desvio

Outros caminhos

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A idade contemporânea sacralizou o planejamento de produtos. Tornou o design uma via de mão única, quase divina: a indústria desenha, enquanto os "consumidores" assumem o papel de receptores semipassivos - compram, usam, descartam e compram mais. Nesse mundo, quanto menos usos um produto tem, melhor. As coisas são feitas para um fim, e só para ele. Para outras utilidades, que se comprem outros produtos. O saber popular da gambiarra é combatido, desvalorizado como ação de gente que vive na precariedade, sem acesso a recursos materiais. A consequência direta disso é que cada vez mais as pessoas aprendem que problemas só podem ser resolvidos com consumo, e perdem o acesso à inovação cotidiana. Além disso, a definição das características dos produtos, objetos e ferramentas recai totalmente sobre o lado mais forte, que também decide sozinho sobre outros aspectos como durabilidade e obsolescência, contando com o braço armado da imprensa especializada (um fenômeno bastante visível no mercado de eletrônicos, mas também com automóveis, eletrodomésticos e outros).leia mais >>

Obsolescência

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No editorial do M/C Journal dedicado à Obsolescência:

É possível afirmar que a fetichização perene da "juventude", da subcultura e do novo nos estudos de cultura e mídia foi intensificada pela mudança para o foco em tecnologias de novas mídias. Talvez isso tenha acontecido às custas de um foco no antigo, no ordinário, e no que aconteceu anteontem. (Driscoll e Gregg). Um foco na obsolescência nos permite estimar os custos completos de nosso impulso perene à novidade. Nos permite analisar a série de reavaliações que as tecnologias tipicamente sofrem à medida que elas passam de novidade a entulho, a coletável. Nos ajuda a pensar sobre as relações entre o uso da tecnologia e a posição social de quem a usa.
Jason Anthony Wilson, Jason Jacobs

Logo, gambi

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metafloppybot
Os tempos estão mudando, como sempre. A tal crise financeira pode ter servido no mínimo pra criticar os apóstolos da fórmula crescimento-produção-consumo-descarte, questionar o vício no upgrade. Até vozes na grande mídia estão aceitando que talvez os videiros tivessem razão. Que em vez de uma indústria fabricando cada vez mais produtos que duram menos, talvez seja a hora de as pessoas criarem produtos elas mesmas.
Naturalmente, todos esses indícios são limitados. É razoável tentar inferir uma visão geral: finalmente, o século XX está acabando. Já não era sem tempo. Mas ainda existem muitas estruturas a desconstruir. Lá no mundo que se define como "desenvolvido" (e muita gente discorda), exageraram na especialização e todos viraram reféns da restrição do conhecimento. Um amigo que vive em Londres conta que se quiser consertar sozinho um interruptor quebrado, o senhorio pode processá-lo. Em nome do caminho do progresso, retirou-se de uma população inteira a liberdade da inovação cotidiana, e tudo virou consumo. Compre pronto, use por pouco tempo e jogue fora. Produza lixo, e não se preocupe com onde ele vai parar. Não crie nada, deixe isso para os especialistas.leia mais >>

Gênese solar

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Ontem, de passagem pelo MIS e tomando a notícia de que levaria o cano em uma reunião, acabamos conhecendo Rejane Cantoni e Leonardo Crescenti, terminando de montar sua instalação Solar, que abriria em algumas horas. Alguns imprevistos tinham acontecido, mas Rejane nos mostrou todo o mecanismo: um módulo no chão permite controlar o mapa projetado em 180 graus, e dois dials deixam escolher o mês e a hora. A partir daí, uma lâmpada simula a posição do sol. Tem ainda outra interface de controle, por reconhecimento de voz. Segundo Rejane, a parte do sol ainda vai demorar alguns dias pra funcionar direito.
Mais do que a obra pronta, gostei bastante de poder ver o processo, a obra sendo montada, com suas partes constituintes desveladas. Devo voltar lá em alguns dias pra ver o sol funcionando...

Acampamento de inverno

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Capa do RelatórioEm março deste ano o Institute of Network Cultures realizou o Wintercamp, em Amsterdam. O evento, baseado no referencial de "redes organizadas" de Ned Rossiter e Geert Lovink, tinha por objetivo reunir 12 redes colaborativas de diferentes partes do mundo, oferecer espaço para elas trabalharem por alguns dias e criar alguns cruzamentos entre elas.
Eu fui convidado por ser um dos fundadores da rede Bricolabs. Os dias lá foram bastante produtivos, não só dentro do espaço da bricolabs (cujos integrantes estavam também espalhados entre as outras redes). Relatei minha participação no meu blog.
A wintercamp gerou uma boa quantidade de documentação online, como era de se esperar. O chamado metagroup realizou uma série de entrevistas com integrantes das diferentes redes (disponíveis aqui, recomendo bastante). Um dos pontos altos da participação dos Bricolabs foi a apresentação final, que de forma meio caótica propunha uma crítica ao formato do evento, que por mais que tenha dado espaço a redes distribuídas manteve uma estrutura de cima para baixo nas apresentações. A base da apresentação foi a pergunta "where is our leader"? De fato, Rob van Kranenburg, que havia liderado as sessões, tinha ido embora no penúltimo dia.leia mais >>

