ubatuba

Lugares

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Hoje (ontem) à tarde, estava bebendo um suco e lendo o reader do Paralelo, que chegou ontem aqui em casa. Lá pelo meio, topei com o artigo de Karla Brunet e Juan Freire: Uma introdução à locação em arte e tecnologia. Duas ideias ali ecoaram bem com o que imagino aqui: a crítica aos projetos de arte locativa que não se relacionam de maneira honesta com o contexto - construídos de cima para baixo, sem se aprofundar no entendimento local, importando métodos, expectativas e jargões de outras localidades; e a diferenciação entre as noções de espaço e lugar: mera geografia e topologia na primeira, construção social, ambiental e política na segunda. A diferença - na qual acho que já esbarrei no último post - entre o ponto no mapa e a narrativa, ou as narrativas, que se associam àquele ponto.

Sobre openstreetmap, atenção e olhar

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Uma questão que eu mesmo me fiz algumas vezes é por que usar o OSM pra georreferenciar, se já existem tantas soluções estruturadas de mapeamento - Google, Yahoo, etc. Agora à noite, depois de uma ida rápida de bicicleta à rádio Gaivota para reconectar o streaming que havia caído, fiquei pensando que o mais importante não é o simples localizar em um mapa dado - em outros termos, enfiar um alfinete em uma estrutura definida de antemão. Pelo contrário, todo o processo de planejar os futuros rolês - de bicicleta, a pé, de carro - para levantar o traçado das ruas, marcar pontos interessantes, depois traçar isso tudo no banco do OSM gerando mapas livres e subir as marcações de pontos especiais em um aqui nesse site cria uma disposição diferenciada. Por ter a atenção direcionada para isso, eu tenho observado mais atentamente as rotas que tomo, o que encontro no meio do caminho, e o que pode virar ou não assunto para esse o site. Penso bastante no corte editorial que em algum momento vou precisar definir - invariavelmente, as conversas com pessoas envolvidas com turismo acabam sempre caindo no assunto anúncios/patrocínio, e isso já me antecipa problemas - isenção, relacionamento, cidade pequena, essas coisas. É fundamental encontrar maneiras de financiar essas ações que garantam a autonomia.

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Sem pressa

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Estou andando a passos lentos com esse projeto. Não só porque o nome ainda não é definitivo - e tudo que não quero é começar a agitar um lance pra depois ter que mudar de nome - mas principalmente porque estou dedicando esses primeiros tempos a sair pela cidade, olhar, sentir. Até já fiz algumas marcações de coordenadas, tirei fotos, fiz notas mentais. Mas por enquanto, prefiro tratar isso muito mais como levantamento e pré-produção do que o mapeamento em si. Uma busca de acertar o ritmo da respiração meu com o de Ubatuba. Hoje, por exemplo, fomos à Almada pela manhã, almoçamos por lá, e durante a tarde fiquei circulando pelo centro - Biblioteca Municipal, Praça 13 de Maio, Calçadão, depois um tempinho na padaria Integrale. Depois, voltei pra casa e fiquei conversando sobre a Mata Atlântica, contexto, temas pra projetos e arte e limites disso, com um amigo colombiano.

No ar

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Começando os trabalhos por aqui... site no ar, mapa configurado. Tive que aprender algumas coisinhas novas para integrar o Open Street Map ao Drupal, sistema de publicação que estou usando nesse site. Estou documentando essas coisinhas aqui. Mais informações sobre o que é esse projeto e em que contexto se insere podem ser encontradas no wiki da MetaReciclagem.

Curadores da Terra

Conheci o trabalho dos Curadores da Terra ano passado, na programação paralela à COP-15 da Matilha Cultural, em sampa. Me impressionaram os tijolos feitos de materiais diversos. Há algumas semanas, recebi um informativo de uma rede de organizações de Ubatuba comentando que os Curadores da Terra estavam em tratativas com a prefeitura para implementar seu projeto de Lixo Zero. Troquei alguns emails com eles, e fui ontem conhecer Sérgio Prado e Márcia Macul, em sua bela casa na estrada pra praia da Almada. Conversamos por algumas horas, sobre vários projetos deles, mas também MetaReciclagem, lixo eletrônico, apropriação de tecnologias e projetos educacionais. Acho possível que se articule alguma ação metarecicleira na possível usina de tratamento de lixo. No mínimo, valeu a conversa.

