Aposentando o blog

Este blog ficou muito tempo parado. Ultimamente era somente um agregador de conteúdo que publico em outras partes. E ele ainda dá um pouco de trabalho para manter funcionando. Usa uma versão antiga do drupal, que já não prevê mais atualizações. Ainda assim, tenho aqui quase dez anos de blog, além de outros cinco anos anteriores que foram importados de outras plataformas.

Então decidi fazer uma versão estática deste site. Não haverá mais atualizações por aqui. Quem quiser saber de mim, por favor procure no endereço novo, que no momento que publico este post ainda nem está no ar mas vai futuramente ser o lugar principal para minha presença pessoal na web:

http://efeefe.me

Nos vemos por aí.

Apresentando: Projeto TransforMatéria

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TransforMatéria

Felipe Fonseca e Carolina Striemer
TransforMatéria é uma investigação conceitual e estética que busca ampliar o universo de referências da chamada cultura maker a partir de dois deslocamentos – um deles histórico, ao relacionar as tecnologias e metodologias de fabricação digital com ofícios tradicionais ligados ao conserto e à produção artesanal; e um deslocamento lateral, encontrando similaridades e questões comuns entre o movimento maker e diversas iniciativas contemporâneas como os repair cafes, o upcycling, a customização e adaptação de objetos, ou mesmo campos como a ciência cidadã, a permacultura, o slow food e a alimentação orgânica, entre outros.

(imagem de Marco Estrella)

O projeto consiste em uma pesquisa de campo desenvolvida por Felipe Fonseca e Carolina Striemer sobre estas questões, sob diversos recortes e perspectivas: do artista autônomo, do coletivo ativista e da pesquisa científica; do Brasil, da França e da Alemanha; da teoria crítica, das habilidades manuais e materiais e do saber das ferramentas.

Fruto de parceria com diferentes contextos institucionais, o projeto TransforMatéria transcorrerá entre os meses de setembro e dezembro de 2016. Durante este período, serão desenvolvidas tanto reflexão teórica quanto criações materiais, incorporando questões relacionadas ao descarte, reuso, habilidades manuais e possibilidades digitais.leia mais >>

CMPC - preenchimento de vacâncias

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--- O Conselho Municipal de Políticas Culturais de Ubatuba organiza na segunda-feira da próxima semana (28/3) os fóruns setoriais para definir os representantes que ocuparão as vagas não preenchidas do Conselho. As vagas em aberto são as seguintes: Setorial de Comunidades Tradicionais Indígenas (membros titular e suplente), Setorial de Comunidades Tradicionais Caiçaras (membro suplente), Setorial de Comunidades Tradicionais Quilombolas (membro suplente), Setorial de Artes Visuais (membro suplente), Setorial de Dança (membro suplente), Setorial de Cultura Urbana e Digital (membro suplente), e Setorial de Empresas, Produtores Culturais e de Eventos (membro suplente). Qualquer cidadão com atuação comprovada nos campos culturais listados acima, ou representante das comunidades tradicionais listadas acima, pode se candidatar às vagas. Os resultados dos fóruns setoriais serão validados na reunião do Conselho que acontece em seguida, no mesmo dia. Mais informações no site da Fundart.Tags: cmpcconselho municipal de políticas culturaisparticipação socialculturafundart

Escuta em silêncio, enxerga distante

Hoje de manhã. Cachoeira do Pimenta, em Cunha.

Mergulhar na água gelada e sentir por uma fração de segundo a suspensão do entorno, do mundo, do universo inteiro. Bater cabeça em uma rocha lascada de muitas toneladas, que deve ter se mexido da última vez quando não existiam Brasil ou fronteiras, talvez nem essa coisa estranha que chamamos civilização ou mesmo esses macacos quase pelados que andam em duas patas e fazem tanta coisa estúpida.

Aí sentei à sombra e fiquei olhando aquela água toda, Xangô & Oxum em linda dança. E de repente vi aquela rocha toda se mover. Um movimento estranho, não tão físico assim. Mas vi sim.

Belo dia com família. Quero muitos desses mais.

Tropixel Labs - Oficina Baobáxia / Piratebox

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--- Como parte da programação do festival Tropixel Labs, o Ubalab recebeu a oficina conjunta entre Vincenzo Tozzi (coordenador do projeto Baobáxia) e Julien Bellanger (integrante do PiNG, em Nantes).

A oficina adotou o formato de laboratório aberto focado em redes digitais autônomas ou locais. Vince apresentou o projeto Baobáxia, software livre desenvolvido para conectar pontos e integrar acervos em todo o Brasil - em especial entre quilombos, aldeias, ribeirinhos e outras comunidades tradicionais. Julien Bellanger, além de apresentar o PiNG, demonstrou também a Piratebox - sistema que roda em um roteador portátil de baixo custo.

