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Mais gauchismo

E uns dias depois de escrever um pouco sobre o gauchismo, acabei caindo nesse manifesto contra o tradicionalismo sul-riograndense, no blog do Pilger. Algumas coisas ali fazem muito sentido.
1.. Somos contra o Movimento Tradicionalista Gaúcho, especialmente porque, em sua cruzada unificadora, construiu uma idéia vitoriosa de “rio-grandense autêntico”, pilchado e tradicionalista, criando uma espécie de discriminação, como se a maioria da população tivesse uma cidadania de segunda ordem, como “estrangeira” no “estado templário” produzido fantasiosamente pela ideologia tradicionalista.

2.. Somos contra o Movimento Tradicionalista Gaúcho, por identificá-lo como um movimento ideológico-cultural, com uma visão conservadora e ilusória sobre o Rio Grande, cujo sucesso se deve, em especial, à manipulação e ressignificação de patrimônios genuínos do povo, pertencentes aos seus hábitos e costumes.

3.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele não é a Tradição, mas se arrogou de seu representante e a transformou em elemento de sua construção simbólica, distorcendo-a, manipulando-a, inserindo-a em uma rede gauchesca aculturadora, sem respeito às tradições genuinamente representativas das diversidades dos grupos sociais.

4.. Somos contra o Tradicionalismo, porque ele não é Folclore, mas o caducou dentro de invernadas artísticas e retirou dele seus aspectos dinâmicos e pedagógicos; o seu apresilhamento ao espírito e ao sentido do pilchamento do estado está destruindo o Folclore do Rio Grande do Sul.leia mais >>

Sampa

Do penúltimo post do blog de Mino Carta.leia mais >>

Movendo

Começando a mexer um bonde: pensar em itinerâncias como eco reverso das residências do mundinho artístico. Escrevi há uns dias:
.... tava aqui remoendo umas idéias... que eu não venho do mundo da arte, então posso estar enganado. A idéia de "residência" me pegou desprevenido lá por 2004. Eu nem sabia direito do que se tratava. E fico me perguntando até que ponto não é uma idéia de movimentação bastante presa a um certo tipo de mundo... realidade estável aqui, realidade estável ali, e aí tira 1 artista aqui e leva ali pra outra realidade pra elx criar e desenvolver suas coisas sob outra perspectiva. Nesse sentido, o movimento é importante. Uma coisa de deslocar, de promover uma quebra de continuidade. Fui procurar algum histórico do termo, e tem coisa por aí...

http://en.wikipedia.org/wiki/Artist_in_residence

Mas aí pensando na nossa realidade, Brasil, essas coisas. Eu sou de Porto Alegre, morei em sampa e agora tô fora. Meu pai cresceu em Sant'ana do Livramento, o pai dele veio de Rosário do Sul, o meu bisavô veio de portugal. Minha mãe é de Venâncio Aires, minha avó é de algum lugar entre cidades no interior do Rio Grande do Sul.

Tudo isso pra dizer que eu não me sinto muito "estável" ou "continuado". E que a onda de residência como mero deslocamento de base não me traria muita coisa nova. Pode que eu esteja enganado, por isso até queria perguntar se essa impressão de que no Brasil existe uma maior mobilidade é fruto de uma amostragem muito pequena.
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Gauchismo

Nessas últimas semanas um monte de gente me faz lembrar do Rio Grande do Sul. Por exemplo:

* Um trecho de e-mail da lelex pra uma lista na semana passada:
tem um folclore no fsm que as edições realizadas em poa sempre atingiram seus objetivos por ser o Rio Grande do Sul um estado brasileiro onde o mundo se encontra, vive, produz, enfim, coisas do imaginário social mundial, mas de certa forma impressiona, quem já foi a suiça qdo chega em gramado tem a sensação de estar nos alpes, não só pela paisagem como pela gastronomia, clima, hábitos, costumes, assim como tbém na serra pode-se sentir na italia, ou alemanha, enfim... em nossas fronteiras estão os povos árabes, descendentes do mesmo povo que está sendo reprimido e expulso de suas terras na faixa de gaza... por aí já dá prá perceber que o povo gaucho vive da diversidade... nada de bairrismo, constatação... mas, como disse Oiticica "no brasil há fios soltos de possibilidades: por que não explorá-los?"
* Uma tuitagem seguida de post do Luli.
* A mudança do Eduf pra Três Coroas.
* Um post do Idelber.
* A volta à blogagem do Cardoso.
* Há um pouco mais de tempo, o Estraviz foi pra tal conferência mundial de cidades em Porto Alegre e voltou elogiando os textos do Augusto de Franco.
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Atualizando...

Vou atualizar o drupal aqui no efeefe. Instabilidade a vista.

