ubalab

IPEMA

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Semana passada fui até o IPEMA encontrar com o Marcelo Bueno, para conversar sobre possíveis parcerias com o Ubalab. Eu já tinha visitado o instituto há cerca de dois anos, mas ainda não conhecia o Marcelo pessoalmente. Gostei muito do papo, existem algumas pontas possíveis pra gente fazer coisas juntos. O IPEMA tem uma busca constante por autonomia: já manejam a própria água e geram a própria energia. Trabalham com bioconstrução, e têm parcerias com diversos projetos interessantes. Acredito que exista uma fronteira entre tecnologias sociais, apropriação de novas tecnologias e sustentabilidade que tem um potencial muito grande. Vamos ver onde vai dar.

Cidades digitais, a gramática do controle e os protocolos livres

A busca por alternativas locais, sustentáveis e justas para o desenvolvimento de inovação e tecnologias livres aponta necessariamente para uma maior articulação entre duas classes de estruturas informacionais que se sobrepõem: a cidade e as redes digitais.

No terceiro capítulo eu citei a perspectiva de cidade como sistema operacional. Essa aproximação não é inédita. Na mesma confluência mas talvez em sentido inverso, o artigo Reading the Digital City, publicado no site Next Layer por Clemens Apprich, analisa justamente a influência que a ideia de cidade exerceu nos primeiros anos de popularização da internet, e como essa influência foi usada para estabelecer relações de controle e poder:leia mais >>

Intercâmbios, papos, água

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Participei semana passada de duas conversas online articuladas por Vicky Sinclair, que está passando uns meses pela América do Sul. Vicky é a cabeça por trás do ArcSpace de Manchester, que eu conheci no ano passado, e está sempre agitando possibilidades de intercâmbio sobre ecologia, tecnologias e sociedade. O primeiro encontro na semana passada foi um bate-papo entre alunos de uma sala de aula em Manchester, uma galera da House of Natural Fiber na Indonésia e o pessoal do projeto Puraqué Digital. Conversaram sobre contextos e realidades, e sobre possibilidades de ajuda efetiva entre os diferentes cenários.
O outro encontro aconteceu ontem, reunindo de novo o pessoal do Puraqué, a Karla Brunet (que tem o projeto Geografias do Mar e o Narrativas Digitais) em Salvador (que relatou o papo aqui) e uma galera em Taganga, na Colômbia (perto de onde aconteceu um terrível vazamento de óleo de Palma). O pessoal da Indonésia se atrasou por algum problema com polícia e documentos. A conversa dessa vez se concentrou um pouco mais na questão da água (na esteira dos Waterlabs que surgiram na rede Bricolabs): captação, tratamento, distribuição, críticas à exploração comercial-governamental.

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Lixo Zero - Changemakers

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Lixo ZeroSaiu hoje a notícia de que o projeto Lixo Zero, criado pelos Curadores da Terra, foi premiado na categoria Moradia Sustentável da competição Changemakers. O projeto trata da transformação de diferentes tipos de resíduo sólido em material de construção, com o uso de resinas naturais.
Parabéns a eles, e espero que aqueles planos de fazer um piloto do projeto em Ubatuba estejam andando bem.

Cidades digitais, a gramática do controle e os protocolos livres

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Minha busca por alternativas locais, sustentáveis e justas para o desenvolvimento de inovação e tecnologias livres aponta cada vez mais para a necessidade de maior articulação entre duas classes de estruturas informacionais que se sobrepõem: a cidade e as redes digitais. Eu escrevi aqui no ano passado sobre a perspectiva de cidade como sistema operacional. Essa aproximação não é inédita. Na mesma fronteira mas talvez em sentido inverso, o artigo Reading the Digital City, publicado no Next Layer por Clemens Apprich, analisa justamente a influência que a ideia de cidade exerceu nos primeiros anos de popularização da internet, e como essa influência foi usada para estabelecer relações de controle e poder:

"Não é por acidente que a cidade tenha sido escolhida como uma das mais significativas metáforas para os primeiros dias da internet. A cidade tem (como o Ciberespaço) uma origem militar e é definida (pelo menos simbolicamente) por muros cujos portões constituem a interface para o resto do mundo. (...) A interface determina como o usuário concebe o próprio computador e o mundo acessível a partir dele."

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Mapeamento colaborativo

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Interessante vídeo sobre PGIS (mapeamento participativo). 

Localisation, Participation and Communication: an Introduction to Good PGIS Practice from CTA on Vimeo.