Os participantes instalaram o sistema Baobáxia em uma Raspberry Pi e exploraram a possibilidade de utilizar da Raspi para enviar os dados coletados pela Estação Meteorológica Modular trabalhada na oficina de Estações Meteorológicas Modulares do dia anterior.

Veja também:

Documentação geral do Tropixel Labs Tags: tropixeltropixel labsoficinaszasf

ID

Há alguns meses descobri que minha cédula de identidade, emitida em Porto Alegre no ano de 1996, não é mais aceita para algumas finalidades. Ao pesquisar o assunto, fiquei sabendo que, vivendo no estado de SP, tenho que solicitar um novo registro geral (ou seja, ele não é tão geral assim, né?). Agendei no poupatempo de Caraguatatuba um horário para mim e já aproveitei para também fazer o documento para minha filha.

Ontem acordamos cedo e tomamos a estrada. Chegando lá, fizemos primeiro o procedimento para ela. Fomos bem atendidos, tudo muito rápido. Mas na minha vez, fiquei curioso com algumas perguntas que a simpática atendente me fez:

  • Há quanto tempo o senhor vive no estado?
  • Por que motivo mudou-se para cá?
  • Pretende permanecer no estado?

Acho que tinha mais uma ou duas questões do mesmo tipo, das quais não lembro exatamente. Eu tinha respostas bem consistentes para todas as perguntas, é claro. Mas fiquei pensando em duas coisas: o possível constrangimento que perguntas como essas podem causar em pessoas que não consigam responder; e também o que é feito com as respostas. Será que existem estatísticas de quantas pessoas se registram sem ter certeza se vão permanecer? E se a pessoa dá uma resposta contrária ao que a burocracia espera, o que acontece? Esse dado fica registrado em algum lugar?

Se soubesse antes, acho que teria inventado umas respostas melhores. "Nem sei há quanto tempo estou aqui, vim pra roubar emprego de vocês, fico até ser procurado".leia mais >>

Oslodum

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Meu texto em inglês sobre gambiarra e cultura maker foi publicado novamente, agora na Tvergastein, baseada em um centro de pesquisa ligado à Universidade de Oslo. Esta edição da publicação tinha por tema "Leaving the box - Entrepreneurship, Innovation and Initiatives". Para quem me lê em português via internet meu papo já está manjado, mas para quem quiser dar uma olhada nos outros textos da publicação pode checar aqui ou esperar que uma cópia impressa vai aparecer no Ubalab nas próximas semanas.

Earth - mapa global do clima

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--- Bela dica do Bernardo, um mapa global interativo de ventos, correntes e clima. A imagem abaixo é aqui de Ubatuba. Olha lá: http://earth.nullschool.net/Tags: geo

Quarta Conferência Municipal de Cultura de Ubatuba

Sim, Ubatuba é uma cidade onde a gente anda de bicicleta, vai à praia, percorre trilhas e reclama de mosquitos. Também é um lugar onde se encontram vegetais orgânicos e peixes produzidos localmente. E onde convivem muitas culturas.

Mas talvez mais importante, Ubatuba é uma terra onde mesmo em um sábado chuvoso no meio de um feriado estendido, dezenas de pessoas passaram o dia inteiro debatendo políticas culturais para o futuro da cidade. Podia ser melhor. Podia ser mais claro. Podia ser mais efetivo. Teria mais gente, não fosse uma série de erros que começaram dois anos atrás. Os cinquenta que estavam presentes hoje deveriam ter sido cento e cinquenta. A gente podia ter perdido menos tempo e ter feito mais. Sempre.

Mas chegamos ao fim do dia. E chegamos ao fim de um processo de dezesseis encontros, que recupera um processo de dois anos, que recupera um processo que vem desde a década passada. E mesmo com todas as ressalvas e mesmo com todo o cansaço ficou uma sensação positiva. De que é até possível estragar, por falta de habilidade, um processo coletivo. Mas que enquanto houver gente disposta a recuperá-lo, existe esperança. E o brilhante insight de uma amiga e agora colega conselheira, de que Ubatuba não é só a capital do surf, da mata atlântica, da economia solidária (e da cultura pós-digital). Pois é, tem mais: Ubatuba é boa de resistência coletiva. Este foi somente um pequeno episódio.

E fico feliz de pela primeira vez na vida ser integrante de um conselho de políticas públicas, ocupando a cadeira de cultura urbana e digital. Vamos em frente, que temos um plano a redigir, aprovar e implantar. E agora com mais comunicação pela internet, afinal tô na área.