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Finde

FIm de tarde de sexta-feira estávamos em sampa. Saímos de casa a pé, chegamos ao Ibirapuera e fomos até a Arena montada pelo Tim Festival. Suportamos o show de uma banda fraquinha e depois até nos divertimos com um DJ com um puta som pesado, até que chegou o Gogol Bordello. No ano passado, a gente já tinha atravessado metade da Bohemia pra chegar num festival em Hradec Kralove, no meio da República Tcheca, e eles desistiram do show em cima da hora. Dessa vez, o show rolou. Foi uma hora sem parar de pular. Eu, que já fiz trinta anos (;)), até tentei parar de pular algumas vezes, mas o chão de madeira balançava e me fazia voltar. Puta show divertido. Saímos de lá felizes e semibêbados. Ainda tivemos que pular o portão para sair do Ibirapuera, que já estava fechado. Também voltamos pra casa a pé, uns 3km de subindo ladeira leve.

Sábado pela manhã, voltamos pra Ubatuba. Roquenrou à tarde, festinha em casa à noite. Domingo com praia pela manhã.

Apropriações tecnológicas

Saiu o livro pós-submidialogia3, editado por Karla Brunet e publicado pela Edufba. Meu texto "Em busca do Brasil profundo" tá lá no meio. Disponível no site da Karla, e republicado no pub.descentro. O PDF está aqui.leia mais >>

Ladrão de bananas

Sábado passado alguém entrou no quintal aqui de casa e derrubou duas bananeiras. Levou os cachos. Sete da manhã de sábado. Trocando uma idéia com o pessoal daqui, acho que provavelmente era algum doidão na larica. O que dá raiva é que se alguém passar aqui na frente e me pedir um cacho de banana, eu até dou. Mas alguém entrar no nosso quintal com um facão me incomoda. Ainda bem que os cachorros não viram, porque aí teria ou um maluco mordido ou um cão machucado.

Leva e aproveita, fio. Mas não volte não.

Bóumer

Acho que sábado vi o nome do demônio-mor da MS na Fôia. Hoje à tarde, recebi a notícia de que a MS oferecia para as escolas públicas paulistas um presente inovador: e-mail grátis (IMO, o retorno da lógica do traficante). Agora, o jornal da globo que o pessoal assiste ali na sala fala que o Bóumer vai explicar por que "os brasileiros gostam tanto do messenger", mas duvido que ele fale sobre o orkuche.

Dá pra acreditar?

Não.

Domingueira metarec

Das conversas aqui e ali com pessoas do terceiro setor em Ubatuba, apareceu a demanda de um computador para "os meninos do hip hop". Um amigo em sampa doou uma máquina, que eu trouxe nessa semana. Naquela conversa de a metareciclagem não virar disk-pizza, assim que a máquina estiver em condições eu vou propor pra eles uma atividade. Vou começar dando as tampas do gabinete do computador, e dizer que só entrego o resto quando eles me mostrarem as tampas customizadas. Posso mostrar umas fotos das máquinas em Santo André, mas não vou fazer nenhuma sugestão sobre o que fazer, e nem dar as tintas. A idéia é que eles se mobilizem para essa personalização, e descolem recursos, por pequenos que sejam, para conquistar a máquina. Vamos ver se funciona.

Primeiro desafio: testar se o ubuntustudio rola no esquema. Já tenho ele instalado em outro disco. Vou colocar aqui e ver se funciona. Meti o disco. Grub error 18. Internet. Problema com o tamanho. BIOS diz que o disco de 80 tem 32Gb. Ah, verificar os jumpers. Batata.

Ubuntustudio subindo. Please wait.

A placa de vídeo dessa máquina é onboard, pegando 32Mb da RAM. Se for usar direto, precisa baixar a resolução.

Sistema rodando bem.

Decidi repetir o método que usei pro ubuntustudio da outra vez: http://efeefe.no-ip.org/blog/ubuntustudio.

Instalando.
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O flickr como mercado de fotos

Uma amiga me fez lembrar que eu já recebi dois pedidos de autorização para o uso de fotos que publiquei no flickr. O fato de usar uma licença cc evita a necessidade desse tipo de autorização (afinal, a licença é uma autorização pré-concedida), mas eu fico feliz quando as pessoas entram em contato. A primeira foi a foto da enchente de 2005 em sampa, usada em uma apostila de geografia e em um artigo (que agora deu mensagem de erro). A outra é uma foto do Park Güell, em Barcelona. Até onde me lembro, as duas foram feitas com câmeras bem medianas (talvez até do celular).

