Infralógica - reunião

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Dando sequência à conversa sobre a infraestrutura de comunicação da rede MetaReciclagem, nos reunimos na noite de quarta-feira passada no canal IRC #metareciclagem do freenode.org. Estivemos presentes e conversando efeefe, iuriguilherme, B3ZN05, deniszubieta, josenetomg, simba_, elenaralelex e adr___, acompanhados ainda de alguns usuários inativos e robôs.

A reunião serviu como um primeiro momento de contato e levantamento de caminhos para avançar. Falamos sobre o elgg/lorea, sobre a necessidade de desenvolver uma política de governança e sustentabilidade para uma eventual nova infralógica. Pensamos em configurar um piloto de rede lorea para a metareciclagem para experiências - contribuindo com o esforço de desenvolvimento da plataforma, mas também adaptando-a para algumas de nossas particularidades. Sugeriu-se investigarmos a possibilidade de criar um metagrupo que se comunique através dos outros, e falou-se sobre a necessidade de atenção especial a arquitetura de informação e experiência de uso, como fizemos com o site da metareciclagem em drupal (ver os anexos no fim da página aqui).

Até o momento, minha sugestão pessoal é que criemos uma instalação do lorea em algum subdomínio da metareciclagem.org, documentando extensivamente cada etapa do processo (documentação esta que será disponibilizada publicamente) e passemos a fazer testes em cima dela. Mas antes de começar, quero conversar mais e entender se esse é realmente o melhor caminho.

Log completo segue em anexo.

Para que serve um telecentro?

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É inegável o papel que projetos como a rede de telecentros de São Paulo assumiu quando de sua criação há mais de uma década. Não somente por conta da visão do acesso a tecnologias de comunicação como infraestrutura pública disponível à população, mas principalmente por alguns aspectos reflexivos e articulados: a opção técnica e política pelo software livre; a perspectiva do telecentro não só como acesso à rede (que suporia uma certa alienação do local), mas essencialmente como espaço de uso coletivo, aprendizados e agenciamento; a visão de integração das pontas de uma cidade dispersa; e a atenção especial ao caráter cultural das novas tecnologias.

Mais do que as simples estatísticas (por mais relevantes que sejam) de quantidade de pessoas "atendidas", os telecentros de São Paulo participaram qualitativamente de momentos importantes da história recente das tecnologias no Brasil. Deram visibilidade e ferramentas a uma geração de novos ativistas enraizados em questões sociais locais, participaram de eventos e sediaram experimentos que reverberaram no mundo inteiro. Talvez de forma ainda mais importante, ajudaram a viabilizar um discurso político da relevância das tecnologias livres para a construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos.

Entretanto, uma década se passou. Grande parte das bandeiras que naquela época eram extremamente inovadoras foram agora assimiladas e por vezes neutralizadas. Por outro lado, as tecnologias continuam tendo um papel ambíguo: oferecem liberdade ao mesmo tempo em que promovem o controle. Possibilitam o surgimento de iniciativas inovadoras e transformadoras, ao mesmo tempo em que reduzem toda criatividade a seu valor financeiro.leia mais >>

Para que serve um telecentro?

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É inegável o papel que projetos como a rede de telecentros de São Paulo assumiu quando de sua criação há mais de uma década. Não somente por conta da visão do acesso a tecnologias de comunicação como infraestrutura pública disponível à população, mas principalmente por alguns aspectos reflexivos e articulados: a opção técnica e política pelo software livre; a perspectiva do telecentro não só como acesso à rede (que suporia uma certa alienação do local), mas essencialmente como espaço de uso coletivo, aprendizados e agenciamento; a visão de integração das pontas de uma cidade dispersa; e a atenção especial ao caráter cultural das novas tecnologias.

