Cá estou naquele período anual semi-afastado do mundo cotidiano. Não tanto quanto das outras vezes, porque também aqui na roça às margens da mata atlântica as coisas mudam. Há dez anos vieram os relógios, depois as TVs (que felizmente hoje andam mais silenciosas). Depois os smartphones com cache que eram levados à cidade para sincronizar. E desde o começo de 2014, sim, o wifi está na área. Lento, instável, mas suficiente para me permitir publicar este texto (será que vai cair a conexão quando eu apertar "publicar"?).
Decidi, entretanto, que tentaria manter este período mais voltado a dinâmicas outras. Estou, naturalmente, avançando para reduzir minha pilha de coisas para ler (tanto os livros de papel quanto a interminável lista de links guardados no pocket ou a imensurável pasta com PDFs). Ler, andar, escutar e fazer música, brincar com crianças e adultes, olhar nos olhos, ceder espaço para outres, ocupar espaço de outres. Ver crescer e mexer a barriga que carrega mais um dos nossos. Acender fogueiras, velas, ideias.
Única regra para meu uso pessoal da internet nestes dias: facebook, só quando estiver no centro na cidade. Quando muito. As coisas vão continuar automáticas indo daqui pra lá, mas não quero ver aquela página azul aqui no refúgio.
Escreveria mais sobre isso e outras coisas. Escreverei. Mas agora tô indo ali que tem vida me esperando.