Interfaces Públicas

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Último vídeo da série de conteúdos Rede//Labs produzida em parceria com o Centro de Cultura da Espanha em São Paulo, Interfaces Públicas foi em si um desafio condizente com aquilo que pretendia retratar. Um lugar efervescente que no entanto não é um lugar em si, ou não só um lugar, ou não o mesmo lugar ao longo do tempo. IP://, Ipe ou Ipê teve pelo menos quatro encarnações diversas em diferentes lugares do Rio de Janeiro, sempre recebendo gente nova, renovando as propostas, em ebulição e renovação constantes. O próprio processo de elaboração do vídeo fala bastante sobre o IP: começou de um jeito, mudou, as fitas sumiram, o HD deu pau, fizeram de novo, diferente. No fim, não sem ironia, meu pedido por um vídeo sobre o IP acabou reflexivamente mostrando também a mim mesmo falando sobre o IP. É assim que funciona ali, naquele lugar entre quântico e borgiano, jogo de espelhos em que a pergunta e a resposta se misturam. Meus parabéns ao pessoal que conseguiu, a custa de muito esforço, documentar o que é difícil de documentar - como fotografar um cheiro ou contar o sonho de outra pessoa. E vida longa aos Ipês.

InterfacesPublicas-final2 from Centro Cultural da Espanha-AECID on Vimeo.leia mais >>

ZASF, Uai Fai na roça. Precisamos de colaboradorxs!

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Inscrevi junto com o Vince uma nova versão da ZASF na convocatória do Interactivos?'12 Autonomias: Ciências da Roça na Nuvem. Fico feliz em anunciar que o projeto foi um dos selecionados, em companhia de um monte de outros projetos legais. A ideia é expandir o que fiz até agora com a ZASF: experimentar e documentar o hardware e software, fazer uma curadoria de conteúdo que é disponibilizado nas redes autônomas, trabalhar o objeto físico que cria essas redes (transformá-lo em um totem, em um objeto de culto, ou então em maneiras de ocultá-lo, de garantir sua mesclagem com o ambiente), e pensar em rituais de acesso, rotinas de negociação e quetais.

Vamos precisar de ajuda para fazer tudo isso. Por sorte, o formato do Interactivos? inclui uma convocatória para colaboradorxs: pessoas que dominam um ou outro assunto tratado nos projetos, e que se dispõem a ajudar. A convocatória está disponível lá na página do evento, replico abaixo o texto:leia mais >>

BikeUba

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Wille Marcel, que entre outras coisas está envolvido com o projeto Maparec (o mapeamento colaborativo do Recôncavo Baiano), veio de Cachoeira, na Bahia, especialmente para o Encontrão Hipertropical de MetaReciclagem, em maio passado. Durante os dias em Ubatuba, ele ficou com uma boa impressão sobre o uso de bicicletas na cidade, e fez um vídeo sobre o assunto:

Mais informações sobre o vídeo, aqui.

Wille Marcel, que entre outras coisas está envolvido com o projeto Maparec (o mapeamento colaborativo do Recôncavo Baiano), veio de Cachoeira, na Bahia, especialmente para o Encontrão Hipertropical de MetaReciclagem, em maio passado. Durante os dias em Ubatuba, ele ficou com uma boa impressão sobre o uso de bicicletas na cidade, e fez um vídeo sobre o assunto:Mais informações sobre o vídeo, aqui.

Mídia zumbi

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Encontrei aqui:

1) Somos contra a ideia de mídias mortas. Apesar de a morte da mídia poder ser útil como tática para opor-se ao diálogo que foca somente na novidade das mídias, acreditamos que as mídias nunca morrem. A mídia pode desaparecer em um sentido popular, mas nunca morre: ela decai, apodrece, reforma-se, remixa-se, e torna-se historicizada, reinterpretada e colecionada. Ou ela se torna resíduo no solo e no ar como mídia morta concreta, ou então é reapropriada por metodologias artísticas e fuçadoras ["tinkering"].

2) Somos contra a obsolescência programada. Como base da ecologia mental de circulação de desejos, a obsolescência programada mantém um impulso de morte ecologicamente insustentável que está destruindo nossos meios de vida.

3) Propomos uma despontualização das mídias e a abertura, entendimento e raqueamento de sistemas ocultos e caixas-pretas: seja como produtos de consumo ou arquivos históricos.

4) Propomos a arqueologia das mídias como metodologia artística que segue as tradições de apropriação, colagem e remix de materiais e arquivos. A arqueologia de mídias obteve sucesso em escavar histórias de mídias mortas, ideias esquecidas, alianças e narrativas menotres, mas agora é hora de desenvolvê-la de forma textual em uma metodologia material que leva em conta a economia política da cultura de mídia contemporânea.

5) Propomos que o reuso é uma dinâmica importante da cultura contemporânea, especialmente dentro do contexto do lixo eletrônico. "Se fecha facilmente, deve abrir facilmente". Concordamos que a cultura aberta e de remix deveria se estender a artefatos físicos.