Mais do que as simples estatísticas (por mais relevantes que sejam) de quantidade de pessoas "atendidas", os telecentros de São Paulo participaram qualitativamente de momentos importantes da história recente das tecnologias no Brasil. Deram visibilidade e ferramentas a uma geração de novos ativistas enraizados em questões sociais locais, participaram de eventos e sediaram experimentos que reverberaram no mundo inteiro. Talvez de forma ainda mais importante, ajudaram a viabilizar um discurso político da relevância das tecnologias livres para a construção de uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos.

Entretanto, uma década se passou. Grande parte das bandeiras que naquela época eram extremamente inovadoras foram agora assimiladas e por vezes neutralizadas. Por outro lado, as tecnologias continuam tendo um papel ambíguo: oferecem liberdade ao mesmo tempo em que promovem o controle. Possibilitam o surgimento de iniciativas inovadoras e transformadoras, ao mesmo tempo em que reduzem toda criatividade a seu valor financeiro.leia mais >>

Festival Tropixel

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Já faz aproximadamente três anos que tenho buscado articular ações concretas entre o contexto local de Ubatuba e um sem-número de referências contemporâneas sobre reflexão e prática transformadoras. Nesse meio-tempo conheci bastante gente, testei ideias, provoquei algumas questões. Desde quando comecei a articular o ubalab como esporo de cultura digital, já me perguntava sobre a viabilidade e relevância de pensar algum evento em Ubatuba ligado ao que então eu chamava de "cultura livre". Vieram o encontrinho do MutGamb e o encontrão Hipertropical da MetaReciclagem. O primeiro era uma reunião de trabalho, restrita ao grupo de pessoas responsável pelo MutGamb. O segnundo já ensaiava um movimento mais aberto, mas era ainda um encontro de rede, de pessoas que já se conheciam e compartilhavam - mesmo que com enorme diversidade - uma série de referências e anseios. Por mais que fosse um evento aberto à participação, da perspectiva da cidade ele se colocava como uma construção autorreferente.

Encontrão Hipertropical de MetaReciclagem

Nesse meio-tempo, continuei observando e acompanhando tanto os ritmos da cidade quanto os circuitos mundo afora. Participei de mais alguns eventos. Fiquei curioso e esperançoso com o que me parece uma mudança de orientação com a nova administração municipal. Testemunhei feliz o alto nível de participação nas conferências municipais e eventos similares.leia mais >>

Limpando as teias

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O site da MetaReciclagem tem uma história. Seu formato atual é fruto de uma série de discussões que marcaram um episódio importante da vida da rede. Mas hoje ele parece um prédio abandonado: mostra aqui e ali traços de tempos passados. Existe ainda um ou outro habitante eventual. Mas está longe de cumprir a ambição que já teve, de refletir um pouco das dinâmicas da rede, atrair a documentação de ações e proporcionar a articulação de projetos.

A própria MetaReciclagem também mudou bastante nos últimos anos. O processo do fim do mundo foi bastante significativo. Na minha leitura, ele denotou o esgotamento da tentativa de criar uma só voz para a rede, de tentar encontrar uma coerência não só para as opiniões mas para o próprio sentimento de pertencimento, para as multiplicidades e as constantes mudanças desse boteco feito de vapor. Me parece significativo também que eu escreva este post no blog do mutgamb, e não na conectaz da infralógica. Sinto até alguma culpa, como se estivesse desistindo de algo. Mas sei que não estou sozinho (na verdade, estaria sozinho se insistisse no contrário). Tão culpado me senti, que mudei de ideia e resolvi publicar no site atual da rede mesmo.

