projetos

Lab Sur Lab

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LSLUma das coisas que me surpreendeu ano passado durante o Labtolab em Madrid foi a grande quantidade de convidadxs da América Latina (como eu mesmo). Me pareceu uma decisão política fantástica, com uma influência clara do pessoal do Medialab Prado. Um dos resultados dessa escolha foi um primeiro contato entre pessoas e grupos que - por conta de contextos similares e proximidade geográfica - deveriam ter entre si muito mais intercâmbio do que realmente acontece.
Desses encontros necessários surgiu a ideia do Lab Sur Lab, projeto para um encontro de laboratórios sob uma outra perspectiva - do sul global, do mundo em desenvolvimento, emergente, como queiram definir. A partir de então, criou-se um grupo no N-1 para organizar o encontro, que vai acontecer em Abril em Medelín (Colômbia). Uma das pessoas que está articulando o evento é o Alejandro Duque, que eu tive a oportunidade de entrevistar. Pelo menos meia dúzia de pessoas do Brasil foram convidadas, mas por força das circunstâncias muitas não vão poder ir. Eu vou tentar participar de uma sessão remota sobre o redelabs, se o streaming funcionar.leia mais >>

De mudança...

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 O blog Rede//Labs agora está em endereço próprio: http://blog.redelabs.org.

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Em duas rodas

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Semana passada, aproveitei umas incursões ao centro de Ubatuba pra começar a fazer alguns testes do que vai ser um mapeamento online do projeto Ubalab. Montei a câmera no guidão da bicicleta, preparei o OSM-Tracker no Android, liguei também o GPS logger que me foi emprestado pelo projeto Mapas Livres. Levei junto a capa de chuva, um moleskine pequeno, a caneta 4 cores. Não tinha nenhum objetivo específico para o mapeamento, e isso foi interessante. Parei em alguns lugares relevantes para marcar as coordenadas, tirar fotos, fazer anotações. Estou aprendendo bastante. Em especial, um aprendizado tardio da relação da bicicleta com a rua.
Certo domingo da minha infância, andava com meu pai no parque da Redenção, em Porto Alegre, quando fui atropelado por uma bicicleta. Uns meses antes ou depois, estava entre minha mãe e o então namorado dela na garupa de uma moto em um dia de chuva. A moto deslizou e caímos, os três juntos. Naquele dia eu tinha feito uma máscara com um prato de papelão, que eu vestia na hora da queda. Deve ser viagem minha, mas na época creditei à máscara o fato de não ter ficado com o rosto deformado. De qualquer forma, esses dois episódios me traumatizaram com qualquer tipo de veículo de duas rodas. Perdi algumas coisas da adolescência por isso, mas nem tanto. Foi só uns quinze anos mais tarde, depois de começar a namorar com a Carol, criada em Ubatuba, que me vi forçado a enfrentar essa falta. Aprendi a andar de bicicleta em uma praia esquecida, durante uma tarde cinza. Como manda a sabedoria popular, não esqueci mais.

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Eixos do UbaLab

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Esse post é uma adaptação dos eixos de ação propostos no projeto que foi selecionado como Esporo de Cultura Digital em edital do Ministério da Cultura. Mais informações sobre a situação atual do projeto, aqui.

UbaLab é um laboratório experimental dinâmico que consiste em uma série de ações coordenadas destinadas a integrar o potencial humano, cultural e ambiental às novas tecnologias, em especial aos referenciais da cultura digital brasileira e da MetaReciclagem, por meio da produção multimídia livre e da arte eletrônica.
Os focos principais de investigação e atuação são apropriação e reuso de tecnologias, interconexão em rede de culturas tradicionais, sustentabilidade, preservação do meio ambiente, educação para a inovação, autonomia.
A intenção é uma atuação de longo prazo, articulando uma conversa aprofundada e engajada, na busca de modelos de desenvolvimento econômico e cultural adequados ao século XXI, dando origem a uma composição dinâmica entre o enraizamento cultural e as novas culturas hiperconectadas.
O atuação baseia-se em quatro eixos interrelacionados:

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Ubatuba

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Esse post é uma adaptação do contexto descrito no texto do projeto que foi selecionado como Esporo de Cultura Digital em edital do Ministério da Cultura. Mais informações sobre a situação atual do projeto, aqui.

Ubatuba é um retrato em pequena escala do Brasil. Natureza exuberante, população jovem com uma herança cultural miscigenada – com núcleos de origem caiçara, indígena e quilombola. Conta com grupos religiosos de denominações diversas, um setor cultural emergente que luta contra a precariedade de condições e oportunidades, e uma classe empreendedora que vem se estabelecendo. Está localizada entre as capitais de Rio de Janeiro e São Paulo, e acaba assumindo um pouco da natureza cultural dos dois estados – simultaneamente trabalhadora e criativa, festiva e dedicada. Tem uma também diversa população flutuante, com interesses variados – triviais como o turismo de temporada ou específicos como a observação de pássaros.
Em alguns assuntos Ubatuba é um exemplo: conta com uma boa rede de ciclofaixas, é uma referência esportiva como sede de campeonatos internacionais de surfe. A Mata Atlântica, considerada reserva da Biosfera pela Unesco, e que no restante do Brasil já foi desmatada em mais de 93%, circunda toda a cidade. Segundo levantamentos recentes (2010), quase 90% de seu território são dedicados à preservação.

