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Conserto e inovação

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Felipe Albertão nos encaminhou esse estudo de Jan Chipchase para o centro de pesquisa da Nokia em Toquio, mostrando a escala e algumas especificidades do mercado informal de conserto de celulares em países emergentes. Gambiologia FTW!


O que diferencia essas localidades de cidades em mercados mais "emergidos"? Além da escala do que é vendido existe um mercado florescente de serviços de conserto de aparelhos, desde a troca de componentes até a solda de placas de circuito para mudar o idioma dos telefones, naturalmente. Os consertos são geralmente realizados com pouco mais do que uma chave de fenda, uma escova de dentes (para limpar pontos de contato), o conhecimento certo e uma superfície plana para trabalhar. Manuais de conserto (que parecem ser feitos por engenharia reversa) estão disponíveis, escritos em Hindi, Inglês e Chinês e podem até ser feitas assinaturas, mas existem poucos indícios de que eles sejam usados ativamente. Em vez disso muitos dos reparadores confiam em redes sociais informais para compartilhar conhecimento de problemas comuns e técnicas de conserto. Frequentemente é mais fácil dar uma olhada por cima dos ombros de um vizinho do que abrir o manual. Déli tem a distinção de oferecer também uma grande variedade de cursos de conserto de celulares em institutos educacionais como o Britco e Bridco gerando um firme fluxo de engenheiros de conserto de celulares. Para fechar, os varejistas do ecossistema oferecem todas as ferramentas necessárias para estabelecer e manter um negócio de conserto, desde componentes individuais e esquemas de placas de circuito impresso até chaves de fenda e software.

Simbião

No ano passado eu postei aqui sobre internet móvel, e lá pelo meio comentava que estava de olho em um nokia E51 mas a operadora ainda não oferecia ele quando peguei a linha. Usei por um tempo o w380, mas continuei acompanhando o E51. Geralmente eu leio especificações e resenhas e comentários de usuários, e cada vez ficava mais interessado no aparelhinho.

Em janeiro, aproveitando a ressaca pós-natal, fui a uma loja e negociei pra pegar um E51 por um preço razoável. No começo estranhei um pouco a interface ( o symbian exige mesmo um pouco de aprendizado), mas foi só brincar um pouco pra perceber que ia gostar muito do sistema. Nessa época estava rolando a Campus Party, e aprendi algumas coisinhas conversando com aliados que já estavam usando o Symbian - markun, CH e principalmente Tiago Bugarin.leia mais >>

Rodando o Maemo 2007 HE no tablet 770

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EStou brincando com possíveis dispositivos para controlar a interface do sistema do metamóvel. Há uns anos eu tive um tablet 770 da nokia, que roda o maemo, um OS livre baseado no debian. Na época vendi pro Dalton, mas ele me emprestou de volta agora (bom negócio, nénão? ;). O sistema operacional que eu rodava na época tá uma zona, então comecei por aí. Relato mais completo no wiki.

Mobilefest - resumo da ópera

Dei uma circulada pelo MIS durante os três dias de mobilefest, na semana passada. Conheci um pessoal legal, e acompanhei algumas apresentações.

No sábado, primeiro dia, não cheguei a tempo da abertura. O pessoal já estava lá fora, aproveitando os coquetéis. Eu vinha da ressaca do almoço, e me esforcei pra uma conversa longa com uma gringa que a Fabi Borges me apresentou. Encontrei alguns conhecidos, incluindo o Palm e o Bambozzi.

Domingão, cheguei cedo pra acompanhar a oficina que ia rolar com o alemão Max Schleser e os canadenses Rob King e Geoff Shea. Tinha um pessoal interessante e boas possibilidades por lá, mas no meio do workshop o Hartmann nos chamou para uma pausa e a mesa que ia rolar lá no auditório:

16h às 18h- Mesa 1: CIDADES MOBILE
GABE SAHWNEY (CANADA), FABIO JOSGRILBERG (BRASIL), SERGIO AMADEU
(BRASIL), MARCELLO DANTAS (BRASIL), CHUN-CHI WANG (TAWAIN), GUSTAVO
SYLLOS (BRASIL)

Mediação: MARCO CHIARETTI (BRASIL)

Minhas anotações soltas, abaixo:

Gabe: Wireless toronto. Hotspots. Login, sem cobrança. Portal da comunidade local - evitar o efeito zumbi (pessoas conectadas mas ausentes do local). Feeds do flickr (lembrei da Fonera). Aspecto tecnológico, mas também o aspecto comunitário.

