ubalab

Pixelache - Helsinque, Finlândia

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

No fim do ano passado, a plataforma Pixelache abriu chamada para receber propostas de programação para a edição de 2013 do festival de mesmo nome que acontece no mês de maio. Articulei um plano de participação junto à rede bricolabs, e fomos selecionadxs.

O evento acontece entre Helsinque, na Finlândia, e a ilha Naissaar, ao lado de Tallinn, na Estônia. O tema deste ano é "facing north/facing south". Com esse mote, a rede bricolabs posicionou-se de maneira crítica em relação ao sentido usualmente reconhecido das iniciativas de "cooperação internacional". Em geral, espera-se que o norte ofereça conhecimento, recursos e produtos; enquanto o sul entra com mão de obra, recursos naturais e mercados consumidores. O que sugerimos é que, dentro dos temas que nos dizem respeito, esse movimento não segue sempre a mesma direção. Trouxemos à discussão a imagem das redes profundamente ressonantes - nas quais a localização de cada integrante é somente um dos elementos que surgem, e nem de longe o mais importante. Consigo pensar em um monte de exemplos em anos recentes de ações efetivamente colaborativas que subvertem o sentido desses fluxos. Outro tema que surgiu, como também em outros projetos em que estou envolvido atualmente, foi a ideia de colaboração antidisciplinar. Na verdade, vejo um paralelo entre a colaboração ressonante (que ignora fronteiras geográficas) e a antidisciplina (que ignora fronteiras disciplinares). Tenho tentado escrever sobre isso, vamos ver se as coisas aparecem.leia mais >>

Ciudades Creativas – parte 1

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Ano passado, fui gentilmente convidado pela Fundação Kreanta a participar da quinta edição das Jornadas Ciudades Creativas, no começo de outubro em Medellín, Colômbia. É um seminário nascido na Espanha que já há alguns anos debate a articulação da produção de conhecimento como instrumento de transformação urbana. Talvez reflexo da crise econômica europeia, eles atravessaram o Atlântico - e pelo que entendi pretendem permanecer do lado de cá.

Confesso que em um primeiro momento fiquei com o pé atrás justamente porque me incomodam tantos projetos de "economia criativa" que estimulam uma retórica excludente, submissa aos mecanismos do capital internacional, com todas as implicações negativas que criam. Mas depois de conversar um pouco com pessoas na Colômbia envolvidas com o seminário, e de dar uma olhada no que tinha acontecido nas edições anteriores (2009, 2010, 2011), entendi que eles têm uma preocupação genuína em aprofundar as questões e encontrar maneiras de equilibrar o desenvolvimento das práticas que adotam esses discursos.leia mais >>

Sistema Municipal de Cultura - aprovado!

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Saí há pouco da Câmara Municipal de Ubatuba, cuja ordem do dia incluía o projeto de lei do Sistema Municipal de Cultura da cidade. A partir do fantástico esforço da comissão de cultura, enfrentando inclusive o projeto incorporou os diversos mecanismos democratizantes previstos na constituição: conselho, plano, conferência, etc. Nossa amiga Milena Franceschinelli inscreveu-se para falar sobre o projeto à mesa. O projeto foi aprovado em votação unânime na Câmara. Houve apenas pequenas correções de grafia e uma emenda para explicitar a prioridade às populações indígenas, cultura caiçara e grupos afrodescendentes ligados a quilombos. Diversos vereadores aproveitaram a discussão para elogiar Isabela Vassão, diretora da Fundart, e a comissão que trabalhou pela elaboração e apresentação do SMC.

Deixo aqui os parabéns para todo mundo envolvido: a comissão, a Fundart, Isabela e Milena. E que se preparem porque isso é só o começo, vem muito trabalho pela frente!

PS.: mais informações aqui na página do PT de Ubatuba.leia mais >>

Conexão Finlândia

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Em visita ao Brasil por motivos pessoais, o finlandês Tapio Mäkelä passar uns dias em Ubatuba. Estamos conversando sobre possibilidades para o futuro, desde a programação bricolabs que estou agitando durante o festival Pixelache em Helsinki, neste próximo mês de maio, até os planos futuros de realizar um evento científico-artístico em Ubatuba no segundo semestre (nos moldes da Cigac-Semiárido que fizemos ano passado na Paraíba). Fomos à sede do projeto Tamar para entender melhor quais são as questões que eles enfrentam por aqui. Estamos também em conversas sobre parcerias possíveis para fazer coisas continuadas aqui em Ubatuba.

(e o gringo deu sorte: manhãs ensolaradas e tardes chuvosas)

Em visita ao Brasil por motivos pessoais, o finlandês Tapio Mäkelä passar uns dias em Ubatuba. Estamos conversando sobre possibilidades para o futuro, desde a programação bricolabs que estou agitando durante o festival Pixelache em Helsinki, neste próximo mês de maio, até os planos futuros de realizar um evento científico-artístico em Ubatuba no segundo semestre (nos moldes da Cigac-Semiárido que fizemos ano passado na Paraíba). Fomos à sede do projeto Tamar para entender melhor quais são as questões que eles enfrentam por aqui. Estamos também em conversas sobre parcerias possíveis para fazer coisas continuadas aqui em Ubatuba.(e o gringo deu sorte: manhãs ensolaradas e tardes chuvosas)

Diário do ventre da besta - parte 3

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---
Última parte do meu relato sobre a participação no ISEA, em Albuquerque, setembro do ano passado. Veja também a parte 1 e a parte 2.