Ainda assim, não acho que a MetaReciclagem tenha desaparecido. Eu continuo chamando muito do que faço de MetaReciclagem, e trocando com outras pessoas - e para mim isso já é sinal de existência da rede, ainda que bem menos estruturada do que já imaginei. As conversas, tenho certeza, continuam acontecendo. Só que estão espalhadas e fragmentadas. Na melhor das hipóteses, as pessoas estão documentando as ações em seus próprios blogs e wikis. Na pior, como todxs sabemos, estão usando as grandes redes sociais corporativas - onde não podem ter nenhuma certeza de que suas informações vão continuar disponíveis amanhã.leia mais >>

Oficinas Ubalab

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Eu e Jorge Miguez estamos ministrando duas oficinas na Semana de Educação de Ubatuba, que acontece nos próximos dias na Escola Municipal Tancredo Neves. Uma oficina é sobre mapeamento digital, propondo maneiras de utilização da cartografia experimental como ferramenta de educação, problematização social e conscientização política. A outra oficina é sobre rádio digital, com foco no ambiente escolar.

Eu e Jorge Miguez estamos ministrando duas oficinas na Semana de Educação de Ubatuba, que acontece nos próximos dias na Escola Municipal Tancredo Neves. Uma oficina é sobre mapeamento digital, propondo maneiras de utilização da cartografia experimental como ferramenta de educação, problematização social e conscientização política. A outra oficina é sobre rádio digital, com foco no ambiente escolar.

Por que eu não falo só sobre tecnologia...

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Estou articulando um festival internacional em Ubatuba no fim de outubro deste ano. É interessante perceber a reação das pessoas quando percebem que não estou propondo um evento sobre "computadores" ou "internet". Têm essa expectativa porque eu costumo me apresentar falando sobre a MetaReciclagem, cultura digital e outros assuntos. Entretanto, meu foco principal (nas iniciativas e contatos que articulo, nos projetos que desenvolvo, no mestrado) é estabelecer espaços de troca e ação nos quais coisas novas possam ser desenvolvidas por pessoas com formações diversas. E isso tem a ver com muitos assuntos ao mesmo tempo.

Aprendi a desconfiar da palavra inovação, que costuma estar muito associada a propósitos comerciais, mas confesso que não encontrei um substituto adequado para designar um certo impulso por transformação que costuma estar por trás desses espaços. Inovação para a cidadania, foi como escrevi recentemente em uma apresentação de slides para autoridades. Também não é uma explicação precisa (porque parece instrumental, utilitarista demais), mas toca em um ponto importante: os espaços de troca voltados à transformação (que eu frequentemente chamo de "laboratórios experimentais") precisam se situar no seu entorno, na cidade. Não somente estar localizados em algum lugar, mas precisam se relacionar com o que existe a sua volta, ter consciência do impacto que têm, trabalhar com potencialidades do bairro, da cidade, da região.

Cidade, ruas, redeleia mais >>

Consultas, conferências, participação...

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Ubatuba tem aberto um monte de oportunidades para quem quiser se fazer ouvir, em diversos temas. Desde que voltei de viagem, já participei da conferência da cidade e da conferência de cultura. Perdi a conferência de educação, porque estava em São Paulo. Hoje também estive em uma reunião setorial sobre lixo eletrônico e hospitalar, etapa preliminar da conferência municipal do meio ambiente que está começando. Terça-feira que vem ainda tem a consulta participativa do projeto litoral sustentável. Acontecem por esses tempos também as conferências de desenvolvimento rural e assistência social.

São boas oportunidades para conhecer pessoas engajadas, projetos enraizados e ideias relevantes para a cidade. Também são espaços para a formulação coletiva de propostas para o futuro da cidade, estado e país. Existem, obviamente, problemas no formato padrão das conferências (para mim é sempre muito difícil escolher um eixo de discussões - costumo me interessar por todos), mas é um excelente início para estabelecer caminhos de participação pública na formulação e implementação de políticas públicas que façam sentido.

P.S.: exemplo concreto da possibilidade efetiva de participação são três propostas que eu sugeri ou nas quais eu interferi durante a conferência de cultura de Ubatuba: a criação de um programa cultura viva municipal, ao apoio a coletivos criativos e a oferta de oficinas de arte, mídia e cultura digital.leia mais >>