Atualizado. Mas por enquanto desabilitei o tema anterior, que tava feio mesmo, e deixei o marvin. Instalei um Zen e dei uma mexidona nele. Bonito não ficou, mas tá mais divertido. Com gosto de carne (pensando bem, tá parecido com a primeira fase do fff - pura limitação estética mesmo). Dei uma polida na área de projetos, mas ainda falta bastante coisa. Outra coisa é que encontrei num becape as fontes que fiz em 99, e usei ali uma delas ali no cabeçalho. Vou ver se empacoto as fontes e publico no estudiolbre.

Tema...

Putz, o foundation customizado que eu tava usando aqui no efeefe tava com um monte de problemas. Por enquanto reativei uma versão antiga do zen, com essas cores feias que se vê aqui em volta. Assim que tiver tempo e disposição, volto a mexer.

ambiente social, de projetos, esporos e inventário pra MetaReciclagem

Mandei pra lista
Metarecs

Na lenta e paciente pesquisa que vai começando a estruturar o Mutirão da Gambiarra, comecei a pensar em como integrá-lo com o site geral da MetaReciclagem. Acho que mandei aqui o link pro post onde eu proponho uma solução pra isso:

http://mutirao.metareciclagem.org/?q=node/16

"fazer o site principal da MetaReciclagem ser uma coisa mais voltada pra rede: talvez um sisteminha mais simples, preocupado mais com perfis de usuárixs, grupos (comunidades?) e projetos. Talvez uma rede social misturada com idéias de projetos. Talvez o tal do banco online de doações, auto-gerenciado."

Em um post no blog do mutirão depois disso, voltei ao assunto:

http://mutirao.metareciclagem.org/?q=node/22

"Fiquei pirando um pouco no fato de que a falta dessa separação entre comentário e ação pode ter dificultado tanto a documentação quanto a articulação de ações. Aliás, esse outro site, estruturado, social e focado em esporos, projetos, pessoas e inventários, é um capítulo à parte."

E aí hoje comecei a escavar blogs e sites da MetaReciclagem, ainda de leve, sem muita pressa. Mas acabou que caí no site raiz da MetaReciclagem. Alguém aí já viu que todos os últimos comentários têm a ver com doações?

http://metareciclagem.org/drupal/

E hoje à tarde recebi um email perguntando se a gente tinha algum espaço pra organizar doações e tal. Não temos. Um monte de gente manda e-mail particular pra mim ou outrxs porque chegam no site e querem doar, mas não sabem como fazer.

Então, no "capítulo à parte", sobre o site principal da MetaReciclagem, quero começar a juntar idéias sobre o que podemos fazer.
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Demo?

Acompanhei de maneira solta as eleições espanholas. Dei mais atenção a um fato específico: o presidente é na verdade um cabeça de chapa, que é eleito para o Congresso e depois escolhido para 'presidir o governo'. Quando cheguei por aqui já tinha ficado curioso com o fato que os jornais usam a expressão 'presidente do governo' e não 'presidente do país'. Claro, tem a ver com a monarquia, mas ainda acho mais leve pensar que o presidente exerce a função de presidir o governo, não o país. Me parece menos autoritário. E aí tô lendo uma história em quadrinhos que é uma biografia satírica, obviamente não-autorizada, do Sarkozy, presidente francês. E sim, o sistema é viciado, ainda permite que alguns espertinhos que entenderam o poder da mídia distorçam a maneira como as coisas funcionam, mas de qualquer forma me deixa curioso toda a composição distrital e a necessidade de diálogo que existe mesmo pros mais sacanas chegarem ao poder - é possível, mas exige muito esforço. Também li um pouco ultimamente sobre o funcionamento dos parlamentos britânico e holandês, e lembro do que já li sobre a mania desses últimos em debater, debater, debater. Enfim, a velha curiosidade e navegação descompromissada na web.

E aí olho pro Brasil começando ano eleitoral de novo, e me pergunto sobre os papéis do jogo político, e como o nosso sistema representativo é viciado em autoritarismo e numa super-simplificação de papéis: a imagem comum é que existem os legislativos, que passam o tempo inventando maneira de beneficiar suas amizades com dinheiro e privilégios; o judiciário, que passa o tempo procurando manter seus próprios privilégios, e o executivo, que é quem manda. E manda não só no governo, mas no território: o prefeito da cidade, o governador do estado, o presidente do país.leia mais >>

De quem é a culpa do trânsito?

O apocalipse motorizado levanta mais uma vez a questão do trânsito de São Paulo, uma cidade feita não para seres humanos, mas seres de lata. E eu penso nas cidades européias com suas calçadas largas, ciclovias e transporte público eficiente, e me dá uma preguiça que é quase um pânico de voltar pra sampa.