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Ubalab, pólo de tecnologias livres - status

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Escrevi um email contando um pouco sobre o projeto Ubalab, suas origens e resultados em potencial. Eu não sabia o quanto o destinatário sabe sobre sistemas livres e afins, então fui um pouco didático. O projeto já deveria ter começado com força total com os recursos que viriam do prêmio de Esporos de Cultura Digital do Ministério da Cultura que ganhamos. Mas as contas do Minc andam complicadas, e isso deve demorar. Por isso, estamos atrás de apoios, parcerias e patrocínios desde já. Se você tem como ajudar, me procure.
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Meus projetos para 2011

Agora que consegui mais ou menos situar o que eu penso sobre o que foi e o que vem, fica mais fácil elencar as prioridades da minha vida para esse ano.

No campo profissional:

  • Trabalhar um pouco na infralógica da MetaReciclagem. Em resumo: simplificar ao máximo o site. Eu fiz umas escolhas ali nos últimos anos que trouxeram um nível de complexidade grande demais. Resultado: cinco pessoas usam o site. Ao longo das próximas semanas, vou dar um gás nisso.
  • Fazer acontecer o Ubalab, implementando essa proposta aqui em Ubatuba (e também pensando no horizonte de um pólo de inovação local baseado em tecnologias livres, como sugeri nesse texto). Conhecer gente interessante em Ubatuba e arredores pra articular essas coisas. Tô dependo de umas respostas burocráticas pra saber quando começo. E sempre procurando parcerias em potencial. Bora?
  • Participar de alguns encontrinhos da MetaReciclagem e organizar um em Ubatuba.
  • Continuar com a produção do Mutgamb: participar das edições do Mutsaz a cada estação. Criar alternativas de financiamento. Estudar/desenvolver maneiras de editar ebooks com software livre. Propor/desenvolver alguns metalivros:
  • Montar um livrim com alguns dos meus textos.
  • Organizar um evento sobre internet das coisas, cena maker, protocolos abertos, infraestruturas genéricas, DIY, DIWO, inovação livre, shanzhai, hardware livre, laboratórios e pólos locais.
  • Continuar rabiscando textinhos.
  • Implementar o projeto MicroReciclagem.
  • Continuar a RedeLabs, com pelo menos uma publicação e outro encontro.

No canto doméstico:

  • Passar o maior tempo possível com minha amada e minha filha.
  • Terminar de construir meu quarto.
  • Descolar um carro pra ponte Uba-Sampa.
  • Ficar preto.
  • Tocar mais violão repetindo as mesmas músicas de sempre.

Para os futuros: juntar grana ou descolar uma bolsa pra fazer o mestrado na EGS.

PS.: tinha esquecido de mencionar MicroReciclagem e Redelabs. Agora foi.

PS2.: atualizei mais umas coisas... essa lista não acaba é nunca :Pleia mais >>

Bolsa de Cultura Digital Experimental – documentando

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Enviei há alguns dias na lista de discussão redelabs um relato sobre o desenvolvimento, no ano passado, de um edital de bolsas para pesquisa em cultura digital experimental que acabou não vingando. Segue abaixo uma versão resumida da história.

Ao fim da nossa conversa na Cinemateca durante o Fórum, cheguei a comentar que tinha ajudado a elaborar um edital de bolsas de cultura digital experimental que estava pra ser lançado pela coordenadoria de cultura digital do Minc. Era parte de um conjunto de editais que eles queriam lançar no fim do ano, que também contaria com editais para software livre, acervos digitais e alguns outros temas. No fim das contas não houve verba ou tempo para lançá-lo. De todo modo, quero contar um pouco do processo e de alguns mecanismos que a gente encontrou ali e que podem ser úteis pra outras iniciativas. É uma viagem essa coisa de dialogar com as restrições institucionais e encontrar brechas para flexibiizar as coisas aos pouquinhos… cansativo e frustrante, mas ainda assim dá uma satisfação cada pequena vitória.leia mais >>

Redelabs – Campus Party

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Na próxima terça-feira (18/01) vou participar de um debate sobre “Laboratórios e centros de fomento à cultura digital” na Campus Party. O debate é organizado pelo Instituto Sergio Motta e conta também com Daniela Bousso e Guilherme Kujawski.

Bolsa de Cultura Digital Experimental - documentando

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--- Enviei há alguns dias na lista de discussão redelabs um relato sobre o desenvolvimento, no ano passado, de um edital de bolsas para pesquisa em cultura digital experimental que acabou não vingando. Segue abaixo uma versão resumida da história. --- Ao fim da nossa conversa na Cinemateca durante o Fórum, cheguei a comentar que tinha ajudado a elaborar um edital de bolsas de cultura digital experimental que estava pra ser lançado pela coordenadoria de cultura digital do Minc. Era parte de um conjunto de editais que eles queriam lançar no fim do ano, que também contaria com editais para software livre, acervos digitais e alguns outros temas. No fim das contas não houve verba ou tempo para lançá-lo. De todo modo, quero contar um pouco do processo e de alguns mecanismos que a gente encontrou ali e que podem ser úteis pra outras iniciativas. É uma viagem essa coisa de dialogar com as restrições institucionais e encontrar brechas para flexibiizar as coisas aos pouquinhos... cansativo e frustrante, mas ainda assim dá uma satisfação cada pequena vitória. Minha conversa com a coordenação de cultura digital começou por conta de um projeto de laboratórios, fruto da parceria entre Minc e RNP. Eu criticava aquela visão de que simplesmente criar estrutura garante que as coisas vão acontecer. Sugeri à coordenação de cultura digital que era interessante reunir pessoas ligadas a projetos afins, em diversos contextos institucionais. A intenção seria entender melhor as referências e expectativas envolvidas, e tecer uma rede que eventualmente ajudasse a guiar esse tipo de construção. Acabamos atropelados pela agenda burocrática e institucional. O rascunho do tal projeto de laboratórios acabou sendo desenhado em termos gerais, meses antes do nosso encontro.leia mais >>