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Tempassando

Voltamos há pouco de uns dias em Porto Alegre, visitando a família, exibindo a barriga que leva minha filha. Voltei com a inbox cheia, um monte de buzzes e rss pra ler. Sem pressa. Preguiça de computador. Entre-projetos, esperando algumas respostas burocráticas pra começar a movimentar várias coisas. Vivendo com menos, e bem feliz de sair algumas manhãs para andar até o fim da praia e voltar. Segunda-feira vem o empreiteiro marcar o gabarito para fazer a fundação do que vai ser nosso canto. Ali no quintal, do lado da horta.

Lendo, anotando, planejando. Escrevendo pouco. Sem pressa. Passando mais tempo com amigxs.

Aliás, chegaram. Com cerveja. Tchau.

Iluminismo do século XXI

Glerm compartilhou esse post do boingboing com mais um vídeo da série RSA Animate (ilustrado pela cognitive media): iluminismo do século XXI.

Cidades Digitais - Araraquara

Semana passada fui a Araraquara participar do debate sobre "Experiências Democráticas de Acesso à Rede" no segundo seminário sobre Cidades Digitais, organizado pelo departamento de Administração Pública da Unesp no SESC Araraquara. O debate seria moderado por Cássio Quitério, do SESC, e também contaria com Claudio Prado, que infelizmente não pôde estar presente.

por do sol em araraquara

Enquanto cruzava quase 500km do interior de São Paulo, fiquei pensando no que ia apresentar por lá. Me chamaram para falar sobre a MetaReciclagem, mas eu queria (uma vez mais) extrapolar a pequena gavetinha em que muitas vezes tentam nos enquadrar - inclusão digital, computadores, etc. - e tentar traçar paralelos mais aprofundados entre as bases da MetaReciclagem e uma possível apropriação crítica do discurso das cidades digitais. Fiquei um pedaço da madrugada anterior ao evento elaborando essas analogias e preparando uns slides. Chamei de "MetaReciclando as Cidades Digitais".

Cheguei quase uma hora antes do debate, conheci as instalações do SESC Araraquara - infra legal, piscinas e tudo mais -, encontrei o pessoal. Claudio Prado seria substituído pelo Tico, um jornalista da região que está fazendo alguns projetos de comunicação e educação.

O debate rolou tranquilo, e entrou no tempo da atividade seguinte. Estou transformando a reflexão que ele gerou em um texto que vou publicar logo mais, junto com os slides.leia mais >>

Ilhas na rede

Achei na estante virtual uma cópia do Piratas de Dados, versão em português (com péssima tradução do nome, mas enfim...) do Islands in the net, de Bruce Sterling. Estou lendo sem pressa, mas já encontrando alguns trechos interessantes, como esse diálogo entre Laura e Debra:

- Quanto maior o corpo, menor o cérebro, é essa a estratégia? - perguntou Laura. - O que aconteceu com o bom e velho princípio do  dividir para governar ?

- Não se trata de política, mas de tecnologia. Não é o poder deles que nos ameaça, mas a imaginação. A criatividade vem de grupos pequenos. Foram os grupos pequenos que nos deram a luz elétrica, o automóvel, o computador pessoal. As burocracias nos deram a usina nuclear, congestionamentos de trânsito e redes de televisão. As primeiras três coisas mudaram o mundo. As outras três são apenas história.

AVLAB Gambiologizado

Acabei nem relatando o encontro AVLAB sobre Gambiologia que organizamos no começo do mês no CCJ. Chegamos lá no meio da tarde do domingo. Eu ainda não tinha comido, peguei um kibe & esfiha lá por perto. Na volta, já estava uma parte da galera, e foram chegando mais. Para apresentar vieram Gera Rocha, Daniel Hora e Glauco Paiva. Na plateia, conhecidxs e mais alguns gatos pingados, além do Felipe Bright que eu não via há uns séculos.

Eu e Maira abrimos comentando sobre o encontro do dia, a Gambiologia e a MetaReciclagem. Por conta de um tropeço de confiança na pessoa errada, o metalivro Gambiologia só ficou pronto em cima da hora, e acabou saindo com um monte de coisinhas pra revisar. Nos próximos tempos vamos publicar uma versão definitiva.