Marco: o aspecto comunitário é legal de explorar. Gabe tava falando que 0,4% da população da cidade acessa pelo projeto.
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Celulando

Já tem uns anos que eu tenho uma grande curiosidade pelas possibilidades da internet móvel. Na real, um dos motivos pelo qual eu e o HD criamos o projeto metáfora foi um evento em que fomos em 2002, que falava sobre conectividade em celulares somente pela perspectiva das operadoras, e era tosco a ponto de dar raiva - controle e lucratividade eram os assuntos principais. Até escrevi há alguns meses sobre a experiência que tinha tido ano passado com internet no celular:
Outra questão a considerar é a internet em telefones celulares.
Enquanto eu estava em São Paulo eu tinha um plano de dados pro celular,
e descolei um aparelho que tinha rede EDGE, um pouco mais rápida que o
wap. Instalei um programa pra ler e-mails, e algumas vezes aconteceu de
sair de casa para uma reunião sem lembrar de anotar o endereço, porque
tinha a sensação de que não precisava. É um comportamento no mínimo
questionável - deixar informação importante em sistemas cuja
privacidade eu não tenho como assegurar, depender da duração da
bateria, ficar sujeito a chuvas e falta de cobertura - mas não dá pra
negar que se trata de uma outra relação com a informação do que sentar
em frente a um computador e "entrar" na rede. O caso aqui é de levar a
rede comigo, pra onde quer que eu vá.
Na volta pro Brasil, eu tava de olho em um aparelho da Nokia, o E51, que é quase discreto mas tem wi-fi, 3G e mais um monte de coisas. Como a TIM não estava oferecendo ele, e não estava disposto a desembolsar os oitocentos contos pelo aparelho avulso, acabei me contentando com o Sony Ericsson w380 que me ofereceram.leia mais >>

Musicphones

A Garota sem fio levantou uns dados interessantes de se pensar:

No mundo do MP3, derruba-se em definitivo o conceito que pirataria está ligada às classes mais baixas. Enquanto jovens mais abastados podem baixar toneladas de músicas pela conexão rápida de suas casas (muitas vezes por redes P2P, sem pagar nada por elas), os jovens de classes C e D baixam bem menos músicas, mas pagam pela maioria delas, através dos serviços disponíveis pelas operadoras nos próprios aparelhos.

É fácil constatar o porquê: segundo a TNS, hoje no Brasil temos 26 milhões de celulares com MP3 *e* acesso à web. Porém, o número de PCs com banda larga gira em torno de apenas 9 milhões. E 40% desses celulares musicalmente conectados pertencem às classes C e D, que, por sua vez, são quase em sua totalidade pré-pagos.

Para resumir: quem mais compra música digital hoje são os jovens das classes C e D, através dos celulares, pelas redes de suas operadoras. Muitos não têm banda larga (às vezes, nem mesmo PC) em casa. E como não é preciso ter cartão de crédito para tal, o acesso fica ainda mais fácil - com uma recarga de R$ 30, dá para comprar mais de 50 músicas.

 

E!

Pois é. Juntei uns trocados aqui e comprei um eee. Primeiras impressoes: maquininha realmente impressionante. O teclado me pega um pouco, mas já li relatos de pessoas falando que no segundo ou terceiro dias acostumaram. O trackpad/mouse é meio chinelo. E  acho que  tela de 7 polegadas cansa. Mas tudo isso se resolve com USB ou com a porta de monitor externo. O tamanho dele é inacreditável, quase o mesmo que o caderno que eu estava usando. Ou seja: ab na bolsa! E o pacote de software tá na medida. Claro que já comecei a brincar, subi fácil um ubuntu em um disco externo USB, e acho que esse Xandros aqui nao dura muito nao.

Conto mais na sequencia.

PS sim, escrevi esse post no próprio.

Esboços sobre o OLPC, mobilidade e rede de bolso

Como muita gente, tenho acompanhado com curiosidade especial e alguma desconfiança o desenvolvimento do projeto OLPC - um laptop por criança, também conhecido como o "laptop de cem dólares". No Brasil a conversa sobre o projeto tem se concentrado em seu desdobramento político e o enrosco do processo de licitação da versão brasileira - o projeto UCA, um computador por aluno. Pra quem se interessar pelo andamento do processo em si, recomendo o blog OLPCitizen, que tem acompanhado tudo. Mas eu quero explorar um pouco a potência da mistura entre educação, redes colaborativas e tecnologia. Se toda a movimentação do projeto for levada a sério e evitar-se o risco de cair em demagogia ou puro comércio, acho que existem alguns pontos bastante interessantes.
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