Abrindo

Já ameacei umas três ou quatro vezes escrever um post longo sobre as eleições. Mas antevendo os comentários, vou só reafirmar algumas coisas que falei há dois anos:

Alguns temas me interessam em especial: planos para infraestrutura de comunicação digital e comunitária; incentivo ao conhecimento livre e aberto, inclusive promovendo ações de cultura livre e a adoção de recursos educacionais abertos; valorização da criatividade cotidiana como busca de soluções para problemas comuns à sociedade, criando instâncias de debate e proposição; valorização dos conselhos municipais como instrumento de democratização e de educação para a democracia; desenvolvimento de ações para o transporte sustentável; entre outros.

Continuo sendo o mesmo, e totalmente a favor de candidatos que levem a sério temas como cultura e diversidade; sustentabilidade como único caminho em frente; direitos humanos e verdade histórica; ciência e tecnologia que dialoguem com saberes locais; desenvolvimento econômico inclusivo e heterogêneo; educação para a liberdade (e não só para o mercado); reconhecimento e valorização da identidade de minorias urbanas, rurais e da terra; políticas afirmativas; feminismo; participação e controle social; direitos civis para famílias em qualquer formato; descriminalização das drogas leves; criminalização da homofobia e outros tipos de preconceito; cultura de abertura (e software livre, naturalmente); inovação social; regulamentação da mídia com valorização da comunicação comunitária; e todas as pautas que estejam conectadas com essas desde um ponto de vista includente, democrático, pacífico e sustentável.

Não vou atrelar nomes a cada cargo dessa cansativa eleição. Mas levando em conta os temas acima, a quem interessar digo que vou votar somente nas siglas 00, 13, 43, 50 e 65. Grande parte deles com menos convicção do que resignação às alternativas existentes.

E que passe logo esse período e leve junto toda a histeria fundamentalista que abunda por aí.