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Social futures

A sessão de abertura da conferência de Tecnologia Social do Futuresonic foi certamente uma das mais interessantes. Eram 6 pessoas distribuídas em dois sofás no palco: Matt Jones, James Wallbank, Shannon Spanhake, Ravikant, Gerd Leonhard, Chris Heathcote. Cada 1 falava por alguns minutos, e depois eu e mais 2 painelistas - Beryl Graham e Andrew Woolard - fazíamos perguntas ou tecíamos comentários. A sessão foi apresentada pelo diretor da conferência Drew Hemment, e pautada por questões levantadas por Matt Locke e Aleks Krotoski. Além dessa dúzia de pessoas, olhe só, ainda tinha gente na platéia que ao final podia pegar os microfones e continuar o debate.
Abaixo as anotações do meu caderno. Desculpem os equívocos e incompletudes.
Matt Jones / Dopplr
Friending can be harmful.
Autistic language.
Language of relationships is limited - we ought to think in terms of transactions.
Can we kill friending?

Dos comentários: projecto familiar strangers, que coleta ids de bluetooth e analisa padrões. "My frienemies".
Eu comentei alguma coisa na linha "claro que friending é overstated, mas nem tudo é transação. friending é identidade, e pode trazer benefícios a um monte de gente". Ou algo assim.

James Wallbank
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Geraldine Juarez - Freewear

Durante o Futuresonic, tive a oportunidade de conhecer Geraldine Juarez. Ela estava lá para apresentar o projeto Freewear, com o qual ela levanta um monte de questões importantes sobre excesso, consumo e estilo de vida. Uma das idéias é aproveitar redes como o Freecycle para pedir doações de material que pode ser re-interpretado. Há alguns anos eu tive algumas conversas com o Adilsão sobre fazer algo parecido no Agente Cidadão, mas nunca foi pra frente, infelizmente.
Geraldine é uma designer auto-didata da Cidade do México, que agora vive em Nova Iorque. Uma das coisas mais legais que ela fez foi usar envelopes que são distribuídos gratuitamente em agências de correio como matéria-prima para roupas, colchonetes, sacos de dormir e outras coisas.
Um elemento que percebi recorrente no discurso de Geraldine é o questionamento do excesso, e o interesse em incentivar uma cultura jovem urbana que adote esse anti-estilo de vida. Ela comentou algo sobre criar uma espécie de kit de sobrevivência urbana, com utensílios - talheres, pratos, copos - que podem ser usados por uma vida inteira. Uma daquelas tardes, topei ali no hall do Contact Theatre com adesivos "Edible Excess" / Forays.org, que pelo que entendi é outra ação com a qual a Geraldine está envolvida.

Voltando do futuresonic

Voltei a Barcelona domingo à noite, depois de quatro longos dias em Manchester. Fui para lá participar do Futuresonic, principalmente os dois dias de Social Technologies Summit. Saí bastante satisfeito da conferência: um monte de gente interessante, conversas boas, idéias para futuros. Também tive a impressão de que, comparando com outros eventos do tipo, as pessoas estavam interessadas em dialogar, não se limitando a fazer suas apresentações e ir embora. Mais do que isso, achei as apresentações um pouco mais aprofundadas - mas isso pode ser porque eu fui praticamente obrigado a prestar atenção em toda a sessão de abertura, o que geralmente não faço ;) Também digno de nota é o fato de que o ambiente colaborativo criado pra acompanhar o Futuresonic foi efetivamente usado: antes de chegar em Manchester eu já tinha uma lista de amigos e algumas pessoas pedindo para encontrar ou enviando mensagens. Ano passado no Picnic, em Amsterdam, tentaram fazer algo parecido, mas eu não senti tanta apropriação (no bom sentido).
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How collective is your revolution?

From an e-mail I wrote discussing the theme of the debate in Futuresonic late this week:
"One question that we have been coming across is that in Brasil social networks are everywhere: everyone is a crossroads of layers and layers of networks. That has good and bad consequences, in the sense that there are always opportunities (and possible social mobility), but also an uncertainty (informality leading to very flexible application of laws, networked crime, etc). So, when it comes to technology, and using technology to support social change, how do we deal with that, how can we influence the appropriation of technology with the 'good' side of networking, while assuring it won't become just another source of distributed violence."