Blogs

Escolhas

Indícios de termos feito boas escolhas na vida:

- Filha, que tal faltar à escola hoje e ir à praia?

- Não pai, prefiro ir à escola.

E ela adora praia. Mas a escola faz tão bem para a vida dela que a gente entende e se enche de orgulho de participar.

O que não quer dizer que não tentaremos outra vez se amanhã o calor se repetir ;)

Hirsuto

Lumber o quê? Acho que essa galera tá assistindo Wolverine demais. "Estilo lenhador" uma ova.

Minha barba é assíria, levantina, bíblica, grega. É Nabucodonosor e Platão. É de santos e profetas, reis e mendigos, camponeses e caçadores. É minha, sem rótulos, e muda sempre. Pra lá com essas modinhas, por favor.

Redes fora das redes

Cá estou naquele período anual semi-afastado do mundo cotidiano. Não tanto quanto das outras vezes, porque também aqui na roça às margens da mata atlântica as coisas mudam. Há dez anos vieram os relógios, depois as TVs (que felizmente hoje andam mais silenciosas). Depois os smartphones com cache que eram levados à cidade para sincronizar. E desde o começo de 2014, sim, o wifi está na área. Lento, instável, mas suficiente para me permitir publicar este texto (será que vai cair a conexão quando eu apertar "publicar"?).

Decidi, entretanto, que tentaria manter este período mais voltado a dinâmicas outras. Estou, naturalmente, avançando para reduzir minha pilha de coisas para ler (tanto os livros de papel quanto a interminável lista de links guardados no pocket ou a imensurável pasta com PDFs). Ler, andar, escutar e fazer música, brincar com crianças e adultes, olhar nos olhos, ceder espaço para outres, ocupar espaço de outres. Ver crescer e mexer a barriga que carrega mais um dos nossos. Acender fogueiras, velas, ideias.

Única regra para meu uso pessoal da internet nestes dias: facebook, só quando estiver no centro na cidade. Quando muito. As coisas vão continuar automáticas indo daqui pra lá, mas não quero ver aquela página azul aqui no refúgio.

Escreveria mais sobre isso e outras coisas. Escreverei. Mas agora tô indo ali que tem vida me esperando.

Abrindo

Já ameacei umas três ou quatro vezes escrever um post longo sobre as eleições. Mas antevendo os comentários, vou só reafirmar algumas coisas que falei há dois anos:

Alguns temas me interessam em especial: planos para infraestrutura de comunicação digital e comunitária; incentivo ao conhecimento livre e aberto, inclusive promovendo ações de cultura livre e a adoção de recursos educacionais abertos; valorização da criatividade cotidiana como busca de soluções para problemas comuns à sociedade, criando instâncias de debate e proposição; valorização dos conselhos municipais como instrumento de democratização e de educação para a democracia; desenvolvimento de ações para o transporte sustentável; entre outros.leia mais >>

Etapa

Dissertação homologada. Vamos em frente.

Sincronicidade

Percebi hoje que ainda penso no chat como uma ferramenta síncrona de comunicação - através da qual falaríamos em tempo real com outra(s) pessoa(s), ao contrário das ferramentas assíncronas, que sediariam conversas em intervalos maiores. Mas na verdade, a partir do surgimento do chat no browser (meebo, google chat e outros, depois facebook) e posteriormente do chat no celular, isso tudo muda. Tenho conversas que vão avançando à medida que as pessoas acessam seus dispositivos. Com o celular isso tudo fica mais confuso ainda. As conversas no telegram e whatsapp têm um tempo todo maluco.

E a garotada de 14 anos se pergunta, em sincera consternação: "mas quem é que usa e-mail?"

Tempos...

Algum tempo sem blogar. Insatisfeito comigo mesmo por conta do uso impensado e cotidiano das tais "redes sociais" capturadas pelo capital. Naquela efemeridade toda, mil opiniões fadadas a quase desaparecer na avalanche de repetições. Repetição de verdades absolutas. Certezas em excesso. Estranho para mim: quanto mais informação eu acesso mais dúvidas tenho. Mas o resto do mundo exibe cada vez mais certezas inquestionáveis. Talvez as tenham desde sempre, mas sinto que sem um Facebook ou afim precisavam vestir uma imagem social mais equilibrada. Agora é tudo excesso, desqualificação, maniqueísmo de todo lado. A mim soa como histeria apocalíptica. Parece que o mundo acaba amanhã.

