pre-mapeamento

Quilombo da Fazenda

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Sábado dei uma passada pela Casa da Farinha pouco antes do início da festa do Quilombo da Fazenda. Coincidentemente, no mesmo fim de semana comecei também uma conversa com David Calderoni, autor do vídeo Invenções Democráticas no Quilombo que entrevista algumas das lideranças do local. Uns dias depois, aproveitei a passagem-relâmpago do Mbraz aqui pelo litoral (depois de uns dias com o Roque Gonzalez em Paraty) e armei com ele uma visita ao quilombo. Conversamos bastante com a Laura, uma liderança nata, sobre articulações e projetos. Passamos ainda pela Casa da Farinha (a foto acima foi um teste de um software de Panorama para o celular, pode ser vista inteira aqui) e tivemos também a oportunidade de conhecer Edi e Léo, o simpático casal que está tocando o Ponto de Cultura Olhares de Dentro. No meio da conversa, descobrimos que o mundo é realmente pequeno: Léo circulava há alguns anos pelo Movimento Humanista de sampa, junto com uma galera que na época tinha ligações com o Esporo de MetaReciclagem na Galeria Olido. Infelizmente tivemos que sair correndo porque o Braz precisava voltar para Sampa, mas as conversas ainda estão ecoando por aqui... gente com brilho no olhar, coisas que vêm pela frente.

Do alto

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

A Ubatuba em Revista de Julho/Agosto traz duas matérias interessantes. A primeira é sobre o projeto Ubatuba no Espaço, do professor Cândido de Moura, sobre o qual já comentei aqui. Infelizmente, só peguei a revista agora e não fiquei sabendo a tempo da realização da Semana de Astronomia Astronáutica na Escola Tancredo Neves. 

A outra matéria é de Dimitri Matoszko, contando sobre a expedição que fez com a equipe do Itamambuca Eco Resort à parte alta de Ubatuba, uma larga área da cidade na divisa com Cunha, no alto da serra. Toda a região está dentro do Parque Estadual da Serra do Mar, e conta com picos elevados. Um deles, com o número MI-2771-1, tem 1670m de altitude - contradizendo o senso comum que aponta o pico do Corcovado (1277m) como o mais alto da cidade.

leia mais

Geografia Experimental

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Geografia Experimental: da produção cultural à produção de espaço, por Trevor Paglen.

Instead of asking “What is art?” or “Is this art successful?” a good geographer might ask questions along the lines of “How is this space called ‘art’ produced?” In other words, what are the specific historical, economic, cultural, and discursive conjunctions that come together to form something called “art” and, moreover, to produce a space that we colloquially know as an “art world”? The geographic question is not “What is art?” but “How is art?” From a critical geographic perspective, the notion of a free-standing work of art would be seen as the fetishistic effect of a production process. Instead of approaching art from the vantage point of a consumer, a critical geographer might reframe the question of art in terms of spatial practice.

(...)

My point is that if one takes the production of space seriously, the concept applies not only to “objects” of study or criticism, but to the ways one’s own actions participate in the production of space. Geography, then, is not just a method of inquiry, but necessarily entails the production of a space of inquiry. Geographers might study the production of space, but through that study, they’re also producing space. Put simply, geographers don’t just study geography, they create geographies.

(...)

leia mais

Invenções...

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Excelente documentário que conta um pouco do contexto no Quilombo da Fazenda, na área do Núcleo Picinguaba. Ele traça um pouco do histórico do Quilombo, conta sobre as mudanças que acompanharam a construção da rodovia (Rio-Santos) e da criação do Parque Estadual da Serra do Mar (um processo autoritário, de cima pra baixo) e trata também dos desafios atuais, com a criação de uma cooperativa baseada nos princípios da economia solidária. O vídeo propõe um diálogo interessante, justapondo entrevistas com lideranças locais e questões propostas por pesquisadores de Economia Solidária (incluindo Paul Singer) e acadêmicos ligados à filosofia de Espinosa. Mostra também um pouco da importância do componente cultural na busca de comunidades sustentáveis.

Invenções Democráticas no Quilombo from David Calderoni on Vimeo.
 

IPEMA

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Semana passada fui até o IPEMA encontrar com o Marcelo Bueno, para conversar sobre possíveis parcerias com o Ubalab. Eu já tinha visitado o instituto há cerca de dois anos, mas ainda não conhecia o Marcelo pessoalmente. Gostei muito do papo, existem algumas pontas possíveis pra gente fazer coisas juntos. O IPEMA tem uma busca constante por autonomia: já manejam a própria água e geram a própria energia. Trabalham com bioconstrução, e têm parcerias com diversos projetos interessantes. Acredito que exista uma fronteira entre tecnologias sociais, apropriação de novas tecnologias e sustentabilidade que tem um potencial muito grande. Vamos ver onde vai dar.

Mapeamento colaborativo

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Interessante vídeo sobre PGIS (mapeamento participativo). 

Localisation, Participation and Communication: an Introduction to Good PGIS Practice from CTA on Vimeo.

