contra tudo que seria em suma o conformismo cultural, político, ético, social".

(...)gambiarra não se faz sem nomadismo nem inteligência coletiva.

Lisette Lagnado na Tropico: O malabarista e a gambiarra