O século do self

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Assisti há algumas semanas aos quatro episódios do documentário The Century of the Self, lançado em 2002 pela BBC. É uma bela produção que conta como as teorias da psicanálise e seus derivados foram utilizadas de maneira deliberada para formar uma sociedade individualista, consumista, politicamente infantilizada e superficial. O documentário começa relatando a influência que Edward Bernays, sobrinho de Freud e praticamente criador daquilo que nos Estados Unidos é chamado de PR, "relações públicas" (em um sentido que mistura o que no Brasil a gente entende pelos nomes publicidade e relações públicas), exerceu na formação dos imaginários contemporâneos daquele povo e do mundo. Depois investiga a fundo como diversas criações do mundo da psicologia foram apropriados pela indústria e pela classe política.

O documentário avança até a reeleição de Clinton nos EUA e a eleição de Tony Blair no Reino Unido, mostrando um monte de casos reais de verdadeiras conspirações para tolher o direito à democracia, transformar as pessoas em meras engrenagens da estrutura internacional capital-consumista e oferecer fragmentos de satisfação em forma de produtos - o que diminui o impulso por transformação.
É uma discussão triste, e nisso se mistura com a perspectiva dos Futuros Imaginários de Richard Barbrook. O mesmo Bernays, inclusive, foi um dos responsáveis da feira mundial de Nova Iorque em 1939, que abriria o caminho para a feira de 1964 que é a espinha dorsal do livro de Barbrook.

Documentário obrigatório. Eu só acho uma pena que ele pare justamente antes da era Bush. Gostaria de ver uma análise parecida dos dias de hoje.leia mais >>

Cidades digitais, a gramática do controle e os protocolos livres

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Minha busca por alternativas locais, sustentáveis e justas para o desenvolvimento de inovação e tecnologias livres aponta cada vez mais para a necessidade de maior articulação entre duas classes de estruturas informacionais que se sobrepõem: a cidade e as redes digitais. Eu escrevi aqui no ano passado sobre a perspectiva de cidade como sistema operacional. Essa aproximação não é inédita. Na mesma fronteira mas talvez em sentido inverso, o artigo Reading the Digital City, publicado no Next Layer por Clemens Apprich, analisa justamente a influência que a ideia de cidade exerceu nos primeiros anos de popularização da internet, e como essa influência foi usada para estabelecer relações de controle e poder:

"Não é por acidente que a cidade tenha sido escolhida como uma das mais significativas metáforas para os primeiros dias da internet. A cidade tem (como o Ciberespaço) uma origem militar e é definida (pelo menos simbolicamente) por muros cujos portões constituem a interface para o resto do mundo. (...) A interface determina como o usuário concebe o próprio computador e o mundo acessível a partir dele."

leia mais

Materialismo, tempo, sociabilidade

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Bruce Sterling, no encerramento do Reboot 11 (em 2009):

"Para pessoas da sua geração e especialmente suas crianças, objetos são impressões [printouts]. São melhor entendidos como impressões. Não são tesouros, não são coisas que você quer, não são coisas para estocar, não são riqueza material, são basicamente relacionamentos sociais congelados. É isso que essas cadeiras são, e esse prédio, e aquela fita isolante e tudo mais.

Vocês precisam pensar neles não em termos de 'Oh, eu tenho essa caneta e preciso manter minha caneta.' Vocês precisam pensar nesses objetos em termos de horas de tempo e volume de espaço."

E mais tarde:

"Agora, você pode argumentar que d"eve economizar e só comprar coisas baratas, ou tentar desmaterializar. Não ser materialista, e contentar-se com coisas que são muito baratas ou orgânicas. Esse não é o caminho a seguir. Economizar não é social. Quando você economiza, você está deixando outra pessoa com fome. De verdade. Se você não der dinheiro a elas, elas não terão nenhum dinheiro. E se elas não te oferecerem nenhum dinheiro, você não terá nenhum dinheiro. Isso não é um fluxo social, nem mesmo um relacionamento social.""

Experimentação

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Bruce Sterling, no encerramento do Reboot 11 (em 2009):

"Ok, você está mesmo 'experimentando'? Como você sabe se está mesmo experimentando? Você está trabalhando metodicamente e está publicando os resultados! Não é um experimento se você não publicar em um formato verificável e refutável, ok?"

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Bruce Sterling, no encerramento do Reboot 11 (em 2009):

"Ok, você está mesmo 'experimentando'? Como você sabe se está mesmo experimentando? Você está trabalhando metodicamente e está publicando os resultados! Não é um experimento se você não publicar em um formato verificável e refutável, ok?"

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Antropofagia, tropicalismo, remix

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"A economia das redes, das relações pós nacionais, dos novos territórios afetivos e produtivos, parece nos mostrar uma espécie de brasilização do planeta, tanto no que pode haver de clichê quanto de potente nesta expressão. A antropofagia surge como a única paz possível neste ambiente de diferenças que aparecem como nas imagens do tropicalismo: a 'geléia geral brasileira' vira a 'geléia geral global'. A antropofagia é assim a paz construída a partir da potência, da singularidade, e não da renúncia e do medo.

