Um novo Castañeda

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Do blog de Hermano Vianna:

Então continuo esperando um novo Castañeda, para nossa época cyberpunk. Um Paulo Coelho tecno e radicalmente psicodélico. Por vezes acreditei que meu querido amigo Erik Davis poderia assumir esse papel. Até dei esta ordem: “vire o novo Castañeda!” Mas ele não me obedeceu e no lugar de best-sellers, resolveu fazer pós-graduação em teologia. Erik é autor de Techgnosis, relato completo sobre as conexões entre esoterismo e tecnologia. Também escreveu: um tratado brilhante sobre o disco “Led Zeppelin IV”, aquele de “Stairway to heaven”; um guia sobre a Califórnia visionária; e acaba de lançar “Nomad codes”, coletânea de ensaios sobre assuntos tão diversos como o Goa trance, o dub de Lee Perry e novos cultos xamânicos birmaneses.

(foi justamente o Hermano quem me deu a dica do Techgnosis, há alguns anos)leia mais >>

Em duas rodas

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Semana passada, aproveitei umas incursões ao centro de Ubatuba pra começar a fazer alguns testes do que vai ser um mapeamento online do projeto Ubalab. Montei a câmera no guidão da bicicleta, preparei o OSM-Tracker no Android, liguei também o GPS logger que me foi emprestado pelo projeto Mapas Livres. Levei junto a capa de chuva, um moleskine pequeno, a caneta 4 cores. Não tinha nenhum objetivo específico para o mapeamento, e isso foi interessante. Parei em alguns lugares relevantes para marcar as coordenadas, tirar fotos, fazer anotações. Estou aprendendo bastante. Em especial, um aprendizado tardio da relação da bicicleta com a rua.
Certo domingo da minha infância, andava com meu pai no parque da Redenção, em Porto Alegre, quando fui atropelado por uma bicicleta. Uns meses antes ou depois, estava entre minha mãe e o então namorado dela na garupa de uma moto em um dia de chuva. A moto deslizou e caímos, os três juntos. Naquele dia eu tinha feito uma máscara com um prato de papelão, que eu vestia na hora da queda. Deve ser viagem minha, mas na época creditei à máscara o fato de não ter ficado com o rosto deformado. De qualquer forma, esses dois episódios me traumatizaram com qualquer tipo de veículo de duas rodas. Perdi algumas coisas da adolescência por isso, mas nem tanto. Foi só uns quinze anos mais tarde, depois de começar a namorar com a Carol, criada em Ubatuba, que me vi forçado a enfrentar essa falta. Aprendi a andar de bicicleta em uma praia esquecida, durante uma tarde cinza. Como manda a sabedoria popular, não esqueci mais.

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Eixos do UbaLab

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Esse post é uma adaptação dos eixos de ação propostos no projeto que foi selecionado como Esporo de Cultura Digital em edital do Ministério da Cultura. Mais informações sobre a situação atual do projeto, aqui.

UbaLab é um laboratório experimental dinâmico que consiste em uma série de ações coordenadas destinadas a integrar o potencial humano, cultural e ambiental às novas tecnologias, em especial aos referenciais da cultura digital brasileira e da MetaReciclagem, por meio da produção multimídia livre e da arte eletrônica.
Os focos principais de investigação e atuação são apropriação e reuso de tecnologias, interconexão em rede de culturas tradicionais, sustentabilidade, preservação do meio ambiente, educação para a inovação, autonomia.
A intenção é uma atuação de longo prazo, articulando uma conversa aprofundada e engajada, na busca de modelos de desenvolvimento econômico e cultural adequados ao século XXI, dando origem a uma composição dinâmica entre o enraizamento cultural e as novas culturas hiperconectadas.
O atuação baseia-se em quatro eixos interrelacionados:

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Ubatuba

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Esse post é uma adaptação do contexto descrito no texto do projeto que foi selecionado como Esporo de Cultura Digital em edital do Ministério da Cultura. Mais informações sobre a situação atual do projeto, aqui.

