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Visita: Tapio Makela

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Recebemos na semana retrasada uma visita-relâmpago de Tapio Makela, do Marin.cc. Ele estava de passagem, entre o Arte.mov de Porto Alegre (onde apresentou seu jogo Ecocaching) e a participação no debate sobre laboratórios experimentais no Fórum da Cultura Digital Brasileira (que eu moderei), e fez questão de passar uma noite aqui em Ubatuba. A casa aqui estava cheia pelo feriado estendido que rolaria, e tivemos uma noite memorável. Ele foi embora no sábado, direto para o Pacaembu pra assistir seu primeiro jogo de futebol em um estádio no Brasil (o que marcou sua conversão ao Corinthians, pelas mãos do Marcão). Ficou no ar a possibilidade de uma residência dele em Ubatuba no fim de 2011. Vamos ver o que acontece.

Cidade expandida

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Juan Freire está escrevendo uma série de artigos sobre a ideia de "cidade expandida". Ele levanta algumas questões críticas sobre a própria ideia de urbanismo (normalmente associada a arquiteturas de controle da sociedade) e se pergunta como a cidade expandida se relaciona com a cultura pós-digital, articulada com a perspectiva da ecologia de redes. Ele sugere o formato de rua open source (em oposição à rua fechada), que requer infraestruturas (e infoestruturas), protocolos e participação específicos.
Já foram quatro de cinco posts:

Territorio = geología x infraestructuras x política La evolución de las ciudades: arquitectura y control Ciudad expandida: Modelos urbanos en el paradigma de las ecologías en red Cultura postdigital y ciudad expandida

Estou esperando aqui pelo último post, e acho que tem alguma relação com a reflexão que eu propus no post MetaReciclando as cidades digitais.

Visita: Capi

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Recebemos nessa semana uma visita rápida de Capi Etheriel, acompanhado de sua companheira e filho. Além de conhecer um pouquinho de Ubatuba e nos dar demonstrações práticas de um monte de assuntos relacionados ao bebê, ele veio também para conversar sobre as demandas de desenvolvimento do site da MetaReciclagem, que vamos tocar nos próximos meses.

Mapas e desmapas...

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Mapas são instrumentos de poder. Como já escrevi antes aqui, uma das perguntas que o Ubalab quer levantar é quem são os donos dos mapas? Existe uma questão importante quando alienamos totalmente o conhecimento de terreno para as autoridades ou, pior ainda, dependemos de um "presente" corporativo para nos situarmos geograficamente.
Pode até parecer uma questão menor dentro de toda a complexidade do debate sobre espaço público vs. espaço privado, mas me parece fundamental o entendimento de que os mapas geográficos deveriam ser públicos e livres para qualquer uso. Como acontece com todas as outras tecnologias, uma cada vez maior disponibilidade de mapas e coordenadas geográficas leva a transformações dúbias - multiplica as facilidades, mas gera dependência. Para garantir que essa dependência não seja sabotada, as alternativas livres são fundamentais.

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Pelo mundão

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Meu amigo André di Monaco - que faz aniversário no mesmo dia que eu - e sua companheira Amanda Odelius têm andado pelo mundo em expedições diversas nos últimos anos: de barco pelo Caribe, trabalhando em um café na costa da Sicília, a pé pela Chapada dos Veadeiros, cruzando os rios da Amazônia, e por aí vai. André tem um olhar bom para fotos, mas não gosta do Flickr. Há pouco tempo, finalmente eles criaram um blog para subir algumas das lindas imagens que têm feito por aí:
http://nospelomundao.blogspot.com/
André cresceu em Ubatuba, e conhece muitos caminhos e descaminhos da cidade. Está convocado para colaborar com o Ubalab (quando tiver tempo...).

MetaReciclando as cidades digitais

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Participei recentemente de um seminário sobre Cidades Digitais, organizado pela Unesp de Araraquara e realizado no SESC daquela cidade. Foi uma boa oportunidade para aprofundar algumas reflexões que já andei esboçando nos últimos tempos. Minha apresentação transformou-se no texto abaixo. A primeira parte não tem muita novidade, mas pode ser interessante pra quem está conhecendo a MetaReciclagem agora. Os slides da apresentação estão disponíveis no scribd.
Esse post faz parte da blogagem coletiva de inverno do Mutgamb, inspirado por Pozimi.