Mapeamento de Novas Mídias e Cultura Digital no Brasil

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mapeamentoEntre o fim de 2008 e o começo desse ano, colaborei com um estudo desenvolvido por Bronac Ferran sobre novas mídias e cultura digital no Brasil, a pedido do Ministério da Cultura da Holanda. O documento foi lançado por lá há três meses, e amanhã (terça-feira 16/06) será o lançamento em São Paulo. Infelizmente, não estarei presente, mas vai aqui o link para o estudo em inglês, publicado pela Virtueel Platform. Estou trabalhando numa versão em português, que deve ficar pronta em julho. Pra quem tem pressa, vou publicando as versões parciais (e sem revisão!) aqui.

Tanda

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Tanda foundationGeraldine Juarez, que eu conheci ano passado durante o Futuresonic, não está mais em Nova Iorque mas continua envolvida com projetos bem interessantes.
Um deles é a tanda foundation, uma rede de financiamento para projetos artísticos e experimentais baseada em uma ferramenta online, onde as pessoas podem enviar pedidos de bolsas projetos para os quais pedem apoio (em "cash" ou "fame").  Idealmente todxs doam, todxs enviam projetos, e votam 1s nos projetos de outrxs. Cada pedido de bolsa vale por três meses, e todo mês é dada uma bolsa em cash e em fama. Ela conta que o sistema está lento, mas está lá. Mais do que um modelo definitivo, a tanda parece uma boa referência ao propor uma maneira participativa e colaborativa para gestão de recursos. Mistura uma lógica de leilão (oferta vs. lances) com a idéia de decisão coletiva e distribuição de pontos limitados de karma que organiza sites como o slashdot. Eles também adotam a postura de ser uma organização "ilegal" sem fins lucrativos no sentido de que decidem não incorporar a rede em uma instituição legal, o que tem um pouco a ver com a maneira como a MetaReciclagem evoluiu e se manteve,
O rodapé do site incentiva a criação de projetos inspirados na idéia da tanda. Vou perguntar para ela se o sistema também é replicável.

Desvio

Meu blog no Desvio, núcleo experimental do Weblab. Agregando o feed por aqui também.

Desviantes: Heraclitus RV

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No fim do ano passado, Bronac Ferran me apresentou por email a Kathelin Gray, e desde então vínhamos conversando sobre o Heraclitus RV. O Heraclitus é um navio de pesquisa construído em 1975 que até hoje navega pelo mundo desenvolvendo diversas formas de pesquisa e se envolvendo com diferentes projetos. Durante o verão passado, o navio saiu da África do Sul e cruzou o Atlântico para atracar em Parati.
Em um dia ensolarado de maio, saímos de Ubatuba em direção ao Rio para visitar o Heraclitus. Era a última semana antes que ele partisse para o nordeste brasileiro, e Kathelin estaria por lá.
O Heraclitus atracado
Chegamos no Yachtclub e ficamos esperando alguns instantes até aparecer o bote que nos levaria ao Heraclitus. Subimos no barco, e nossas anfiritriãs não estavam - tinham saído para acessar a internet. Estavam por lá Edie, o imediato que vem das Ilhas Salomão, o brasileiro Gilson, do projeto Matutu, e Debra Berger, ceramista que vive entre a Califórnia e a Espanha. Logo vieram Kathelin e a chefe de expedição, Christine Handte. O capitão Claus estava no Rio comprando as cartas para a próxima etapa de navegação.
Edie, o imediatoleia mais >>

Piquenique do hype

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Foram anunciados hoje os temas para a versão de 2009 do Picnic Networks, evento em Amsterdam que se propõe a "reunir e disseminar as idéias e o conhecimento dos melhores criadores e inovadores do mundo, através de uma conferência de alto nível". O picnic reúne gente interessante, mas cai na armadilha do hype das indústrias criativas: muita pose, megaestrutura, pouca conversa efetiva entre os diferentes sub-eventos. E preços exorbitantes. Tive a oportunidade de participar de um evento dentro da edição de 2007, o (un)common ground, e foi exatamente isso: tive a oportunidade de conhecer muita gente interessante, entre eles alguns integrantes da rede bricolabs. Eu não pagaria os absurdos 595 euros para participar, mas também não reclamaria de estar por lá para encontrar as pessoas ;)

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