Mas ele não acaba. O mar sempre me lembra disso.

Este blog continua aqui. Talvez eu volte a frequentá-lo, mais por nostalgia do que vontade de qualquer coisa.

Até o jeito de escrever é outro, sinto que preciso medir melhor as palavras. Blogs são mais librianos? Ou é só mais um entre tantos museus de bits, coisas do passado a que ninguém dará atenção? Mees alunes, que nasceram em torno de 1999, nem facebook usam mais.

Manter um sistema com algum grau de autonomia dá trabalho. Não sei o quanto ainda quero ter esse trabalho. Mas vou mantendo.

Ahn, e vou aposentar os trackbacks.

Blogues

Últimos meses foram corridos. Da organização e produção do Tropixel até terminar de redigir minha dissertação de mestrado (semana passada!), o tempo passou voando e eu parei de rabiscar coisas nos meus blogues. Usei muito as redes sociais corporativas, em especial aquela lá. Isso me incomoda. Eu costumo recomendar que não se utilize essas redes como única plataforma de publicação, porque ninguém sabe onde estarão nossos dados daqui a um ano (ou depois de amanhã, pra falar a verdade). Então estou aos poucos reformando meus blogues e voltando a publicar por aqui. Eu pessoalmente acho uma pena que tenhamos coletivamente perdido o hábito de comentar diretamente nos sites das pessoas, e que todas as conversas tenham sido transferidas para as redes corporativas. Mas o SPAM é mesmo um problema, e por enquanto isso me parece inevitável...

Coisas novas acontecendo nos próximos tempos. Vou informar primeiro pelos meus blogues, para voltar aos velhos hábitos.

Virtual como abertura à invenção e flutuação

O que está além do possível e do real é assim a abertura do virtual, da invenção e da flutuação, do que não pode ser planejado ou mesmo pensado previamente, de que não existe permanência real mas apenas reverberações. Ao contrário do provável, o real pode apenas irromper e então retroceder, deixando apenas traços atrás de si, mas traços que podem virtualmente regenerar uma realidade gangrenada por sua redução a um conjunto fechado de possibilidades. Seja sobre a aparição e desaparição instantânea do commons eletrônico (como nos primórdios da Internet), ou a irrupção em determinado setor econômico de uma tecnologia capaz de desenrolar e dirromper sua organização de produção estabelecida (como na atual explosão de sistemas de compartilhamento de arquivos), ou seja a virtualidade de outro mundo percebida em uma demonstração em massa ou em uma oficina ou em um acampamento, a política cultural da informação envolve uma punhalada no tecido da possibilidade, um desfazer da coincidência entre o real e o dado. Neste sentido, se podemos chegar a falar em uma política cultural da informação isso não acontece por causa das novas tecnologias, mas porque é a redução do espaço de comunicação para um espaço de alternativas limitadas e dificilmente efetivas (como no signo pósmoderno) que apresenta o problema do improvável e do impensável como tais. A política cultural da informação não é uma alternativa radical que salta de uma negatividade para confrontar uma tecnologia social de poder monolítica.leia mais >>

Cyanogen Mod 10 - Defy Plus

Há alguns meses, pouco antes de sair em viagem, fiz algumas experiências com sistemas alternativos em um celular Defy Plus da Motorola. Como costuma acontecer com gente curiosa, acabei passando do ponto ("tá funcionando legal, mas e se eu tentar mais isso...?"). Além disso, deixei a prudência de lado e fui tentar atualizar o sistema com a bateria quase sem carga. Resultado: fiquei alguns dias com um celular morto - justamente aqueles dias em que estava com internet caríssima, instável e muito lenta, o que inviabilizava recuperar o sistema original. Tijolo mesmo, sem poder usar nem para ligações, SMS ou câmera. Felizmente, depois consegui baixar uma cópia do firmware original (para quem passar por isso, recomendo buscar seu SBF por aqui) e recuperei o celular com o RSD Lite (que só roda em windows). Enquanto estava em trânsito, decidi deixar com o original mesmo. Mas nas últimas semanas, estava ficando cada vez mais insatisfeito com ele, e resolvi tentar de novo. Segue abaixo um resumo do que fiz para instalar uma versão do Cyanogen Mod 10 no Motorola Defy Plus.leia mais >>