Artaud nas Nuvens

Também na segunda-feira fui conversar com o pessoal do coletivo Artaud nas Nuvens, que tá com o cineclube no Passeio Santa Fé. O espaço tá bem interessante, e eles estão começando a montar uma programação legal. Gostei da vibe do pessoal por ali, e propus uma conversa, ainda sem objetivo específico, sobre cultura digital e apropriação de tecnologias. A ver o que rola.

Sala Verde de Ubatuba

Ontem fui conhecer a Sala Verde de Ubatuba (na Rua Acre, 404). O coordenador Beto Francine não está na cidade essa semana, mas conheci o Bruno, que toca um projeto por lá. As Salas Verdes são espaços socioambientais articulados pelo Ministério do Meio Ambiente. A Sala Verde de Ubatuba tem uma biblioteca temática, oferece cursos e tem alguns experimentos de permacultura e construção sustentável (aquecedor com garrafa PET, captação de água de chuva, filtro natural, aproveitamento de resíduos e poda, compostagem, construção com superadobe, etc.). Recebem visitações da rede escolar. Ano passado, com uma série de oficinas de construção sustentável, formaram 290 pessoas. O espaço é bem interessante - o restante do prédio era alguma secretaria da prefeitura, mas recentemente virou uma escola.

Esqueci de tirar fotos por lá, mas devo voltar nas próximas semanas.

Ubanismo

Publicando aqui uns rabiscos sobre Ubatuba.

Ubatumirim, visto do Mirante da Chica

Ubatuba é um retrato em pequena escala do Brasil. Natureza exuberante, população jovem com uma herança cultural miscigenada, originalmente nativa, negra - ainda existem áreas indígenas e quilombolas na cidade - e portuguesa, à qual nas últimas décadas se agregaram também expatriados de todas as regiões do país e até do mundo. Até hoje a cidade paga por equívocos administrativos e de planejamento urbano, mas busca seu caminho para o futuro. Conta com grupos religiosos de denominações variadas, um setor cultural expressivo que luta contra a precariedade de condições e uma classe empreendedora bem-intencionada que vem substituindo gradualmente os antigos donos de tudo. Está localizada entre as capitais Rio de Janeiro e São Paulo, e acaba assumindo um pouco da natureza cultural dos dois estados - trabalhadora e criativa, festiva e dedicada. Tem uma também diversa população flutuante, com interesses variados - do mais simples turismo de fim de semana a particularidades como a observação de pássaros.leia mais >>

Corisco

Domingo, que era meio de um feriado estendido, a gente saiu com vontade de escapar da movimentação praieira. Resolvemos dar uma volta na corredeira que termina na Casa da Farinha, no sertão da Fazenda. Um ônibus na saída da estrada já dava a dica. Passamos pelo moinho de farinha (onde sempre fica seu Zé Pedro, figura mítica do local) e tentamos chegar à saída pro rio. Impossível. Gente pra caramba. Perguntamos pra um local se a trilha do corisco dava acesso ao rio mais pra cima. Ele falou que sim, e que valia a pena. Desatamos a caminhar.

Depois de um quilômetro e meio trilha acima, já descalços - não tínhamos nos preparado para a trilha, fomos de chinelo e quando a lama começou a grudar acabamos levando os chinelos na mão -, percebemos que o som do rio ficava cada vez mais ao longe, e que subíamos cada vez mais. Resolvemos voltar e ali por volta da marcação de 1km nos metemos na mata em busca de um caminho pro rio. Acabamos encontrando, e foi uma delícia.

Ainda tivemos algum problema para conseguir voltar para a trilha - o caminho estava meio fechado - mas encontramos uma árvore linda e imponente nessa busca. Nosso amigo destroncou o ombro mas logo voltou ao normal. Eu tinha meus pés furados por espinhos, um dedo doendo por um chute e até ontem encontrei cinco carrapatos. Mas não troco por nada a sensação de entrar no rio.leia mais >>

Conferência

Sábado dei uma passada na conferência municipal de cultura de Ubatuba. Apesar de em cima do laço (era o último dia para fazer as conferências), achei positiva a reunião. Mais gente do que eu imaginava, ainda mais em um sábado pela manhã. Formaram-se grupos de trabalho para debater os cinco eixos de conversa. Foi um começo de conversa, que se tudo der certo vai formar o conselho municipal de cultura. Conheci ou reencontrei algumas pessoas envolvidas com cultura na cidade. As conversas vão continuar.