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Lixo Zero - Changemakers

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Lixo ZeroSaiu hoje a notícia de que o projeto Lixo Zero, criado pelos Curadores da Terra, foi premiado na categoria Moradia Sustentável da competição Changemakers. O projeto trata da transformação de diferentes tipos de resíduo sólido em material de construção, com o uso de resinas naturais.
Parabéns a eles, e espero que aqueles planos de fazer um piloto do projeto em Ubatuba estejam andando bem.

Cidades digitais, a gramática do controle e os protocolos livres

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Minha busca por alternativas locais, sustentáveis e justas para o desenvolvimento de inovação e tecnologias livres aponta cada vez mais para a necessidade de maior articulação entre duas classes de estruturas informacionais que se sobrepõem: a cidade e as redes digitais. Eu escrevi aqui no ano passado sobre a perspectiva de cidade como sistema operacional. Essa aproximação não é inédita. Na mesma fronteira mas talvez em sentido inverso, o artigo Reading the Digital City, publicado no Next Layer por Clemens Apprich, analisa justamente a influência que a ideia de cidade exerceu nos primeiros anos de popularização da internet, e como essa influência foi usada para estabelecer relações de controle e poder:

"Não é por acidente que a cidade tenha sido escolhida como uma das mais significativas metáforas para os primeiros dias da internet. A cidade tem (como o Ciberespaço) uma origem militar e é definida (pelo menos simbolicamente) por muros cujos portões constituem a interface para o resto do mundo. (...) A interface determina como o usuário concebe o próprio computador e o mundo acessível a partir dele."

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Bi Ciclos

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Arte.mov levou recentemente a São Paulo Andrés Burbano e seu projeto Bi Ciclos (Two Cycles),que foi demonstrado nas ruas da cidade e no SESC Pinheiros.
Bi Ciclos
Do blog do Arte.mov: Andres Burbano (COL/EUA) – Sistema para performances compreendendo duas bicicletas em movimento. Desenvolvida na Suíça, a performance foi pensada como um “show nômade eletrônico”. Cada bicicleta tem um pequeno laptop interligado através de uma rede sem-fio móvel e permite compartilhar dados em rede e traduzidos em sons, em tempo real.
Vale a pena também dar uma olhada nos outros projetos de Burbano.

Cidade expandida

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Juan Freire está escrevendo uma série de artigos sobre a ideia de "cidade expandida". Ele levanta algumas questões críticas sobre a própria ideia de urbanismo (normalmente associada a arquiteturas de controle da sociedade) e se pergunta como a cidade expandida se relaciona com a cultura pós-digital, articulada com a perspectiva da ecologia de redes. Ele sugere o formato de rua open source (em oposição à rua fechada), que requer infraestruturas (e infoestruturas), protocolos e participação específicos.
Já foram quatro de cinco posts:

Territorio = geología x infraestructuras x política La evolución de las ciudades: arquitectura y control Ciudad expandida: Modelos urbanos en el paradigma de las ecologías en red Cultura postdigital y ciudad expandida

Estou esperando aqui pelo último post, e acho que tem alguma relação com a reflexão que eu propus no post MetaReciclando as cidades digitais.

MetaReciclando as cidades digitais

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Participei recentemente de um seminário sobre Cidades Digitais, organizado pela Unesp de Araraquara e realizado no SESC daquela cidade. Foi uma boa oportunidade para aprofundar algumas reflexões que já andei esboçando nos últimos tempos. Minha apresentação transformou-se no texto abaixo. A primeira parte não tem muita novidade, mas pode ser interessante pra quem está conhecendo a MetaReciclagem agora. Os slides da apresentação estão disponíveis no scribd.
Esse post faz parte da blogagem coletiva de inverno do Mutgamb, inspirado por Pozimi.

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Cidades post-it

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Fiquei sabendo que o projeto Post-it Cities (cuja exposição eu visitei em Barcelona) realiza um seminário em sampa semana que vem. Vou ver se apareço ou acompanho o stream (mas não sei se ele roda em software livre).