Ubatuba é um retrato em pequena escala do Brasil. Natureza exuberante, população jovem com uma herança cultural miscigenada – com núcleos de origem caiçara, indígena e quilombola. Conta com grupos religiosos de denominações diversas, um setor cultural emergente que luta contra a precariedade de condições e oportunidades, e uma classe empreendedora que vem se estabelecendo. Está localizada entre as capitais de Rio de Janeiro e São Paulo, e acaba assumindo um pouco da natureza cultural dos dois estados – simultaneamente trabalhadora e criativa, festiva e dedicada. Tem uma também diversa população flutuante, com interesses variados – triviais como o turismo de temporada ou específicos como a observação de pássaros.
Em alguns assuntos Ubatuba é um exemplo: conta com uma boa rede de ciclofaixas, é uma referência esportiva como sede de campeonatos internacionais de surfe. A Mata Atlântica, considerada reserva da Biosfera pela Unesco, e que no restante do Brasil já foi desmatada em mais de 93%, circunda toda a cidade. Segundo levantamentos recentes (2010), quase 90% de seu território são dedicados à preservação.

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Inferno eletrônico

No começo de novembro saímos de Ubatuba para alguns meses em São Paulo. Eu estava organizando um debate no Fórum da Cultura Digital e seguiria depois para um bate-volta a BH, para participar da abertura da mostra Gambiólogos. Depois disso, já havíamos planejado continuar em Sampa até pelo menos um mês depois que a Isadora nascesse. Antes de sair de Ubatuba, arranquei o HD do meu computador desktop (com todos os meus arquivos importantes) e o instalei dentro de um case externo.

Chegando em São Paulo, começou a zona. Meu celular, um nokia E71 (o fusca dos smartphones), começou a dar problemas. Não conectava, reiniciava sozinho, travava direto. Ainda dei um pouco de sobrevida a ele reinstalando (pela terceira vez em um ano) o firmware. Mas no fim de dezembro liguei pra TIM pra reclamar de alguma coisa da minha conta e acabei forçando a barra pra ganhar outro aparelho. Se fosse uns meses antes, eu até estaria disposto a arriscar o Nokia N900 por causa do maemo, com o qual eu já tinha brincado um pouco. Mas o relativo isolamento do sistema, a empatação eterna do Symbian e, por outro lado, algumas experiências que eu tinha feito com o Android me convenceram a dar uma chance ao robozinho. Perguntei pra moça o que eles tinham com Android e ela me ofereceu um "mailistoni dois". Eu tinha visto meia dúzia de geeks felizes com ele, e topei. Ela falou que chegaria em "sete a nove dias úteis".leia mais >>

Ubalab, pólo de tecnologias livres - status

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Escrevi um email contando um pouco sobre o projeto Ubalab, suas origens e resultados em potencial. Eu não sabia o quanto o destinatário sabe sobre sistemas livres e afins, então fui um pouco didático. O projeto já deveria ter começado com força total com os recursos que viriam do prêmio de Esporos de Cultura Digital do Ministério da Cultura que ganhamos. Mas as contas do Minc andam complicadas, e isso deve demorar. Por isso, estamos atrás de apoios, parcerias e patrocínios desde já. Se você tem como ajudar, me procure.
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Entrevista

Anteontem, passei algumas dezenas de minutos no telefone sendo entrevistado por Igor Prado para a Revista da Cultura. Entre os assuntos da conversa: gambiologia, MetaReciclagem, cyberpunk, hackerspaces e afins. Conversa de boa qualidade, serviu pra me recordar de algumas coisas nas quais não pensava havia algum tempo. Independente de como vai ficar a matéria, já fica meu agradecimento ao jornalista.

Reunião: Propostas de curto prazo para sustentabilidade

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Tivemos ontem uma reunião via IRC convocada pela Andrea Saraiva, com o objetivo de propor alguns caminhos de captação de recursos a curto prazo para projetos de MetaReciclagem. Andrea (junto com Regi e Meiry) está articulando uma série de projetos a partir do eixo da economia colaborativa (e documentando bastante coisa nesse wiki, com licenças livres). Elas compartilharam algumas soluções que estão utilizando por lá: uma proposta de oficina básica de MetaReciclagem, uma proposta de mutirão de lixo eletrônico, e depois o programa de um curso de extensão em cultura digital que estão negociando).

