felipefonseca's blog

Mais bricolabs

Esqueci de comentar no post sobre os bricolabs no wintercamp: Vanessa levou uns dispositivos que o pessoal montou (uma lanterna carregada por manivela, montada em bambu, e outra montada em um instrumento mágico dos Xamãs colombianos). Mostrou também um vídeo muito interessante, do pessoal mostrando esses instrumentos para um xamã.

Também: alguns posts sobre os bricolabs:

 

Anotações de vôo

Ganhei uma carona de casa até o aeroporto de Congonhas, onde ia tomar o frescão até Guarulhos. Fui bem cedo, pra evitar problemas. Até chegar no aeroporto, usava havaianas e carregava as botas com pelos por dentro na mão. A previsão para Amsterdam era frio (para os nossos padrões). Domingão paulistano, aquela cidade impessoal, vazia de almas, em boa parte do caminho. A lua me acompanhava, dizendo boa viagem. Tentei fotografá-la, mas foto de celular é lixo.

O vôo para Amsterdam vai fazer uma escala em Lisboa. Check-in muito tranqüilo. Uma poltrona F, corredor interno na direita. Sem vizinhos: duas poltronas só para mim. Equipe de bordo simpática, e avião aparentemente novo. O sistema de multimídia, pessoal, com touchscreen e controle remoto, rodava Linux. Eu sei porque o meu travou, reiniciou o X, travou de novo, deu um reboot até funcionar. Engraçado que o fato de ser linux evitou que eu ficasse puto. Se fosse esperar o boot do windows, certamente teria reclamado com o comissário. Aliás, o comissário veio confirmar que eu queria comida vegetariana. Não queria. Mas o senhor pediu. Não pedi. Quem comprou minha passagem deve ter pedido. O senhor precisa se descadastrar, senão em todos os vôos da TAP vai aparecer como vegetariano. Ok. Menu impresso.

Até Lisboa, tudo ok. Cheguei até a dormir uns 20 minutos e depois uma horinha (eu nunca durmo em aviões, mas fica mais fácil ocupando duas poltronas). Passei liso na alfândega. Gosto de ouvir o sotaque português. Aeroportos são não-lugares. Eu costumo gostar das surpresas no hall, mas dentro das salas de embarque tudo é muito asséptico e frio.

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Bricolabs no wintercamp

O primeiro encontro presencial propriamente dito dos Bricolabs, dentro da programação do wintercamp, foi muito importante. Mais do que finalmente conhecer algumas pessoas com quem converso há mais de dois anos, compartilhar o cotidiano por cinco dias foi interessante pra dar uma dimensão das aspirações, sonhos e possibilidades dessa rede. Algumas idéias que antes pareciam meio soltas no espaço passaram a fazer sentido. Pessoas que não confiavam muito umas nas outras (talvez um traço comum de pessoas pós-enredadas ou post-networked) foram aos poucos abrindo sorrisos e as portas de seus imaginários e casas.

venzha, philipe, alejo, james, vicky

Ao contrário de algumas outras redes que tinham uma agenda bem definida e objetiva, nos demos a liberdade de esvaziar o copo antes de começar a servir. Rob van Kranenburg moderou o processo, começando com questões diretas a todxs e juntando as respostas no flipchart: o que somos,  que nos falta, o que queremos, etc. Chegamos a algumas bases comuns sobre a natureza da rede, princípios de relacionamento e descentralização. Houve alguma tensão por conta de maneiras diferentes de entender as coisas e atuar, mas fiquei feliz porque no fim estávamos bem alinhadxs.leia mais >>

Uíntercâmpe

Estou desde segunda-feira em Amsterdam, participando do Wintercamp. É a primeira vez que a rede bricolabs tem alguns dias para pensar em si mesma. Pra mim está sendo muito bom finalmente conhecer em olhonolho as pessoas com quem troco emails há tanto tempo. Não vou listá-las pra não esquecer ninguém,  mas estou gostando muito das idéias de cada 1 e das possibilidades de intercâmbio e de projetos futuros: muita raqueação de redes sem fio, de streaming, robótica de baixo custo, de prototipação rápida e outras coisas. Se pans alg1s gringxs aparecem pro próximo encontrão de MetaReciclagem.

Além disso, trocar idéia com as outras redes é demais. Ver como as pessoas trabalham, e sacar que cada rede tem um comportamento diferente, é interessante.

Amanhã eu blogo de verdade. O moleskine tá cheio de anotações...

Do meio do inverno

A viagem foi das mais tranquilas que já tive, apesar da escala em Lisboa. Na fileira de 4 poltronas, só eu e mais um cara do outro lado. Até dormi quase uma horinha.

Um pouco de jetlag me persegue até agora (ouvi que um dos organizadores capotou por isso). Mas vqv.  Na escala, pensei na escola de Sagres e em como devem ser as estradas de Portugal.

Adoro estradas.

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Sobe a França. Do avião, um cobertor cinza segurava lá embaixo o inverno. Engraçado pensar que a 30.000 pés tem sol, mas lá embaixo a galera sofre com a falta dele. Inverno isolado por água gasosa. Em qualquer tempo ruim, é só subir alguns quilômetros e pronto, o sol aparece.