Eleições

Antes de mais nada, reafirmo aqui minha posição: a democracia representativa é cheia de falhas e inconsistências. Imaginar que uma pessoa consiga "representar" a minha opinião em qualquer assunto é uma ilusão. Pretender que alguém passe quatro anos discutindo, propondo e trabalhando de forma que reflita o que seria minha opinião sobre temas diversos é impossível. Vejo com bons olhos as iniciativas que propõem experimentações com democracia direta, democracia líquida e afins (alguns exemplos disso, aqui) - mesmo não acreditando que sejam um elixir milagroso, e observando que essas experiências parecem entender a política como um processo de decisão sobre alternativas dadas. Eu acho que a política é um lance muito mais profundo, de construção de alternativas, busca de consensos mesmo que temporários, e articulação entre oportunidades dadas em determinados contextos e momentos históricos.

Feitas as devidas ressalvas, volto minha atenção para este ano de 2012, ano de eleições municipais. Como já comentei em um artigo recente, existe atualmente uma tensão bastante grande a respeito de modelos de cidades - de um lado a cidade de cima-para-baixo, submissa aos interesses empresariais do setor imobiliário, estimulando a prevalência dos espaços privados e controlados, nos quais vivem pessoas individualistas, consumistas e obedientes; do outro lado a cidade dinâmica, orgânica, desenvolvida em uma escala humana, habitada por uma população diversa, livre, dinâmica, criativa. Não preciso dizer qual dos dois modelos eu prefiro.leia mais >>

Jabá: livro com desconto!

E o Clube de Autores, site-editora-virtual onde lancei meu livro, está de novo em época de descontos. Só essa semana, a versão impressa do meu livro está custando pouco mais de 22 pilas. Quem comprar a partir de 11 cópias ao mesmo tempo (pra sua escola, amigxs, inimigxs) tem descontos. Vai lá, encomenda logo!

(naturalmente, pra quem não tem reais a compartilhar, o livro continua disponível para download e acesso em múltiplos formatos, aqui)

Bora pra burguerlândia

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Como já comentei aqui, fui convidado para participar do Isea, lá em terras estadunidenses. Vencidas algumas burocracias, já posso confirmar minha presença: recebi o visto de entrada naquele país e estou com minha passagem reservada - graças, devo dizer, ao edital de intercâmbio e difusão do Minc. Vou lá para aprender um monte, fazer contatos e contribuir com humildes causos de projetos, laboratórios e mapeamentos em diferentes contextos no Brasil.

Vai ser minha primeira incursão aos EUA, e devo voltar com algumas histórias para contar.

Como já comentei aqui, fui convidado para participar do Isea, lá em terras estadunidenses. Vencidas algumas burocracias, já posso confirmar minha presença: recebi o visto de entrada naquele país e estou com minha passagem reservada - graças, devo dizer, ao edital de intercâmbio e difusão do Minc. Vou lá para aprender um monte, fazer contatos e contribuir com humildes causos de projetos, laboratórios e mapeamentos em diferentes contextos no Brasil.Vai ser minha primeira incursão aos EUA, e devo voltar com algumas histórias para contar.

Coletivo Digital - Descarte e aproveitamento de lixo eletrônico

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Coletivo Digital promove debate sobre lixo eletrônico na sexta-feira 17 de agosto, às 19hs. Estarão presentes Rodolfo Avelino, diretor do Coletivo Digital; Vilmar Simion, educador social da Programando o Futuro; e Nabil Bonduki, professor de Planejamento Urbano da FAU-USP. Detalhes no flyer e informações abaixo.

Um importante processo na legislação ambiental está tramitando em nosso país: A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

A nova lei pretende extinguir com os lixões a céu aberto em âmbito nacional, até 2014, mantendo porém os aterros sanitários, onde destina-se 10% de resíduos sólidos não reaproveitáveis. A nova legislação cria propostas de compromisso e responsabilidade também ao setor privado, para que este, estruture um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

Grande parte do lixo eletrônico produzido no planeta tem como destino final países pobres da África, do Oriente Médio e da Ásia. Containers são despejados em praias ou terrenos a céu aberto nessas localidades. Sem controle internacional homens, mulheres e crianças, manuseiam os lixos descartados sem qualquer tipo de orientação ou equipamentos adequados.

Para esclarecer e relatar experiências sobre o descarte e reaproveitamento do lixo eletrônico e também, debater as questões da Política Nacional de Resíduos Sólidos, convidamos:leia mais >>

uu-aa em ação

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Oca Digital - mapas e zasf

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Em meados de julho, passei uma semana em Olivença imerso na Oca Digital, projeto da Associação Thydewá - responsável também por outros projetos como o Índios Online, o portal Risada e outros. Sebastian Gerlic, coordenador da Thydewá, foi generoso: fez um convite aberto, para que eu levasse para lá um pouco da reflexão sobre laboratórios experimentais, sem necessidade de fechar de antemão uma pauta detalhada. Me preparei para brincar um pouco com a ZASF e ver o que mais acontecia por lá.

A Oca Digital está rolando com três turmas simultâneas, de diferentes idades e níveis de intimidade com a tecnologia. Além delas, haveria também um grupo de parentes vindos de localidades diversas que estão trabalhando em um livro de memória. O cenário de tudo isso ainda contava com o contexto social no entorno.leia mais >>