M.A.R.I.N. - Chamada aberta

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Está aberta a chamada por propostas para residências artísticas do projeto M.A.R.I.N. (um laboratório de mídia em um barco no Mar Báltico), coordenado pelo nosso aliado Tapio Makela:

Call for Proposals Now Open

2011: M.A.R.I.N. Nordic – Baltic Sea Residencies for Art and Science
June & August 2011 Call for Proposals Now Open

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Em duas rodas

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Semana passada, aproveitei umas incursões ao centro de Ubatuba pra começar a fazer alguns testes do que vai ser um mapeamento online do projeto Ubalab. Montei a câmera no guidão da bicicleta, preparei o OSM-Tracker no Android, liguei também o GPS logger que me foi emprestado pelo projeto Mapas Livres. Levei junto a capa de chuva, um moleskine pequeno, a caneta 4 cores. Não tinha nenhum objetivo específico para o mapeamento, e isso foi interessante. Parei em alguns lugares relevantes para marcar as coordenadas, tirar fotos, fazer anotações. Estou aprendendo bastante. Em especial, um aprendizado tardio da relação da bicicleta com a rua.
Certo domingo da minha infância, andava com meu pai no parque da Redenção, em Porto Alegre, quando fui atropelado por uma bicicleta. Uns meses antes ou depois, estava entre minha mãe e o então namorado dela na garupa de uma moto em um dia de chuva. A moto deslizou e caímos, os três juntos. Naquele dia eu tinha feito uma máscara com um prato de papelão, que eu vestia na hora da queda. Deve ser viagem minha, mas na época creditei à máscara o fato de não ter ficado com o rosto deformado. De qualquer forma, esses dois episódios me traumatizaram com qualquer tipo de veículo de duas rodas. Perdi algumas coisas da adolescência por isso, mas nem tanto. Foi só uns quinze anos mais tarde, depois de começar a namorar com a Carol, criada em Ubatuba, que me vi forçado a enfrentar essa falta. Aprendi a andar de bicicleta em uma praia esquecida, durante uma tarde cinza. Como manda a sabedoria popular, não esqueci mais.

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Eixos do UbaLab

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Esse post é uma adaptação dos eixos de ação propostos no projeto que foi selecionado como Esporo de Cultura Digital em edital do Ministério da Cultura. Mais informações sobre a situação atual do projeto, aqui.

UbaLab é um laboratório experimental dinâmico que consiste em uma série de ações coordenadas destinadas a integrar o potencial humano, cultural e ambiental às novas tecnologias, em especial aos referenciais da cultura digital brasileira e da MetaReciclagem, por meio da produção multimídia livre e da arte eletrônica.
Os focos principais de investigação e atuação são apropriação e reuso de tecnologias, interconexão em rede de culturas tradicionais, sustentabilidade, preservação do meio ambiente, educação para a inovação, autonomia.
A intenção é uma atuação de longo prazo, articulando uma conversa aprofundada e engajada, na busca de modelos de desenvolvimento econômico e cultural adequados ao século XXI, dando origem a uma composição dinâmica entre o enraizamento cultural e as novas culturas hiperconectadas.
O atuação baseia-se em quatro eixos interrelacionados:

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Ubatuba

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Esse post é uma adaptação do contexto descrito no texto do projeto que foi selecionado como Esporo de Cultura Digital em edital do Ministério da Cultura. Mais informações sobre a situação atual do projeto, aqui.

Ubatuba é um retrato em pequena escala do Brasil. Natureza exuberante, população jovem com uma herança cultural miscigenada – com núcleos de origem caiçara, indígena e quilombola. Conta com grupos religiosos de denominações diversas, um setor cultural emergente que luta contra a precariedade de condições e oportunidades, e uma classe empreendedora que vem se estabelecendo. Está localizada entre as capitais de Rio de Janeiro e São Paulo, e acaba assumindo um pouco da natureza cultural dos dois estados – simultaneamente trabalhadora e criativa, festiva e dedicada. Tem uma também diversa população flutuante, com interesses variados – triviais como o turismo de temporada ou específicos como a observação de pássaros.
Em alguns assuntos Ubatuba é um exemplo: conta com uma boa rede de ciclofaixas, é uma referência esportiva como sede de campeonatos internacionais de surfe. A Mata Atlântica, considerada reserva da Biosfera pela Unesco, e que no restante do Brasil já foi desmatada em mais de 93%, circunda toda a cidade. Segundo levantamentos recentes (2010), quase 90% de seu território são dedicados à preservação.

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