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am der Spree

Mais uma vez em Berlim. Menos frio que eu esperava. Entranhado no coração de um mundo que me é estranho. Poses e imagem e parecer cool. Não sei, tenho outras coisas pra fazer. Vontade de deixar a coluna social pra trás e passar o dia inteiro andando por aí. Mas sempre tem uma ou outra pessoa interessante no meio, sempre uma vírgula que pode levar a alguma coisa. Às vezes, novas questões que surgem, e isso é um bom objetivo a buscar: perguntas diferentes, outras óticas, outros ângulos.

E nenhum sticker pro pretovelho. Cuja bateria não chegou, e eu fico lá procurando tomadas. Sem contar o wi-fi que é mais instável que os horários do 493 - Jardim Ypu que eu tomava há uma década.

Caraca. 2008. Um milhão de vezes desde a infância eu tentei imaginar como seria o ano em que eu faço 30. Muita informação pra processar a respeito. Certamente volto a comentar.

Online ou offline?

William Gibson recentemente na Rolling Stone:

Ubiquitous computing?

Totally ubiquitous computing. One of the things our grandchildren will find quaintest about us is that we distinguish the digital from the real, the virtual from the real. In the future, that will become literally impossible. The distinction between cyberspace and that which isn't cyberspace is going to be unimaginable. When I wrote Neuromancer in 1984, cyberspace already existed for some people, but they didn't spend all their time there. So cyberspace was there, and we were here. Now cyberspace is here for a lot of us, and there has become any state of relative nonconnectivity. There is where they don't have Wi-Fi.

In a world of superubiquitous computing, you're not gonna know when you're on or when you're off. You're always going to be on, in some sort of blended-reality state. You only think about it when something goes wrong and it goes off. And then it's a drag.

Um bando de desconhecidos em 2002:

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dispers... que que é aquilo ali na outra tab?

Nas segundas e terças-feiras, minha cúmplice está fazendo um curso em uma escola de quadrinhos. Eu geralmente a acompanho até lá e fico esperando a aula acabar em uma das deliciosas bibliotecas públicas municipais de Barcelona. Repeti essa rotina por algumas semanas. Levava comigo o pretovelho e sempre saía de lá tendo lido pelo menos um par dos PDFs que tenho tentado ler. Tem um clima legal lá, acho que tem uma faculdade por perto, as cadeiras são disputadas a tapa, sempre tudo cheio. E a seção de comics é delícia. Mas aí eu tentava e não conseguia o wi-fi. Fui ver e tinham cadastrado errado minha senha. Consertei. Resultado, consegui conectar e a velocidade é boa, mas... na última vez não li nenhum PDF. Não escrevi nada.

Quanto será que a rede me atrapalha?

Devaneio de domingo

Ontem a gente saiu pra dar um rolê no Fórum Social Catalão. Banquinhas e abaixo-assinados interessantes, alguns adesivos pra tampa do pretovelho (que essa semana recebe sua bateria nova e vira um computador portátil de verdade). Nas palestras, nada de muita novidade, não cheguei a assistir muita coisa, mas no geral deu pra sentir um pouco daquele clima do FSM. Peguei um documentário feito por um pessoal daqui, o Processo do Possível. Depois de assistir eu comento. Na cabeça, o tempo todo dialogando com o Mutirão da Gambiarra, que devo começar a agitar logo logo. Fiquei me perguntando o quanto a MetaReciclagem foi influenciada pela movimentação dos FSM. Que outro mundo? Outra coisa batendo na cabeça esses dias é o tema da mesa-redonda em Berlim, web 3.0 - conspirando pra manter a rede pública. Eu tenho relido um monte de loas e críticas ao hype de web2. A crítica poucas vezes se refere às mesmas coisas. Concordo em alguns pontos aqui e ali. Mas me preocupa um pouco os fundamentalismos. Qualquer pessoa que tenha se envolvido de verdade com projetos de transformação social ligados a tecnologia sabe que se não tiver um perfil no orkut e conta no messenger vai ser esquecido em dois segundos. Dá pra pensar nisso como um uso superficial da rede, voyeurismo de coluna social, entregar nossa capacidade de relacionamentos de bandeja pra servidores corporativos que no mínimo ajudam a mapear públicos-"alvo" pra publicidade online, e no limite entregam nossa privacidade pra agências e governos de maneira no mínimo suspeitas. Difícil pensar em um futuro interessante com isso. Será que a rede aberta, livre e com privacidade está definitivamente comprometida? Tô brincando de ficção com um desdobramento dessa idéia, mas meu ficcionador é bem mais lento que meu blogueiro.leia mais >>

É

Encontrei um novo amigo que não via há tempos, indicado por uma amiga em comum, e ainda sobrinho de outra grande amiga.

No mais, sem tempo de fazer tudo que eu queria fazer agora.

Nos jornais grátis que pego na rua: mão biônica, muçulmanos presos, queda das bolsas.

Web 3.0

Mandei uma descrição do que pretendo falar no transmediale. Very tosco, mas vqv. Depois eu mudo umas coisinhas.

Keeping the web public is not for all. The majority of people will be attracted
by low-friction voyeuristic crowdsourcing initiatives, but still there are those
who are interested in becoming autonomous actors of the internets. With the
goal of identifying those people with the potential to appropriate technology
in a deeper sense, and giving them the ability to learn and develop their ideas,
a series of projects and actions in Brazil have been adopting a de-constructive
approach and developing free and open technologies that have autonomy as
their main principle.

About me:

Felipe Fonseca is a brazilian independent researcher in the fields of technological
appropriation, free culture and multimedia production. He has been an advisor
for the brazilian Pontos de Cultura project, that has created hundreds of multimedia
centers based on free and open source technology. Felipe is a member of the
consulting board of DesCentro.org, of the international network Bricolabs.net
and one of the founders of MetaReciclagem.org in Brazil.

Atualizando: na real, como a apresentação é no último dia, é claro que eu vou mudar de idéia uma dezena de vezes sobre o que e como falar. Se for repetir o meu comportamento de sempre, só vou saber o que quero falar na madrugada anterior ao dia da apresentação, e vou dormir mal por causa disso. 

Próximos desplazos

No fim do mês vou a Berlin, participar do Transmediale. Stephen Kovats me chamou pra falar sobre "Web 3.0", criticando todo esse hype de web2. Também vão participar o mexicano Fran Ilich e outros que não conheço. A cidade promete estar gelada. Fico cinco dias. Duas semanas depois, vou a Madrid a convite do Daniel Gonzales pra falar no MediaLab Prado.

Putz

Tinha ficado uns vinte minutos escrevendo um balanço de começo de ano. Chutei o cabo de força. Talvez escreva de novo mais tarde. Pra resumir: continuo com dívidas, com algumas boas promessas pro ano mas nenhuma confirmação sobre os projetos-xodó. Acredito ainda menos em trabalho (krisis). Mais depois.

Mexendo aqui

Vou mexer na cara desse agregador. Esperem instabilidades.

(é, marrom. desculpem. ainda vou mexer mais, por enquanto já
fiquei feliz com a reorganização das colunas). 

troquei o marrom do chameleon pelo silêncio do foundation. ainda mexo mais.

Respondendo

Sergio Rosa me mandou algumas perguntas pra um artigo que está escrevendo pro Overmundo. Publico abaixo minhas respostas porque tem algumas coisas que só entendi quando respondia pra ele.

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