Na sequência, Gera contou sobre o processo das micrometragens no Mutirão da Gambiarra e exibiu os vídeos da Teia (O toque do tambor) e o seu (ENHDDDSOHLDPKM). Depois respondeu algumas questões sobre edição com software livre.leia mais >>

LInkania

Fui lá na Cultura do Conjunto Nacional dia 13 de julho conferir o lançamento do Linkania, do Hdhd. Ao contrário do que eu pensava e do que ele escreveu na dedicatória, tem um monte de coisas ali que eu ainda não tinha lido. A ideia da rede invisível é bem interessante, e acho que vale a pena explorar mais. Ainda tô pela metade, lendo quando sobra tempo, mas é uma leitura agradável e levemente ácida, bem no estilo do velho subco.

Atualizando: Robson fotografou e Aline filmou o lançamento. Na área, um bando de gente que eu não via há tempos. Ói eu ali:

Hdhd & FF

 

efe cinco

Nas últimas semanas andei quieto aqui, mas girei bastante. Fui a Brasília pra algumas reuniões e fiquei meio tonto de ver aquela cidade sem dpadua. Li um monte, a trabalho e lazer. Me perdi um pouco em uma avalanche de confusões - velharias vindo a tona, novidades difíceis mas positivas. Fiquei sabendo que o bebê que a gente espera vai ser guria. Mergulhei em cachoeiras geladas na chapada dos veadeiros. Ensaiei e participei, com mãos e garganta, da gravação de uma coletânea de músicas espirituais. Meu cabelo cresceu um pouco. Acho que minha barriga também (muito tempo longe de casa). Junto com algumas pessoas maravilhosas, seguramos uma bronca para fincar um pouco mais os pés em São Paulo, com olhos no futuro. Tive indícios de notícias boas. Abri novas conversas com pessoas que já conhecia. Toquei pouco violão e guitarra. Ganhei um par de botas fantásticas que me fizeram lembrar das Commander que eu usava no começo da adolescência (entre a fase M2000 e a fase coturno).

Alguma coisa mudou no meu mundo. Profundamente. Semana que vem volto a casa, pra também fincar os pés, respirar aquele ar úmido da mata atlântica e sentir o mar. Talvez lá eu entenda o que foi.

Labtolab - prévias e chegada

Fiquei sabendo sobre o encontro Labtolab há alguns meses através de Victor Vina, que conheci no Mobilefest do ano passado. Como eu estava para começar o projeto Redelabs e vinha mantendo havia alguns meses uma conversa produtiva com o Conselho Cultural da Espanha em São Paulo, acabou surgindo o convite para participar do evento no Medialab Prado, em Madrid. Seria o segundo encontro de uma rede de Laboratórios de Mídia europeus, mas dessa vez com uma porta aberta para a América Latina. Aconteceria simultaneamente à primeira semana do Interactivos, um projeto que sempre quis acompanhar. Aceitei, de bom grado.

Na semana anterior ao evento, Jara Rocha do Medialab Prado me falou um pouco mais do formato, perguntou se eu toparia moderar um grupo de trabalho e me pediu para responder a um questionário. Respondi meio nas coxas porque estava com essa natureza dupla - levava o histórico da MetaReciclagem, mas também queria incorporar a reflexão de Redelabs que trata de assuntos paralelos. Outros participantes também responderam ao questionário no wiki, o que também me deu a chance de conhecer um pouco mais sobre o trabalho deles. Já comecei me perdendo com tantos nomes e contextos diferentes - e isso se repetiria durante toda a semana por lá, uma certa entropia que me deixou feliz.leia mais >>

Chegada em Genebra e começo da Lift

Chegamos a Genebra ontem, depois de um vôo noturno sobre o Atlântico e uma escala em Lisboa. Não dormi, mas também não tivemos mais percalços. A alfândega em Lisboa é bem tranquila, nenhuma incomodação.

A Suíça tem aquela imagem utópica da infraestrutura que funciona - chegando no aeroporto, pegamos um ticket grátis que nos dava oitenta minutos livres no transporte público. Depois do check-in no hotel que o evento reservou (cujo site parece de motel, mas é bem normal), ganhamos cartões que nos dão acesso livre a todo o transporte público durante todos os dias que estivermos na cidade. Os ônibus são limpos e chegam na hora exata.

Capotamos à tarde, tentando minimizar o jet-lag. À noite, saímos com o pedaço da família que estava em Londres e veio pra uma cidade aqui perto, passar o aniversário da minha companheira (que é hoje, e eu não tô lá com ela :P). Jantamos perto da cidade antiga, saímos para um rolê. Tá frio como um inverno paulistano, mas a galera daqui parece feliz com a primavera. Vi até pernas de fora na rua.

Demorei pra dormir, tava meio tremendo, meio tenso. Jet-lag puro.leia mais >>