Em duas rodas

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Semana passada, aproveitei umas incursões ao centro de Ubatuba pra começar a fazer alguns testes do que vai ser um mapeamento online do projeto Ubalab. Montei a câmera no guidão da bicicleta, preparei o OSM-Tracker no Android, liguei também o GPS logger que me foi emprestado pelo projeto Mapas Livres. Levei junto a capa de chuva, um moleskine pequeno, a caneta 4 cores. Não tinha nenhum objetivo específico para o mapeamento, e isso foi interessante. Parei em alguns lugares relevantes para marcar as coordenadas, tirar fotos, fazer anotações. Estou aprendendo bastante. Em especial, um aprendizado tardio da relação da bicicleta com a rua.
Certo domingo da minha infância, andava com meu pai no parque da Redenção, em Porto Alegre, quando fui atropelado por uma bicicleta. Uns meses antes ou depois, estava entre minha mãe e o então namorado dela na garupa de uma moto em um dia de chuva. A moto deslizou e caímos, os três juntos. Naquele dia eu tinha feito uma máscara com um prato de papelão, que eu vestia na hora da queda. Deve ser viagem minha, mas na época creditei à máscara o fato de não ter ficado com o rosto deformado. De qualquer forma, esses dois episódios me traumatizaram com qualquer tipo de veículo de duas rodas. Perdi algumas coisas da adolescência por isso, mas nem tanto. Foi só uns quinze anos mais tarde, depois de começar a namorar com a Carol, criada em Ubatuba, que me vi forçado a enfrentar essa falta. Aprendi a andar de bicicleta em uma praia esquecida, durante uma tarde cinza. Como manda a sabedoria popular, não esqueci mais.

leia mais

Mandelbrot, passos, traçados

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Um dia desses li o artigo na Piauí sobre Benoît Mandelbrot e esse trecho aqui me deixou pensando nos planos de mapeamento de Ubatuba:

Mandelbrot propôs que se imaginasse uma cena: um homem caminha pelo litoral, sempre o mais perto possível do mar, e a cada passo deixa uma pegada. Quando reencontrar o ponto de origem, a linha que une todas as suas pegadas representará o comprimento da costa. Substitua-se agora o homem por um lagarto. Incapaz de, num só passo, cobrir com suas patas a mesma distância de um passo humano, o bicho terá de levar em conta acidentes que o homem ignorou. Reentrâncias não serão saltadas, mas percorridas. A linha descrita pelo lagarto será mais irregular e mais longa do que a do homem. Mais extensa ainda será a linha da formiga, que perceberá um seixo como relevo, como caminho a ser vencido.
A costa da Grã-Bretanha não tem um comprimento intrínseco, disse Mandelbrot. A medida do homem é antropocêntrica, uma entre tantas outras. O comprimento do litoral dependerá do agrimensor, da abertura do compasso – as pernas do homem, do lagarto, da formiga. Será menor a estimativa para o pássaro do que para o cão. Quanto maior o número de obstáculos percebidos, maior a extensão da costa, que, no limite, tenderá ao infinito.

Dá pra pensar analogamente na seleção de pontos de interesse para o mapeamento. A perspectiva do fractal mostra que dá pra passar uma vida inteira mapeando um lugar e ainda assim não encerrar as possibilidades.
 

Mapas e desmapas...

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Mapas são instrumentos de poder. Como já escrevi antes aqui, uma das perguntas que o Ubalab quer levantar é quem são os donos dos mapas? Existe uma questão importante quando alienamos totalmente o conhecimento de terreno para as autoridades ou, pior ainda, dependemos de um "presente" corporativo para nos situarmos geograficamente.
Pode até parecer uma questão menor dentro de toda a complexidade do debate sobre espaço público vs. espaço privado, mas me parece fundamental o entendimento de que os mapas geográficos deveriam ser públicos e livres para qualquer uso. Como acontece com todas as outras tecnologias, uma cada vez maior disponibilidade de mapas e coordenadas geográficas leva a transformações dúbias - multiplica as facilidades, mas gera dependência. Para garantir que essa dependência não seja sabotada, as alternativas livres são fundamentais.

leia mais

Outros lugares

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Depois de ler o artigo de Karla Brunet e Juan Freire (que comentei aqui), mandei um email pra Karla. Ela me mandou o artigo completo (aquele publicado no reader do Paralelo foi cortado em quase metade), e comentou sobre o projeto narrativas digitais que está fazendo com o Juan - intercâmbio entre uma localidade na Bahia e outra na Espanha, justamente sobre recursos marinhos. Aqui tem uma apresentação bem interessante. Deu vontade de oferecer a reflexão e o contexto aqui de Ubatuba pra participar do projeto ;)
Enquanto isso, saí mais algumas vezes pela cidade, ainda aprimorando os olhos mapeadores. Não me preocupei muito em documentar de maneira aprofundada - sei que vou ter a oportunidade de fazer tudo isso direito mais tarde. Peguei algumas coordenadas de referência, sentei e rabisquei um pouco sobre a estrutura possível para esse site - usar o nodetype lugar só como container, de onde derivam outros nodetypes, por exemplo. Mas acho que só vou trabalhar nisso semana que vem.