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Debates


Nessa semana mesmo, estava dando uma olhada na aniversariante nova-e e relendo uns artigos do Hernani Dimantas sobre publica��es pessoais, e lembrei que, logo que comecei a estudar comunica��o, nos idos de 1996, quando ningu�m tinha muita id�ia do que poderia ser a Internet (ainda hoje n�o t�m, pra falar a verdade), eu lia sobre aqueles grandes debates culturais entre articulistas de jornais nas d�cadas de, sei l�, 60, 70, e olhava pra tendenciosa Zero Hora e pro med�ocre Correio do Povo (jornais de Porto Alegre, para quem n�o sabe) e ficava deprimido. Ficava imaginando como seria interessante participar e poder acompanhar desses debates. Debates filos�ficos, ling��sticos, culturais. Opini�es em conflito, argumenta��o. E n�o via isso no mundo de hoje (daquela �poca). Retomando o assunto agora, em pleno s�culo XXI, estou come�ando a acreditar na publica��o pessoal como uma forma de retomar e ampliar em muito aquele debate. Pra quem quiser come�ar, meus artigos est�o aqui. Leiam e critiquem Cadastrem-se na lista de discuss�o. Falem mal de mim. Discordem totalmente de minhas opini�es. Mas mostrem-me por qu�.

Nova-e


A Nova-E est� aniversariando. Parab�ns, Maneco, Cris, Hernani e todos os colaboradores que d�o a essa revista o porte de publica��o open source que ela tem. Muitos anos de vida, mantendo essa coragem de falar o que nem todos querem ouvir, essa for�a de dar voz a opini�es muitas vezes pol�micas, mas sempre sinceras.

Surpresa...


"Entrei no seu site e gostei. Gostei muito. Concordo com quase tudo o que voc� escreveu bem."

(L�cio Wandeck)

Mercado Mundo Mix


O Bica me lembrou de dar o servi�o do MMM (post anterior - Visgo)


Mercado Mundo Mix

Hor�rio: S�bado (6) e domingo (7), das 14h �s 22h.

Pre�o: R$ 4,00 e R$ 10,00 (com um CD de Guga Stroeter).

Data: De 6/10/2001 at� 7/10/2001.

Local: Galp�o Sabrico (Av. Francisco Matarazzo, 530, Bairro �gua Branca, S�o Paulo)

Tirei do GuiaSP


Mais Visgo


Meu amigo Marcelo Bohrer, designer da Visgo, vai estar expondo nesse fim de semana no Mercado Mundo Mix de S�o Paulo. Eu tamb�m vou estar l�. Para maiores detalhes, falem comigo

Yahoo reafirma que venda de propaganda online cai este ano Yahoo reafirma que venda de propaganda online cai este ano


"NOVA YORK (Reuters) - O chairman e presidente-executivo da empresa de Internet Yahoo, Terry Semel, disse na quinta-feira que ele mant�m suas previs�es anteriores de queda nas vendas de propaganda at� o final do ano.


"O futuro � dif�cil de prever, mas mantemos nossa �ltima posi��o sobre os lucros", disse Semel, durante confer�ncia da Goldman Sachs para investidores em Nova York.


Semel disse n�o esperar que o mercado de propaganda se recupere at� o segundo semestre de 2002.


O executivo afirmou ainda que a companhia est� de olho em novas aquisi��es em setores j� explorados pela empresa, para que o Yahoo domine essas �reas."

Lendo...


Ok. T� ficando chato isso, mas � um dos �ltimos (dessa semana). � "Intelig�ncia Coletiva", Pierre L�vy


"Para responder �s novas condi��es da vida econ�mica, as empresas tendem a organizar-se de tal forma que possam ser percorridas por redes de inova��o. Isso significa, por exemplo, que em uma grande empresa um setor pode se conctar a todo tempo com qualquer outro, sem procedimento formal, com troca constante de informa��o e de pessoal. (...) O skill fklow condiciona o cash flow. (...) Como diz Michel Serres, o saber tornou-se a nova infra-estrutura."

Lendo... outra vez


"A publicidade � um cad�ver que nos sorri", Oliviero Toscani.


"Os publicit�rios (...), largamente sustentados por anunciantes eternamente ludibriados, continuam a abarrotar o planeta inteiro com o mesmo mundo de imagens bestificante."

Lendo...


"Sistema da Moda", Roland Barthes


"A primeira fun��o da palavra � imobilizar a percep��o num certo n�vel de inteligibilidade - ou, como diriam os te�ricos da informa��o, de apreensibilidade. Sabe-se, com efeito, que uma imagem comporta fatalmente v�rios n�veis de percep��o e que o leitor de imagens disp�e de uma certa liberdade na escolha do n�vel no qual ele se det�m - mesmo que n�o esteja consciente dessa liberdade. Essa escolha, por certo, n�o � ilimitada: h� n�veis �timos, que s�o precisamente aqueles em que a inteligibilidade da mensagem � a melhor, mas do gr�o ao papel a esta ponta de gola e desta gola a todo o vestido, todo olhar lan�ado � imagem implica fatalmente uma decis�o, isto �, o sentido duma imagem nunca � garantido. A linguagem suprime essa liberdade, mas tamb�m essa incerteza. Ela traduz uma escolha e a imp�e, manda parar aqui- isto �, nem aqu�m nem al�m - a percep��o desse vestido, fixa o seu n�vel de leitura ao seu tecido, � sua cintura, ao acess�rio de que ele � adornado. Toda palavra det�m, pois, uma fun��o de autoridade, na medida em que ela, se assim se pode dizer, escolhe por procura��o em lugar do olho. A imagem fixa um n�mero infinito de possibilidades; a palavra fixa como certa apenas uma."

Lendo...


"C�rebros e Computadores", Robinson Moreira Ten�rio, bom para quem julga que analogias s�o falhas e que o digital � tudo.


"Discutindo o papel das analogias no ensino de ci�ncias, Duit (Reinders Duit, 'On the role of analogies and metaphors in learning science', In Science Education 75(6), 1991) afirma que:


'O papel das analogia e met�foras na instru��o cient�fica � usualmente discutido da perspectiva de seus significados no processo de ensino, mas h� outro aspecto importante. Analogias e met�foras possuem fun��o explanat�ria e heur�stica significante no desenvolvimento da ci�ncia (...). Se se aceita que a instru��o cient�fica deve n�o somente ensinar conhecimento cient�fico, mas tamb�m metaconhecimento cient�fico, ent�o o papel das analogias e met�foras na ci�ncia deve ser considerado um aspecto essencial da instru��o cient�fica'."


E ainda:


"Um dispositivo anal�gico funciona como um mapa ic�nico e concreto do comportamento que representa; um dispositivo digital funciona tendo um c�digo como chave, fazendo uso de uma linguagem arbitr�ria. Onde os dispositivos digitais podem apenas indicar limites, os anal�gicos modelam precisamente o cont�nuo de valores"