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Refatorando

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Este site começou como um ambiente de testes de um projeto que estou  concebendo há um par de anos para desenvolver em Ubatuba (alguma documentação dos processos que levaram a ele está disponível aqui). O projeto foi recentemente selecionado no prêmio Esporos de Cultura Digital do Ministério da Cultura (com base no texto  publicado aqui). Como eu já tinha também publicado alguns posts de blog aqui, resolvi aproveitar o site e migrá-lo para um domínio próprio (ubalab.org). Ainda não sei quando vou efetivamente começar a implementar o projeto, mas já vou aproveitar pra registrar os avanços e investigações por aqui. Por enquanto, o site vai ficar com esse tema.
As investigações com mapas (sobre as quais comentei aqui) foram desativadas desse site e serão ressuscitadas em um subdomínio próprio quando chegar a hora.

Mata Atlântica: Refúgio

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 O artigo "Estúdio Móvel Experimental" (PDF), de Silvia Leal e Ivan Henriques, publicado no reader  da conferência Paralelo, evoca uma explicação interessante para a diversidade da Mata Atlântica:

Um grupo de pesquisa liderado pela ecologista Cinthia Brasileiro, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), desenvolveu uma nova teoria genética sobre a origem da Mata Atlântica e sua biodiversidade. Os grupos de animais desse ecossistema são diversos por causa desse 'refúgio' localizado na costa do Sudeste do Brasil. É um abrigo natural único que se desenvolveu ao longo de 12 milhões de anos.
"Segundo a tese de Brasileiro, o segredo desse refúgio se deve ao fato de ele ser um ecossistema que nunca sofreu secas, temporadas frias ou oscilações no nível do mar. A diversidade de vida em circunstâncias tão favoráveis tende sempre a aumentar, e poderia facilmente ser comparada a uma 'Terra Sempre Verde', descrita por Sergio Buarque de Hollanda em seu livro Visão do Paraíso.
A Mata Atlântica protege e regula fontes de água que abastecem as principais metrópoles do país e centenas de cidades. Ela controla o clima local, garante a fertilização do solo, além de oferecer sua paisagem extraordinariamente bela."

Outros lugares

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Depois de ler o artigo de Karla Brunet e Juan Freire (que comentei aqui), mandei um email pra Karla. Ela me mandou o artigo completo (aquele publicado no reader do Paralelo foi cortado em quase metade), e comentou sobre o projeto narrativas digitais que está fazendo com o Juan - intercâmbio entre uma localidade na Bahia e outra na Espanha, justamente sobre recursos marinhos. Aqui tem uma apresentação bem interessante. Deu vontade de oferecer a reflexão e o contexto aqui de Ubatuba pra participar do projeto ;)
Enquanto isso, saí mais algumas vezes pela cidade, ainda aprimorando os olhos mapeadores. Não me preocupei muito em documentar de maneira aprofundada - sei que vou ter a oportunidade de fazer tudo isso direito mais tarde. Peguei algumas coordenadas de referência, sentei e rabisquei um pouco sobre a estrutura possível para esse site - usar o nodetype lugar só como container, de onde derivam outros nodetypes, por exemplo. Mas acho que só vou trabalhar nisso semana que vem.

Lugares

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Hoje (ontem) à tarde, estava bebendo um suco e lendo o reader do Paralelo, que chegou ontem aqui em casa. Lá pelo meio, topei com o artigo de Karla Brunet e Juan Freire: Uma introdução à locação em arte e tecnologia. Duas ideias ali ecoaram bem com o que imagino aqui: a crítica aos projetos de arte locativa que não se relacionam de maneira honesta com o contexto - construídos de cima para baixo, sem se aprofundar no entendimento local, importando métodos, expectativas e jargões de outras localidades; e a diferenciação entre as noções de espaço e lugar: mera geografia e topologia na primeira, construção social, ambiental e política na segunda. A diferença - na qual acho que já esbarrei no último post - entre o ponto no mapa e a narrativa, ou as narrativas, que se associam àquele ponto.