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Muitas impressões indizíveis. O inverno aqui é o inverno. Me lembrei do peso que o clima (aquele, atmosférico mesmo) tem no espírito dxs europxixs. E como nosso clima caótico traz uma imprevisibilidade de humor durante o ano. Aqui o pessoal é feliz no verão, deprimidxs no inverno.

--Primeiro dia: dei um rolê pelo bairro. Voltei com dores e arrependimentos. Frio demais. Afeta o espírito. Mas também era jetlag. Amanhã vou tentar sair outra vez.

Feliz ano novo!

Passado o carnaval, aquela sensação de que o ano realmente vai começar. Fiz mais um retiro desconectado, esse de menos de uma semana. Li bastante (terminei o Spook Country do Gibson - bem interessante, comento depois - e folheei um monte de outros da biblioteca permanente do meiodomato).

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Domingo embarco pra Amsterdam, para participar do Wintercamp. Vai estar frio (máxima de 7 ou 8 graus todo dia), tô sem um puto pra gastar (e não vou ganhar nada lá), mas vqv, ver amigxs da bricolabs e armar alguma coisa pro futuro.

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O ano começa bastante divertido no Weblab. Estou me aproximando do Glauco e vamos aparecer em breve com coisas interessantes. Conto mais quando for a hora.

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Vontade de voltar a ter a Parati quadrada que eu tinha até 2002, e transformá-la num metamóvel de verdade.

Rockerz

Semana passada a Rockers Control, com os brodas Cris Scabello  Décio 7, tocou no Sesc Pompéia. Pusta som, cada vez melhor. Comprei o disco (só 5 pilas!) e videei dois trechinhos:

http://www.youtube.com/watch?v=U7AJdA26hzY

http://www.youtube.com/watch?v=nCjXkjyURlw

Parabéns pro Cris, Decinho e toda a banda!

Wi-fi master

Desde a campus party eu estou tentando começar a prototipar o oraculismo usando uma wi-fi USB. Eu estava com uma wi-fi que usa o driver zd1211rw. Não rolou, esse driver não funciona em modo Master. Me disseram que o chipset atheros funcionaria legal. Ontem na Santa If comprei outra, que o vendedor afirmou ser com chipset atheros. Não era. Cheguei em casa e é o mesmo Zydas zd1211. Parece que dá pra tentar usar o driver do fabricante, mas dá algum erro na compilação. Enquanto isso, acho que vou tentar em Ad-Hoc, mas isso tira um pouco das possibilidades.

Começando o ano...

E depois do meu tempo no mato e da correria da Campus Party, parece que o ano vai começar. Abaixo, um monte de notas soltas pra desopilar e ver se embalo na blogagem de novo.

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Renovei meu passaporte hoje. Ele tinha vencido no ano passado, três dias depois da nossa volta da Europa. O processo foi mais rápido que eu imaginava, mas também muito mais caro do que há seis anos. Único puxão de orelha é que o site da PF para fazer o cadastro não teve jeito de funcionar no meu EEE com Xubuntu 7.10 e FF3. No intrepid funcionou. E também tive problemas depois, porque segui o procedimento que sempre uso quando apareceu a guia de pagamento: mandei imprimir e salvei como PDF direto da janela de impressão. Depois, não teve jeito do Evince imprimir com resolução decente - não dava nem pra ler. Precisei instalar o Adobe Reader, o que foi ainda mais cansativo com a lerdeza que o speedy (speedy ou slowy?) passou durante essa semana (e que foi resolvida magicamente no instante que eu aguardava que o atendimento deles me passasse pra "técnica" - que coincidência, não?). De qualquer forma, passaporte encaminhado. Fica pronto no começo de fevereiro. Um mês depois eu viajo por uma semana para Amsterdam, como integrante da rede bricolabs, para participar do Wintercamp.

---leia mais >>

Campus

Eu sou daquelas pessoas que não consegue registrar eventos enquanto eles acontecem. Geralmente preciso de um par de dias depois para digerir tudo. No caso da Campus Party que rolou semana passada, eu preciso de ainda mais tempo. Talvez pelo alto envolvimento que eu tive com o evento por conta do Encontrão Intergalático de MetaReciclagem, talvez pelo mero cansaço causado por um evento tão grande em lugar tão insalubre. Dormi algumas noites por lá. Exagero: passei algumas noites lá. No domingo, dava as últimas caronas e cheguei a pensar que ia desmaiar de cansaço, pra depois chegar em casa e ficar sem sono. O ambiente era estranho, sugava energia pra caceta (com algumas exceções que restauravam, como o Campus Verde e o Metabar que a galera montava toda noite no estacionamento, pra fugir da proibição de beber álcool dentro do evento).

Mas enfim, sobre o evento. Eu pensei bastante antes de armar o encontrão por lá. É um evento corporativo, bancado por grandes empresas que não ligam pra gente, cheio de imbecis como o playnerd que armou confusão com o de leve e aquele bando de moleques achando que erguer cadeiras acima da cabeça e gritar como trogloditas pode ser chamado de protesto (pelo quê, eu me perguntava...). Eu sei disso tudo. Mas por outro lado, o evento é organizado por pessoas historicamente engajadas com o sofware livre no Brasil, e deu uma grande liberdade pra gente organizar o encontrão da maneira que quiséssemos, além de ter bancado a estrutura e algumas passagens.leia mais >>