Escrevi mais uma coluna Raitéqui para a edição 99 da Revista A Rede. O texto é uma remixagem de um trecho da minha dissertação de mestrado, retrabalhado e algo ampliado. Como a versão publicada na revista está com alguns errinhos de revisão, publico aqui minha versão final.
Fablabs, makerspaces, gambiarra e conserto
Surgidos a partir do Centro para Bits e Átomos (CBA) no Media Lab do MIT, os Fablabs - laboratórios de fabricação digital - são espaços em que se disponibilizam equipamentos para a criação e modificação de objetos a partir de arquivos digitais. Usam fresadoras, cortadoras de vinil e outros materiais, máquinas de bordar, impressoras e scanners 3D, entre outros. Boa parte destas tecnologias já existem há algumas décadas. Até recentemente, entretanto, estavam associadas exclusivamente à produção industrial ou à arquitetura, e seu uso era complicado. Mas diversos desenvolvimentos recentes colaboraram para baixar seus custos e tornar sua operação mais simples.
O surgimento dos Fablabs deve-se principalmente a pesquisas do MIT sobre o barateamento e o maior acesso a tais tecnologias, na esteira do curso "como fazer (quase) qualquer coisa" oferecido por Neil Gershenfeld, diretor do CBA. Logo os Fablabs seriam replicados no mundo inteiro, aliando-se ou inspirando projetos dedicados à fabricação digital como a Reprap, a Makerbot e outros. Um projeto brasileiro que orbita essa área é a Metamáquina, primeira fabricante nacional de impressoras 3D de baixo custo.leia mais >>