Andei discutindo com um cara a� na widebiz. Eu falei mal da publicidade. Ele, que chama-se Maur�cio Macedo, de uma empresa chamadaSmart Media ou algo assim, ficou um pouco contrariado. Olhem.

" (Maur�cio)
> Propaganda Moribunda? Voc� tem n�meros para comprovar por que
> algo que funciona h� 100 anos est� fadado a morrer?

(Izquierdo)
Hahaha, esse "homens de neg�cios". N�meros? O faturamento com a
propaganda no mundo aumenta, sim. Vai aumentar menos, mas continua
aumentando. E quanto mais gente investir em propaganda impessoal e de
massa, menos tempo o "target", n�o � como voc�s chamam?, menos tempo
o target vai ter para assistir � divina publicidade, sustent�culo da
comunica��o do mundo moderno. N�o, eu n�o tenho n�meros, eu tenho �
alguns espa�os no meu c�rebro ocupados por relatos de pessoas (de
rua, de boteco, lixeiros, etc, esse tipo de gente que os "homens de
neg�cios" ignoram quando passam) dizendo que se diverte muito com
propaganda, que achou muito engra�ado o comercial da brahma, mas que
prefere antarctica, porque "� melhor!" (� melhor nada, � tudo igual).
E eu tenho tamb�m a estranha inten��o de querer ajudar a disseminar
conhecimento, n�o sonhos falsos de completude de desejos criados por
outros. E, adivinhe o que acontece com a publicidade se as pessoas
tiverem mais cultura? Adivinha o que acontece com informa��o "one-
way", interruptiva, falsa e dissimulada, que utiliza de discursoleia mais >>

Mais bases teóricas:

Lévy, O que é o virtual?, p. 101
A noção de inteligência coletiva não é uma simples metáfora, uma analogia mais ou menos esclarecedora, mas de fato um conceito coerente. Vamos agora tentar reconstruir tal conceito. Precisamos encontrar uma definição de um “espírito” que seja inteiramente compatível com um sujeito coletivo, isto é, com uma inteligência cujo sujeito seja ao mesmo tempo múltiplo, heterogêneo, distribuído, cooperativo/competitivo e que esteja constantemente engajado num processo auto-organizador ou autopoiético.

p.102
(...) modelos inspirados na biologia (...) melhores candidatos (...) princípios darwinianos (...) fazem atuar um gerador de variabilidade [em nosso caso, as diferentes opiniões dos neurônios sobre cada assunto] (...). Acoplada a seu ambiente, a máquina darwiniana [os usuários avaliando os comentários uns dos outros] seleciona entre as novidades injetadas pelo gerador. (...) Os sistemas darwinianos apresentam uma capacidade de aprendizagem não dirigida ou (que dá no mesmo do ponto de vista de uma teoria do espírito) de uma capacidade de autocriação contínua. (...) As máquinas darwinianas carregam a seu modo a memória de uma história irreversível.

Mais pedradas e joelhassos... www.joelhasso.f2s.com/kn/revol.html

Revoluções. Sempre revoluções.

Sim, filhos... Izquierdo est� ausente. Alguns problemas... Aguardem a rede voltar � minha vida.

Pierre Lévy (Palestra na Conferência Doors of Perception 3)

O compartilhamento e transmissão de uma memória coletiva são fatos tão antigos quanto a humanidade. Tradição, técnica e sabedoria são passados de geração em geração. O progresso em técnicas de comunicação, começando com a invenção da escrita, até o registro do som e de imagens em movimento, aumentou muito essa reserva comum de conhecimento. Atualmente, a informação e outros manteriais geralmente disponíveis online ou no ciberespaço não consiste apenas do "depósito" desterritorializado de textos, imagens e sons, mas tamvém de opiniões hipertextuais sobre essas próprias informações, e grandes bancos de dados com poder autônomo de inferência, assim como programas de computador que podem ser usados para todos os tipos de simulação. A memória coletiva posta em ação no ciberespaço é uma memória dinâmica, emergente e cooperativa, retrabalhada em tempo real por interpretação, e deve ser claramente diferenciada do tradicional manuseio de histórias e técnicas e os registros estáticos armazenados em bibliotecas e arquivos públicos.