Conversamos bastante sobre formatos, realidades locais, alcance e estruturação da rede, identidade e legitimidade, além de importantes questões conceituais sobre representação e totalidade da rede. Acabamos desviando da conversa sobre curto prazo e chegamos a três propostas:leia mais >>

Social Media Week

Eu fui convidado a participar de um debate sobre "O social nas mídias sociais", hoje às 16hs, na São Paulo Social Media Week. As minhas distâncias atualmente são medidas em quanto tempo eu preciso ficar longe da minha filha. Entre ida a São Paulo, deslocamento dentro da cidade, debate, conversas posteriores e todos os atrasos imponderáveis no meio, eu calculei que seriam umas doze horas longe, e ainda voltaria cansado demais para ficar com ela depois. Declinei do convite, mas propus a meu anfitrião enviar um vídeo colocando algumas questões.
Fiquei rabiscando algumas ideias na madrugada passada. Entre insights, fraldas e mosquitos, acabei não conseguindo dormir mais do que duas horas. Pela manhã fui ali pra sala som gravar o vídeo, e estava cansado demais pra fazer alguma coisa que me dê orgulho. Mas saiu alguma coisa. Estou enviando o vídeo para o pessoal, e se amanhã ele ainda me parecer passável eu publico no iutube. Mas vai aí embaixo as anotações que eu fiz (mais uma cola do que um roteiro - não está lapidado nem editado).leia mais >>

Obrigado pelo convite. Não posso ir dessa vez.
Felipe Fonseca. @efeefe. Acho que fui convidado a essa mesa porque fui um dos criadores e sou até hoje integrante da MetaReciclagem.
A MetaReciclagem começou como um grupo de pessoas em um galpão na zona sul de São Paulo que consertavam computadores doados, instalavam linux e entregavam para projetos sociais. Desde então, a gente se espalhou - de forma descentralizada e autônoma - para todo o país. Desenvolvemos algumas dezenas de projetos relacionados a experimentação, arte, educação, inclusão digital, políticas públicas, produção cultural e pesquisa. Nós ganhamos _prêmios_ nacionais e internacionais. Possibilitamos que alguns _milhares_ de pessoas aprendessem a ter uma relação mais próxima com as tecnologias. E principalmente, a gente aprendeu muito, se divertiu pra cacete e conheceu muita gente interessante
Antes de mais nada: a metareciclagem não é uma recém-chegada às mídias sociais. Desde o começo usamos blogs, wiki, licença livre (provavelmente antes de muitos de vocês)...
Quero compartilhar algumas inquietações. A primeira é o uso da palavra "social" como substantivo. Esse social acaba virando um apêndice da economia de mercado. Em vez de transformação social, se tratra de redução de danos. Ativismo domesticado, controlado e inofensivo, desprovido de aspecto político e que  que não sugere nenhuma transformação profunda da sociedade. Pelo contrário, só corrobora as coisas como são e promove algum conforto para a culpa da classe média.
Classificar pessoas, conhecimento e ações em categorias pré-definidas é um requisito antes de tudo econômico. Mas É bom recordar que o social não é um mero pedaço da economia. É justamente contrário - a economia é parte da sociedade.
Se queremos entender e aproveitar todo o potencial da internet para promover um mundo melhor, temos que sair da lógica binária que diz que tudo que não tem o lucro por objetivo deve ser interpretada como caridade (ou perda de tempo). Essa dicotomia falsa acaba por afastar gente inovadora que poderia usar seu talento para uma sociedade melhor.
Por outro lado, as iniciativas que têm cunho filantrópico, de assistência e caridade precisam ir mais a fundo em como compreendem as mídias sociais. A internet não é somente mais um canal de captação de recursos e divulgação de causas. A sociedade está criando novos laços e novas formas de relacionamento através da rede. Eu sei que vocês gostam do case do obama, mas isso é só a ponta do iceberg. A lógica da adesão é um desperdício de potencial frente à lógica da participação (leiam isso).
Não devemos tentar reproduzir na rede os mecanismos dos meios de comunicação de massa: esforçar-se para conquistar adeptos, suplantar a concorrência e atingir um público-alvo anônimo é exatamente o que deu merda no século passado. Eu me preocupo quando escuto um gestor de projeto social falar em "administração profissional", porque frequentemente isso quer dizer tratar as pessoas como números, dar atenção demais às contas e desumanizar a relação. Em tempos de individualismo, superficialidade e alienação, essa não pode ser uma boa escola.
E um recado aos empreendedores que querem encontrar maneiras de melhorar a sociedade: venham. É muito trabalho e quase nada de dinheiro, mas a satisfação de ver o sorriso de uma pessoa cuja vida mudou para melhor vale mais que a conta bancária.
Valeu, continuamos a conversa nas redes.
Felipe Fonseca
@efeefe

Módulos, módulos...

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Atulizei há pouco os módulos gmaps_addon, google_analytics e panels do site da MetaReciclagem. O panels está com uma versão nova disponível. Nos próximos dias vou ver se vale a pena atualizar.

Infra Lógica