Aparelhos e programas

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Villem Flusser, n'a Filosofia da Caixa Preta (pp. 32/33):

Uma distinção deve ser feita: hardware e software. Enquanto objeto duro, o aparelho fotográfico foi programado para produzir automaticamente fotografias; enquanto coisa mole, impalpável, foi programado para permitir ao fotógrafo fazer com que fotografias deliberadas sejam produzidas automaticamente. São dois programas que se co-implicam. Por trás destes, há outros. O da fábrica de aparelhos fotográficos: aparelho programado para programar aparelhos. O do parque industrial: aparelho programado para programar indústrias de aparelhos fotográficos e outros. O econômico-social: aparelho programado para programar o aparelho industrial, comercial e administrativo. O político-cultural: aparelho programado para programar aparelhos econômicos, culturais, ideológicos e outros. Não pode haver um "último" aparelho, nem um "programa de todos os programas". Isto porque todo programa exige metaprograma para ser programado. A hierarquia dos programas está aberta para cima.
Isso implica o seguinte: os programadores de determinado programa são funcionários de um metaprograma, e não programam em função de uma decisão sua, mas em função do metaprograma. De maneira que os aparelhos não podem ter proprietários que os utilizem em função de seus próprios interesses, como no caso das máquinas. O aparelho fotográfico funciona em função dos interesses da fábrica, e esta, em função dos interesses do parque industrial. E assim ad infinitum. Perdeu-se o sentido da pergunta: quem é o proprietário dos aparelhos. O decisivo em relação aos aparelhos não é quem os possui, mas quem esgota o seu programa. leia mais >>

ZASF - Zonas Autônomas Sem Fio

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"Mr. programmer
I've got my hammer
Gonna smash my, smash my radio!"
Ramones, We want the airwaves

"Para explicar como as forças astrológicas poderiam produzir ação à distância, Mesmer postulou um fluido sutil que ele chamava fluidium, um meio diáfano que comunicava vibrações lunares para as marés da mesma forma que possibilitava que Venus e Júpiter ajustassem os destinos humanos. O fluidium tomava forma no conceito Newtoniano de éter, um fluido invisível que permearia o espaço e serviria como meio estático para a gravitação e o magnetismo, bem como sensações e estímulos nervosos. Para Newton, o éter servia para explicar como os corpos distantes do sistema solar comunicavam-se uns com os outros, e ao mesmo tempo livrar-se da abominável ideia de um universo em que existisse o vácuo."
Erik Davis, Techgnosisleia mais >>

rede.metarec - começando - drupal 6

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acabei de mandar para a lista:

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Infra Lógica

rede.metarec - começando - drupal 6

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Infra Lógica

zasf #01

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--- zona autônoma sem fio - teste de rede, servidor web e wiki.

Três maneiras de "reciclar" hardware - IBM

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Da biblioteca técnica da IBM vem um artigo sobre três maneiras de reaproveitar hardware. Jeffrey M. Osier-Mixon já começa conclamando: transforme lixo em ouro, para depois sugerir alguns usos interessantes para aquele computador que está parado em algum canto: servidor de arquivos, player de mídia e terminal leve.

Chove

Quase preso pelas muralhas de água. Como um mar que vem de cima, inundando tudo, teste extremo de telhas & vedações. Roupas não secam, corpo não seca. O sol aparece, tímido, pela manhã (geralmente até cinco minutos depois da hora que a gente acorda). Mas vamos indo.

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Assumindo papeis diferentes na vida, nesses tempos. Juntando a vontade de fazer algumas coisas com responsabilidade coletiva e âmbito local.

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Ah, é! Alguém aí quer filhotes de cocker? Seli aqui:

http://tinyurl.com/filhotescuca

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Ubatuba tem alguns elementos recorrentes. A chuva, as bicicletas, os cachorros de rua e a mata. Cada elemento implica em um milhão de narrativas possíveis.

Filhotes da Cuca

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--- Três dos seis filhotes da Cuca ainda estão procurando um lugar para morar. Ajude repassando o link: http://tinyurl.com/filhotescuca Trilha sonora: "Mean a Swing", do Retrigger (http://retrigger.net)

Cultura Material

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Bem interessante o programa dessa série de palestras sobre uso e cultura material na UTFPR. A da manhã de hoje falaria sobre desvio, bricolagem e gambiarra. Pena que estou tão longe de Curitiba...

Desvio de função, bricolage e gambiarra

Por Dr. Christian Kasper
Data: 16 de outubro de 2009
Esta primeira aula introduz aos temas abordados no seminário. O principal objetivo é discutir e desmontar a noção de função a partir de práticas que a colocam em xeque, mostrando que o uso dos artefatos é suscetível a variações imprevistas. Propõe uma leitura do texto fundamental de C. Lévi-Strauss sobre bricolage, examina algumas abordagens contemporâneas da questão e apresenta o desvio de função como meio de entender a relatividade cultural do uso.
Coordenação: Profª. Drª. Maristela Mitsuko Ono

Corpo e cultura material

Por Dr. Christian Kasper
Data: 23 de outubro de 2009

As práticas corporais, como mostrou Mauss, correspondem a técnicas próprias a cada cultura. Desenvolvendo o trabalho de Mauss, Warnier propõe uma abordagem da cultura material que considera as condutas sensório-motoras envolvidas na relação com os artefatos como parte da mesma. Esses autores serão usados para entender o envolvimento do corpo na relação de uso..

Esquemas e affordances

Por Dr. Christian Kasper
Data: 06 de novembro de 2009
O conceito de esquema, oriundo da psicologia, oferece um meio de pensar o uso em sua dimensão habitual. As affordances (propiciações), conceito proposto por J. Gibson, são possibilidades de uso ligadas aos artefatos. A dupla esquema-affordance é proposta como uma alternativa à dupla necessidade-função, clássica na teoria do design, para pensar o uso de maneira não prescritiva..leia mais >>

Gambiarra - criatividade tática

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Por Felipe Fonseca e Hernani Dimantas

Mandamos esse texto para a publicação do Paralelo, evento que aconteceu em março/abril de 2009 em São Paulo. Devem sair uma versão impressa e uma POD (print-on-demand) nos próximos meses.

A gambiarra aparece como a arte de fazer. A re-existência do faça-você-mesmo. Sem todo o ferramental, sem os argumentos apropriados, mas com o conhecimento acumulado pelas gerações. Fazer para modificar o mundo. Um contraponto ao empreendedor selvagem. Fazer para transformar aquilo que era inútil num movimento ascendente de criatividade. A inovação está presente no DNA pós-moderno, no pós-humano. Numa vida gasosa. Abrimos aqui parênteses para fazer uma crítica ao Bauman com suas diversas modernidades líquidas. O líquido se acomoda ao recipiente. Seja um copo, um vaso ou apenas a terra contra a qual o oceano se deixa existir. O gasoso flui no espaço, no tempo e no ser em existência. Não só líquida ou gasosa, a pós-modernidade é a multiplicidade de estados que se misturam, na confluência da Ipiranga com a São João, na co-existência de todos os níveis de desenvolvimento econômico e tecnológico. Uma gambiarra que remixa, modifica, transforma e se mistura. Traço comum da inventividade cotidiana, do improviso, da descoberta espontânea, da transformação de realidades a partir da multiplicidade de usos. O mais trivial dos objetos, lotado de usos potenciais: na solução de problemas, no ornamento improvisado, na reinvenção pura e simples. O potencial de desvio e reinterpretação em cada uso. A inovação tática, acontecendo no dia a dia, em toda parte.leia mais >>