Uma das mais distintas peculiaridades da nova inteligência coletiva é a precisão com a qual ela é refletida nas inteligências individuais. Os atos da psique humana tornam-se quase tangíveis para os indivíduos. Certas formas de mundos virtuais quase tornam possível expressar e visualizar em tempo real os vários componentes de uma psique coletiva.
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O Cérebro

Cérebro é a comissão supervisora estabelecida com a finalidade de assegurar a existência e o bom funcionamento de Hipercortex. Os privilégios de seus integrantes são apenas aqueles fundamentais ao cumprimento de tais tarefas. O Cérebro não está posicionado acima do Hipercortex, mas a seu lado. E a intenção é que a intervenção do Cérebro no conteúdo tenda a zero. Mas casos de abuso levam à censura e, em caso de reincidência, à expulsão.

Conteúdo

A base de funcionamento de Hipercortex é a publicação de sinapses de seus neurônios (usuários registrados). Cada neurônio poderá postar suas idéias, em três formas:

• Artigo - opinião aprofundada sobre assunto específico, apresentada na página pessoal do neurônio.

• Comentário - opinião resumida sobre determinado assunto, apresentada nas páginas de verbete.

• Notícia - opinião sobre fato ocorrido fora da rede hipercortex, apresentada na home ou nas páginas categorizadas de seções de verbetes.

A liberação do acesso ao Hipercortex será gradual, na seguinte seqüência: Todos os visitantes do site têm direito a visualizar as sinapses. Para avaliá-las, é necessário um cadastro básico, com nome, e-mail e senha. Será enviado apenas um e-mail ao neurônio confirmando seu cadastro e oferecendo o acesso total. O acesso total será realizado com o preenchimento de cadastro mais completo, incluindo dados sócio-demográficos e oferecendo página pessoal, possibilidade de postar qualquer tipo de opinião, participar das listas de discussão sobre categorias de sinapses e receber a newsletter de Hipercortex.

O acesso à informação
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Não restam dúvidas de que o mundo está mudando. Todas as áreas do conhecimento estão passando ou prestes a passar por transformações sem precedentes. E talvez a grande questão não seja mais "onde vamos parar", mas "por onde vamos passar". Porque parar soa algo anacrônico, talvez algo característico dos milênios que precederam nossa época. E esse começo de terceiro milênio mostra uma valorização do ser humano enquanto agente ativo do processo cultural. As diferentes opiniões sobre qualquer assunto passam a ser vistos como estímulo a um diálogo que aponta para o desenvolvimento da cultura em geral. Sem uma fonte centralizadora, como foram os modelos de comunicação, informação e educação típicos do século XX.

Hipercortex é uma experiência que objetiva auxiliar no desenvolvimento desse diálogo, oferecendo canais para divulgação de opiniões e novas idéias, estimulando os debates e contribuindo para a geração de novo conhecimento. Hipercortex é uma combinação de enciclopédia, jornal, dicionário, forum e chat sem conteúdo definido. Isso significa que a base de dados de Hipercortex será construída por seus neurônios. Um neurônio é cada um de seus colaboradores voluntários. Os neurônios emitem ilimitadas sinapses - idéias - sobre qualquer assunto. A relevância e importância das sinapses serão dadas pelos próprios usuários, sem a intermediação do Cérebro (salvo casos de exceção, nos quais o Cérebro tem direito a censura, como pornografia, apologia à pedofilia ou ao terrorismo, ou tentativa de usar a rede Hipercortex para fins comerciais).

A revolu��o est� chegando... Fiquem atentos ao hipercortex.

E a publicidade, o que vai acontecer? Decidi reunir alguns peda�os de id�ias e construir algo novo. Querem mesmo saber?