Chegada em Genebra e começo da Lift

Chegamos a Genebra ontem, depois de um vôo noturno sobre o Atlântico e uma escala em Lisboa. Não dormi, mas também não tivemos mais percalços. A alfândega em Lisboa é bem tranquila, nenhuma incomodação.

A Suíça tem aquela imagem utópica da infraestrutura que funciona - chegando no aeroporto, pegamos um ticket grátis que nos dava oitenta minutos livres no transporte público. Depois do check-in no hotel que o evento reservou (cujo site parece de motel, mas é bem normal), ganhamos cartões que nos dão acesso livre a todo o transporte público durante todos os dias que estivermos na cidade. Os ônibus são limpos e chegam na hora exata.

Capotamos à tarde, tentando minimizar o jet-lag. À noite, saímos com o pedaço da família que estava em Londres e veio pra uma cidade aqui perto, passar o aniversário da minha companheira (que é hoje, e eu não tô lá com ela :P). Jantamos perto da cidade antiga, saímos para um rolê. Tá frio como um inverno paulistano, mas a galera daqui parece feliz com a primavera. Vi até pernas de fora na rua.

Demorei pra dormir, tava meio tremendo, meio tenso. Jet-lag puro.

Hoje vim a pé do hotel até o Centro Internacional de Convenções de Genebra, onde rola a Lift. É pertinho, e eu sempre gosto de caminhar pra conhecer os lugares. Sentir o frio na cara. Vim escutando Chico Science e pensando em como se mistura essa utopia de internacionalismo de Genebra - com a ONU e todas as instituições multilaterais - com o espírito babilônico de competitividade e hype consumista. Ontem à noite, a gente viu um amplificador valvulado para ipod. Lindamente desenhado, com as válvulas expostas, e custando 4300 francos (quase 6900 reais).  Mau sinal.

Cheguei no CICG, peguei minha credencial e os tickets pra almoço. O centro é gigante, e a conferência está ocupando vários espaços. A lift é grande - quase mil pessoas registradas. O almoço de hoje era um sanduíche razoável, mas com um pão tão duro que fiquei com dor no maxilar de mastigá-lo. Sentei numa cadeira virada de frente para o outro prédio, sede da OMPI. Vontade de implodir aquilo lá.

Ainda dei um rolê pelo resto das coisas. Tem uma mostra de arte com coisinhas eletrônicas da escola de arte e design - olhei por cima e não vi nada de novo, mas enfim - e também bastante coisa babilônica - startups, esses lances. Tem uma daquelas mesas com o surface, da Microsoft, cercado por gente de uma agência de publicidade. Muita coisa de iphone e uns ipads espalhados por aí.

A sala de conferências é muito bem estruturada. Wi-fi, mesas com cadeiras e fones pra quem precisa de tradução. Aquele ar internacional de ONU. O palco é grande. Já tô com algum pânico de falar em pé, com fone sem fio e tal. Mas vamo lá. Minha sessão é na sexta, a partir das 14h30.

Estou agora no meio da primeira sessão. Os dois primeiros palestrantes já inverteram um pouco a expectativa que eu já estava tendo, de babilônia pura. Mas depois eu comento sobre os paineis em geral.

PS:tuitando com a tag #liftconference.