Um movimento que no Brasil propriamente dito tem a ver com a ascensão social de milhões de pobres que vimos nos últimos anos, com a maneira como a antropofagia se radicaliza numa inventividade de remix que explode qualquer limite possível do “campo da cultura” ou da “classe artística”, e faz a criatividade atravessar a vida social de uma tal forma que várias novas possibilidades econômicas, e várias novas formas de relação entre trabalho e vida, aparecem a partir daí."

Uma entre muitas ideias interessantes no artigo "De Caetanos, cotas e passeatas contra guitarras", no site da Universidade Nômade. Dica de Giuseppe Cocco. Lembrei do Viveiros de Castro: Tudo é Brasil. E da gambiologia, claro.

Janxs - versão epub

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Lançamos ontem a edição verão 2011 do MutSaz, inspirado por Janxs. Nas nossas publicações mais recentes, eu já estava flertando com formatos de ebook. Fiz algumas experiências convertendo com o calibre o HTML gerado pelo Lyx. Foram relatados problemas de encode, de quebra de capítulos e outros.

Para Janxs, resolvi retomar a pesquisa. Depois de ler dois livros lançados no formato epub (um padrão livre e aberto, com bons clientes em muitas plataformas), resolvi me concentrar nele. Cheguei até a elencar a busca de softwares para editar ebooks nas minhas prioridades para 2011.

Testei o módulo epub do drupal que poderia gerar ebooks automaticamente. O módulo é complexo demais, gerou um epub pesado e que não funcionava. Tentei debugar, mas acabei deixando de lado. Depois de pesquisar mais um pouco, encontrei o Sigil - um software que simples e objetivamente fazia exatamente o que eu precisava: formatar um epub de maneira clara e sem frescuras. E melhor: livre e multiplataforma.leia mais >>

Janxs na área

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Janxs chegou para contar como foi o verão. Trouxe reflexão sobre mudança, contemplação, experiências. Veio com gente nova, inclusive alguns gringos (sabe como é verão em terras tropicais, sempre tme um gringo na área).

Foi mais uma vez um trampo colaborativo feito de muita dedicação e parceria.

Saiba mais, baixe e navegue por essa edição aqui. Se gostar, aproveite para dar alguma ajuda pro mutgamb.

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Janxs chegou para contar como foi o verão. Trouxe reflexão sobre mudança, contemplação, experiências. Veio com gente nova, inclusive alguns gringos (sabe como é verão em terras tropicais, sempre tme um gringo na área).

Foi mais uma vez um trampo colaborativo feito de muita dedicação e parceria.

Saiba mais, baixe e navegue por essa edição aqui. Se gostar, aproveite para dar alguma ajuda pro mutgamb.

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UID

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Há alguns meses já estávamos com problemas em alguns posts do site da MetaReciclagem: apareciam de repente sem estar associados a nenhumx autorx, e isso atrapalhava o acesso e a edição do conteúdo. Não consegui descobrir a causa do problema (que afeta, em verdade, uma proporção ínfima do site - duas páginas em um universo de mais de 2000), mas hoje aprendi a consertar, com ajuda do Wundo. Lá vai:

Entrar no mysql

#mysql -u usuario -p

Selecionar o banco de dados

mysql> use bancodedados;

Verificar se o problema é mesmo o id de usuárix

mysql> SELECT uid from node where nid=XXX;

(onde XXX deve ser substituído pelo ID do node em questão)

O resultado aqui foi:

+-----+

| uid |

+-----+

|   0 | 

+-----+

Ou seja, o node está associado ao usuário 0, que não existe. Então vou associá-lo ao usuário 1 (que é o superusuário do drupal) e posteriormente posso atribuir a quem eu quiser através da interface web:   mysql> UPDATE node SET uid = 1 WHERE nid = XXX;   E pronto, os nodes voltaram a ser associados a usuários do site: EventosEtc e APH-no-Recife. Infra Lógica

Dispositivos móveis flexíveis

Essa retomada da Motorola com o Android está produzindo alguns frutos realmente interessantes. O celular Atrix (já avaliado pelo Engadget) vai um pouco na linha do que eu tinha proposto nesse post no blog da MetaReciclagem ("um cenário em que os telecentros não teriam CPUs - somente teclados, mouses e monitores. As pessoas levariam seus aparelhos com processamento próprio e utilizariam esses periféricos. Depois, poderiam levar os dispositivos para casa, para a escola, para o trabalho."). O Atrix é um potente aparelho modular com porta HDMI e acessórios muito interessantes: um o transforma praticamente em um laptop - tela de 11", mouse, teclado e bateria de longa duração. Outro é um dock com duas portas USB e uma saída HDMI, para ligar na TV e transformá-lo em estação de mídia. Eles também oferecem teclado e mouse sem fio, via bluetooth.

leia mais >>

Mapeamento colaborativo

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Interessante vídeo sobre PGIS (mapeamento participativo). 

Localisation, Participation and Communication: an Introduction to Good PGIS Practice from CTA on Vimeo.