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Feitiços que não funcionam

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Bica mandou na lista MetaReciclagem a dica do Grimório Inócuo:

Já em sua quinta edição, o Grimório Inócuo é uma compilação de feitiços, rituais e encantamentos de diversas origens e para os mais variados fins, todos testados pelos editores, que garantem que nenhum deles funciona.

Ainda que pareça inútil, a obra é de grande valia para os não-iniciados que pretendem praticar magia sem correr os riscos de seus efeitos. Também serve como guia: os feitiços que não estão no livro, em princípio, podem funcionar.

Esta quinta edição, pela primeira vez, foi reduzida em relação à anterior. Oito feitiços foram retirados porque alegadamente funcionaram, dois deles com consequências letais. Ainda que possa ter sido por coincidência ou efeito nocebo, os editores preferiram não comprometer a reputação do Grimório.leia mais >>

Laboratórios do pós-digital

Laboratórios do Pós-Digital
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Este livro é uma compilação de artigos que eu escrevi nos últimos dois anos, relacionados a laboratórios experimentais, inovação baseada em conhecimento livre, MetaReciclagem, cidades inteligentes, gambiologia e uma série de fatores que apontam a um campo pós-digital: internet das coisas, computação física, fabricação doméstica, mídia locativa e afins.

Escolha uma das versões:leia mais >>

Choveu muito em

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Choveu muito em Ubatuba nesses últimos dias, principalmente no fim da tarde de domingo. Aqui em casa, a água da área de serviço começou a subir e quase entrou na cozinha. Me meti lá atrás armado de balde, rodo e vassouras. Lutando quase inutilmente contra a água que insistia em avançar, lembrei daquela cena clássica do Mickey lutando contra as águas no trecho “Aprendiz de Feiticeiro” do filme Fantasia.

Feito décadas antes da Disney virar a atual empresa que praticamente investe mais em causas judiciais do que em criatividade, aquele quadro com o Mickey trata de um tema recorrente na história humana: a arrogância de quem ganha um pouco de conhecimento e acha que já sabe tudo. O aprendiz brinca com poderes que apenas vislumbra, e acaba perdendo o controle da situação. Precisa da ajuda do mestre para as coisas voltarem ao normal.leia mais >>

Ilhas na rede

Achei na estante virtual uma cópia do Piratas de Dados, versão em português (com péssima tradução do nome, mas enfim...) do Islands in the net, de Bruce Sterling. Estou lendo sem pressa, mas já encontrando alguns trechos interessantes, como esse diálogo entre Laura e Debra:

- Quanto maior o corpo, menor o cérebro, é essa a estratégia? - perguntou Laura. - O que aconteceu com o bom e velho princípio do  dividir para governar ?

- Não se trata de política, mas de tecnologia. Não é o poder deles que nos ameaça, mas a imaginação. A criatividade vem de grupos pequenos. Foram os grupos pequenos que nos deram a luz elétrica, o automóvel, o computador pessoal. As burocracias nos deram a usina nuclear, congestionamentos de trânsito e redes de televisão. As primeiras três coisas mudaram o mundo. As outras três são apenas história.

Lançamento - para entender a internet

Amanhã é o lançamento web do livrim "Para entender a internet", organizado por Juliano Spyer. Vai ter um texto meu sobre Lixo Eletrônico lá. O PDF, com menos de 1Mb, vai estar disponível amanhã.

Atualizando: o link para download do ebook é:

http://paraentenderainternet.blogspot.com/

Mais leituras

Chegou aqui um pacote vindo da holanda com algumas cópias do Internet of Things, do broda Kranenburg. Vou lendo sem pressa. Outro livro que ganhei (da Sandra) e que vou pegar na lenta é o Techgnosis, recomendado por Hermano Vianna.

Correndo pra ficar parado

Essa semana terminei de ler o livro Sobre o Nomadismo, de Maffesoli. O livro já é interessante de ler por si, mas pra mim foi ainda mais interessante a leitura paralela do Comunidade, de Zygmunt Bauman (publiquei uns trechos aqui). O que mais me pega é que existe uma tensão potencial, ainda que oblíqua, entre as duas visões (este vê a comunidade como espaço de confiança compartilhada e o nomadismo da elite como superficialização da vida contemporânea; aquele entende o nomadismo como único espaço possível de arejamento das bitolações e do provincialismo das comunidades isoladas). Eu, como de costume, escolho o meio do caminho, ainda mais levando em conta o sentido de convivência remota e de oxigenação sem sair do lugar que as novas tecnologias podem trazer. Muito alimento pra idéias nos planos de médio prazo, pensando no contraste e na retroalimentação entre a linkania e a vida de caiçara.

PS1 a ação Ubatuba em Rede pretende fazer alguma coisa aqui na cidade durante o próximo Fórum Social Mundial, em janeiro de 2009. Tô dentro.leia mais >>

Apropriações tecnológicas

Saiu o livro pós-submidialogia3, editado por Karla Brunet e publicado pela Edufba. Meu texto "Em busca do Brasil profundo" tá lá no meio. Disponível no site da Karla, e republicado no pub.descentro. O PDF está aqui.leia mais >>

Comunidade estética x comunidade ética

Ainda do Comunidade:

A necessidade da comunidade estética, notadamente do tipo de comunidade estética que serve à construção/destruição da identidade, tende por isso tanto à autoperpetuação quanto à autodestruição. Essa necessidade nunca será satisfeita, nem deixará de estimular a busca de sua satisfação.

A necessidade da comunidade estética gerada pela ocupação com a identidade é o campo preferencial que alimenta a indústria do entretenimento: a amplitude da necessidade explica em boa medida o sucesso impressionante e contínuo dessa indústria.

(...)

Como as atrações disponíveis nos parques temáticos, os laços
das comunidades estéticas devem ser “experimentados”, e experimentados no ato — não levados para casa e consumidos na rotina diária. São, pode-se dizer, “laços carnavalescos” e as comunidades que os emolduram são “comunidades carnavalescas”.leia mais >>

Termina assim

O Comunidade:

Somos todos interdependentes neste nosso mundo que rapidamente se globaliza, e devido a essa interdependência nenhum de nós pode ser senhor de seu destino por si mesmo. Há tarefas que cada indivíduo enfrenta, mas com as quais não se pode lidar individualmente. O que quer que nos separe e nos leve a manter distância dos outros, a estabelecer limites e construir barricadas, torna a administração dessas tarefas ainda mais difícil. Todos precisamos ganhar controle sobre as condições sob as quais enfrentamos os desafios da vida — mas para a maioria de nós esse controle só pode ser obtido coletivamente.

Aqui, na realização de tais tarefas, é que a comunidade mais faz falta; mas também aqui reside a chance de que a comunidade venha a se realizar. Se vier a existir uma comunidade no mundo dos indivíduos, só poderá ser (e precisa sê-lo) uma comunidade tecida em conjunto a partir do compartilhamento e do cuidado mútuo; uma comunidade de interesse e responsabilidade em relação aos direitos iguais de sermos humanos e igual capacidade de agirmos em defesa desses direitos.