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Redes

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Nos últimos dias tenho folheado de maneira descompromissada algumas publicações que recebi recentemente da Holanda: Organized Networks, de Ned Rossiter; From Weak Ties to Organised Networks, publicação pós-Wintercamp (que já comentei por cima aqui); e a caixa e-culture, uma caixa com um DVD, um folheto e três livros. Não foi de propósito, mas isso me pegou no meio do planejamento e primeiras conversas relacionadas à aplicação dos recursos do Prêmio de Mídia Livre que a MetaReciclagem levou, e acabei estendendo alguns insights a essa busca mais prática.
Enquanto busca de identidade de rede, a MetaReciclagem já passou por um monte de fases. Desde o começo como um subgrupo do projeto metáfora, passando pela dissolução influenciando grandes projetos de governo, até a fase atual em que muitas vezes parece que a potência de articulação e colaboração se esgotou, até que aparece vida em um canto esquecido, até que alguém volta a se movimentar naquele espaço simbólico depois de alguns anos em silêncio, até que os olhares e afinidades se reencontram em novas buscas. Acho que em todas essas fases, a única constante é a incerteza sobre o que vem a seguir. Daí que quando eu pego alguns desses estudos de matriz europeia, chega a me incomodar a sensação de que estão tentando enquadrar uma classe de fenômeno que não se presta muito a classificações e determinações.leia mais >>

pesquisando

Continuando a pesquisar possíveis relações entre tecnologia e magia. Um dia desses publicaram um comentário lá num post meu no metapub. Meio viagem, mas me fez pensar mais nas sociedades que promoviam(promovem) intercâmbio de conhecimentos chamados mágicos. Fiquei sabendo que Barcelona tem um monte de pistas maçônicas, e outras tantas de outros tantos. E um dia desses minha cúmplice de vida me fez lembrar do Mago do tarô. Conta a wikipedia:

O Mago, o primeiro arcano maior do tarô, é uma carta que representa um adolescente, que tem um longo caminho a percorrer. Normalmente, tem sobre a sua cabeça o símbolo do infinito, dadas as inúmeras possibilidades e oportunidades que tem à sua frente. Esta carta tem o número I e a letra hebraica ALEPH.

Prometo que um dia desses sai algum rascunho dos contos tecnomágicos por aqui. Meu cadernim tá lotado de anotações. A história tá crescendo... Tô lendo o Ficciones do Borges, pela primeira vez em Castellano e relendo alguns quadrinhos (me aguardam pra logo os Livros da Magia do Neil Gaiman).

Paulo Freire & a Educação

Algumas anotações

p. 23

"... a base da proposta antropológica freireana é o diálogo. É na palavra pronunciada, que revela o mundo, que os homens se constróem ao fazerem e refazerem o próprio mundo (Fiori, apud Freire, 1993). O diálogo é, então, esse encontro dos homens, mediatizados pelo mundo [e], conseqüentemente, a cada ser humano impõe-se o desafio do aprender a dizer a sua palavra, como exigência fundamental de sua humanização. É por meio dessa pronúncia singular que nós nos tornamos sujeitos históricos capazes de construir intersubjetivamente uma sociedade em comunhão de objetivos e vivências"

p. 41

"A superação das estruturas culturais antidialógicas (que reproduzem a dominação da elite sobre o povo) deve ser o caminho estratégico dos orpimidos na construção de uma nova sociedade. Tais estruturas não se demovem apenas com a 'conquista do poder', mas sua superação requer a reinvenção da política a partir de uma visão de mundo coerente (dialógica e crítica) como base para a recriação sociocultural."

p. 51

"Para Freire a educação nunca poderá ser neutra politicamente. Todo e qualquer projeto pedagógico, ou proposta de educação, e todo e qualquer ato educativo é, fundamentalmente, uma ação política. Ou seja, o educador, ao definir uma determinada metodologia de trabalo, planeja, decide e produz determinados resultados formativo-educacionais que têm conseqüências na vida dos educandos e na sociedade onde educador e educandos se encontram."

p. 52 leia mais >>