De uma lista de discussão

-----Original Message-----
From: Serafin Talisayon

In the Philippines, we scanned and studied 10 best practices from more than 950 anti-poverty projects. Why were they successful?

The answer surprised us: the communities concerned were successful because the projects leveraged on the wealth of intangibles that the "poor" communities already had: network of relationships (social capital), access to natural resources (natural capital + social sanction), dedicated leaders (human capital), useful linkages outside (stakeholder capital), collaborative practices (cultural capital), indigenous knowledge (intellectual capital), etc.  All these are described in our freely-downloadable e-book: "Community Wealth Rediscovered: Knowledge for Poverty Alleviation" fromwww.cclfi.org/kpa_ebook our website.

Many local communities are "poor" only in tangible assets -- they are wealthy in intangible assets. People who call them "poor" are people whose development paradigm is based on financial or material mental models. They have a blindfold and I suspect many of them don't know it. "Poverty" is a concept inside their heads.

Encaminhado por Michael Gurstein.

MetaReciclagem explicada

Explicando por email:

A MetaReciclagem é uma rede distribuída de pessoas que compartilham uma metodologia. Essa metodologia diz respeito a um tipo de relação com a tecnologia que se baseia na desconstrução, reuso e ressignificação, com o uso de software livre e o compartilhamento dos aprendizados e descobertas.

O que significa distribuída? Que a MetaReciclagem não cresce a partir de um ponto central que vai se espalhando, mas de projetos e pessoas em diferentes lugares que decidem voluntariamente adotar essa metodologia.

Para promover a integração entre esses diferentes projetos e pessoas, a gente desenvolveu uma nomenclatura que envolve três escalas:

* Esporos são espaços de referência em MetaReciclagem. Geralmente, são espaços abertos que recebem doações de computadores, reciclam-nos e organizam eventos, oficinas e cursos. Aqui tem uma lista dos esporos ativos atualmente: http://rede.metareciclagem.org/listas/esporos
* ConecTAZes são, de certa forma, os projetos de MetaReciclagem: qualquer ação que requeira a mobilização de pessoas em relação a um objetivo comum, que também esteja ligado aos objetivos da MetaReciclagem. Uma lista de conectazes: http://rede.metareciclagem.org/listas/conectazes
* A infralógica é um conjunto de sistemas na internet que possibilitam que os diferentes esporos, conectazes e pessoas se mantenham informados sobre o que os outros estão fazendo, e possam usar os aprendizados coletivos como recursos para seus próprios objetivos. A infralógica hoje em dia está centralizada aqui: http://rede.metareciclagem.org

Obsolescência programada

Estou escrevendo uma série de posts no lixo eletrônico sobre uma visão sistêmica pra todo o ciclo de produção, consumo, descarte e reciclagem de eletrônicos. Já publiquei uma introdução e a primeira parte, sobre produção e consumo. Agora estou me esforçando pra falar sobre descarte e reuso. No meio do caminho, parei pra respirar um pouco e li mais algumas páginas da tese de Rodrigou Boufleur sobre a Gambiarra. Lá na página 67 ele conta:

A partir da quebra da bolsa de Nova Iorque em 1929, a indústria começou a implementar mudanças na maneira como produzia artefatos, deixando de favorecer a durabilidade e a boa fabricação para priorizar estratégias que apelassem ao aumento do consumo (MALDONADO, 1976; DENIS, 2001). Um dos movimentos simbólicos em relação ao projeto de artefatos é o advento do Streamline ou Streamform, era buscado valorizar mais a forma que outros elementos nas produções. Essa mudança de concepção provocou efeitos que residem até hoje no universo dos artefatos industrializados. Não bastasse isso, alguns defendem, atualmente, a idéia de que muitos produtos são fabricados com componentes de baixa resistência para provocar o rápido descarte, gerando o conseqüente aumento do consumo. Essa é uma das condições que definem a chamada obsolescência programada.

 

Diproma

Negociei uma dívida antiga e pude pegar meu DIPROMA hoje. Diz algo como "curso superior de formação específica em gestão de comunicação empresarial". Foi o máximo que consegui agüentar.

E é com essa autoridade que tenho uma dica para aquelas pessoas em empresas que estejam precisando de estratégias vencedoras de comunicação para dominar mentes e conquistar corações e bolsos:

Desistam.

A vida agora é, e vai ser cada vez mais, em rede. E vocês, dio, ainda não leram nem o cluetrain? E ainda por cima a babilônia tá se desfazendo em vapor e barranco.

Desistam. É sério. Podem ir embora. Ninguém vai sentir falta.