 

No café da manhã de sábado, todos os americanos tinham os olhos grudados na imensa TV do salão. Cobertura da campanha presidencial - Romney tinha falado alguma besteira. Encontrei parte da turma brasileira, e logo Teresa nos deu uma carona até o Centro Nacional de Cultura Hispânica (NHCC), que sediaria o Fórum Latinoamericano do ISEA.

É forte essa coisa da identidade "hispânica" naquelas paragens - me pergunto se os estadunidenses chegam a atinar a relação etimológica com "Espanha" ou se já significa uma coisa totalmente diferente. Penso também no pesado legado da política do multiculturalismo, que acaba induzindo as pessoas a se identificarem com alguma "minoria". Engraçado ver em Albuquerque aqueles carrões antigos, conversíveis, guiados por "hispânicos" tatuados, totalmente enquadrados no estereótipo cultural.

O Centro de Cultura Hispânica é grande, bonito, bem estruturado. Salas, auditórios, um pátio amplo com palco debaixo de uma larga árvore que alivia um pouco o calor. Tem uma grande placa do Instituto Cervantes, que infelizmente me fez lembrar dos tropeços do CCE de São Paulo, desaparecido graças às inversões políticas de Madrid. Logo na recepção, Fred Paulino conta que Ganso havia enfartado e estava no hospital. Justo nos EUA, que têm péssima fama na saúde.leia mais >>

Cidades digitais...

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Insistindo na abertura do conceito de cidades digitais - de maneira que abarque não somente o aumento de eficiência da máquina pública e o alívio pontual de disparidades, mas insira também a escala local e suas demandas na própria autoria do imaginário tecnológico e de suas invenções - tenho presenciado alguns movimentos interessantes. Estou conversando com a nova gestão da Prefeitura de Ubatuba, em busca de um modelo que faça sentido para as características únicas da cidade. Estou também tratando de projetos similares em outras cidades da região. As ideias têm ressoado. A ver o quanto vamos conseguir pôr em prática.

Também fui chamado, como já comentei aqui, a participar de um debate no Transmediale sobre o assunto na quinta-feira passada, junto com pessoas que estudam ou estiveram envolvidas com projetos europeus de "cidades digitais" nos anos noventa. Para encerrar a semana, fiz um bate-volta para São Paulo na sexta, a convite do W3C/CGI e Prefeitura de São Paulo, onde falei junto com James Wallbank sobre "Cidades Digitais e Open Labs". As condições do trânsito aumentaram o tempo da minha viagem, o que acabou proporcionando um novo texto sobre cidades digitais, que devo publicar aqui assim que tiver tempo de digitá-lo. Nenhuma novidade para quem já leu meus outros textos, somente mais uma coleção de argumentos sobre como os labs abertos podem ser uma saída para algumas das arapucas da cidade contemporânea. No mais, foi bom conhecer mais pessoas do W3C, além de reencontrar James e dar uma volta rápida pelo Anhangabaú.leia mais >>

Remixando as cidades digitais

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Amanhã participo pela internet, do painel "Remixing Digital Cities", parte da programação da Transmediale que acontece essa semana em Berlim. Quase fui para lá passar frio (a internet me conta que neste exato momento fazem cinco graus em Berlim), mas eles só conseguiram confirmar o convite oficial em cima da hora, quando já não dava mais para reprogramar minha vida.

Estou agora mesmo planejando minha participação - pretendo explorar assuntos nos quais já toquei em outros textos aqui, talvez esbarrando também em questões de poder e centralização que são características nas cidades brasileiras.

O painel acontece amanhã, quarta-feira, quinta-feira 31/01 às 12hs do horário brasileiro. Deve ser transmitido pelo site do festival.

Atualizando: eu havia me enganado, confundi o 30 com 31. O painel acontece amanhã, quinta, dia 31 de janeiro!leia mais >>

Outros futuros

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Última página do Futuros Imaginários de Richard Barbrook. Buscando superar os futuros imaginários forjados durante a Guerra Fria do fim do milênio passado...leia mais >>

Diário do ventre da besta - parte 2

O post abaixo foi agregado por RSS. Link original
---

Segunda parte do relato sobre minha participação no ISEA, em setembro de 2012. Por enquanto vai sem os links mesmo. Assim que conseguir eu publico a terceira e última.

Veja também: parte 1 e parte 3.

Em algum ponto do relativamente curto trajeto entre Atlanta e Albuquerque, comecei a prestar atenção à paisagem pela janela do avião. O horizonte se elevava aos poucos, passando por bonitas rochas recortadas e continuando a subir. O verde dava lugar àquela cor avermelhada dos desertos do oeste estadunidense. Sobrevoando aquela amplidão seca, fiquei pensando sobre as dificuldades de fazer funcionar uma cidade contemporânea ali. A aridez só era cortada por ilhas verdes, provavelmente instalações agrícolas intensivas. Alguns açudes, cercados do que parecia ser areia. Imaginei o transporte de combustível pelo meio do deserto. O consumo, a logística. A guerra para sustentar esses fluxos.

O aeroporto de Albuquerque (chamado Sunport, "porto do sol") poderia estar em alguma cidade turística litorânea. Cores fortes, uma luz quente vinda de fora. A influência mexicana é bem caracterizada, ao ponto da artificialidade - mais reconstrução do que herança. Encontrei um telefone público (que realmente tinha uma lista telefônica pendurada) e usei um quarto de dólar para ligar ao hotel requisitando o serviço de traslado. Em alguns minutos chegou uma van para me buscar. Espaçosa e silenciosa, como o próprio deserto havia parecido lá de cima. Lembrei de Jim Morrison fritando ao sol, viajando nos silêncios.leia mais >>