Redes

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Nos últimos dias tenho folheado de maneira descompromissada algumas publicações que recebi recentemente da Holanda: Organized Networks, de Ned Rossiter; From Weak Ties to Organised Networks, publicação pós-Wintercamp (que já comentei por cima aqui); e a caixa e-culture, uma caixa com um DVD, um folheto e três livros. Não foi de propósito, mas isso me pegou no meio do planejamento e primeiras conversas relacionadas à aplicação dos recursos do Prêmio de Mídia Livre que a MetaReciclagem levou, e acabei estendendo alguns insights a essa busca mais prática.
Enquanto busca de identidade de rede, a MetaReciclagem já passou por um monte de fases. Desde o começo como um subgrupo do projeto metáfora, passando pela dissolução influenciando grandes projetos de governo, até a fase atual em que muitas vezes parece que a potência de articulação e colaboração se esgotou, até que aparece vida em um canto esquecido, até que alguém volta a se movimentar naquele espaço simbólico depois de alguns anos em silêncio, até que os olhares e afinidades se reencontram em novas buscas. Acho que em todas essas fases, a única constante é a incerteza sobre o que vem a seguir. Daí que quando eu pego alguns desses estudos de matriz europeia, chega a me incomodar a sensação de que estão tentando enquadrar uma classe de fenômeno que não se presta muito a classificações e determinações.leia mais >>

Fôlegos

Fui no fim de semana a Porto Alegre para uma festa de família. A volta pra São Paulo é sempre um choque, e dessa vez, jogado no banco de trás do carro de uma amiga que foi gentil de nos buscar, fiquei pensando que uma das principais características de sampa é o anonimato. E ele tem consequências boas e ruins: de um lado a sensação de insegurança total em qualquer lugar além da própria rua (e também nela) e uma ignorância inevitável a respeito dos mais de 80% da cidade que qualquer pessoa deixa de conhecer. Por outro lado, a sensação de liberdade, de possibilidade de reiniciar a vida, de oportunidades escorrendo pelos bueiros malcheirosos, de que sempre é possível conhecer uma nova pessoa interessante na padaria da esquina.

São Paulo me cansa. Faz mal mesmo. Uma semana em sampa e já preciso de férias. Mas eu sempre volto. Nas palavras de VS, é "uma porra de um ímã". Difícil deixar de orbitar em torno dela, e essa relação chega a ser um pouco doentia, viciante. Mas a gente segue. São Paulo também é uma cidade muito interessante, cheia de história recente amontoada em camadas, transformações mais rápidas do que as pessoas podem acompanhar, ciclos de expansão e decadência acontecendo simultaneamente, às vezes à distância de uma caminhada curta. Novos horizontes de desenvolvimento, antigas promessas abandonadas (e depois retomadas, e então abandonadas mais uma vez). A pujança e a precariedade, o potencial e a desconfiança. Terra de crenças, loucuras, individualismo compartilhado, ignorâncias mútuas, muito medo e muita boa vontade.

E a gente segue. Nem moro mais, mas não abandono. Não vejo outra maneira.

Pela libertação

Ecoando aqui o manifesto publicado no GVP pela libertação da Caroline Pivetta da Mota.

Desurbanizando

Um assunto que reapareceu no meu relato do mobilefest é uma questão aberta sobre como as tecnologias da informação podem reformular o que a gente entende por vida urbana. Tomando como exemplo minha própria vida, acho que a facilidade de conexão dá espaço para uma desurbanização (ou quase, a ida para uma cidade menor como Ubatuba para viver em um espaço mais amplo e com mais gente do que sampa permitiria, e todas as conseqüencias no cotidiano e nas relações sociais). E acho que dá pra ver alguma similaridade com outras coisas:

  • A Casa Maluca de Tati em Pipa;
  • A obra da casa 100linhas do Alê no Bonete;
  • A Casa da Alegria de Tininha e Balbino em Arembepe;
  • Um pouco da busca do eduf em Três Coroas (uma busca que me parece mais interna do que de ambiente, mas acaba esbarrando em assuntos parecidos);
  • A pesquisa eterna das terraslivres (tag inspirada by dpadua).

Sensação de uma possível conexão, ainda que solta, e com uma diversidade em potencial maior do que em outras redes.