politeia

A incrível capacidade de responder o que não perguntaram

Do site do deputado Arnaldo Jardim:

RS (Revista Sustentabilidade): Na logística reversa prevista no programa, por que os eletrônicos e lâmpadas fluorescentes ficaram de fora?

Jardim: Os setores de construção civil e móveis também estão de fora. A logística reversa está prevista e vai ser implantada gradativamente. Por exemplo, a produção de lixo na cidade de São Paulo é de 3000 toneladas/dia, metade deste montante é gerada pela construção civil. Os setores que estão previstos no programa são aqueles que já têm o processo de tratamento adequado, estabelecido pelas normas do Conama. Com a política nacional, teremos maior embasamento para fiscalizar, a lei será muito mais forte, pois a resolução do Conama não tem força de lei, o judiciário não a reconhece como tal.

Começando o ano...

E depois do meu tempo no mato e da correria da Campus Party, parece que o ano vai começar. Abaixo, um monte de notas soltas pra desopilar e ver se embalo na blogagem de novo.

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Renovei meu passaporte hoje. Ele tinha vencido no ano passado, três dias depois da nossa volta da Europa. O processo foi mais rápido que eu imaginava, mas também muito mais caro do que há seis anos. Único puxão de orelha é que o site da PF para fazer o cadastro não teve jeito de funcionar no meu EEE com Xubuntu 7.10 e FF3. No intrepid funcionou. E também tive problemas depois, porque segui o procedimento que sempre uso quando apareceu a guia de pagamento: mandei imprimir e salvei como PDF direto da janela de impressão. Depois, não teve jeito do Evince imprimir com resolução decente - não dava nem pra ler. Precisei instalar o Adobe Reader, o que foi ainda mais cansativo com a lerdeza que o speedy (speedy ou slowy?) passou durante essa semana (e que foi resolvida magicamente no instante que eu aguardava que o atendimento deles me passasse pra "técnica" - que coincidência, não?). De qualquer forma, passaporte encaminhado. Fica pronto no começo de fevereiro. Um mês depois eu viajo por uma semana para Amsterdam, como integrante da rede bricolabs, para participar do Wintercamp.

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Demo?

Acompanhei de maneira solta as eleições espanholas. Dei mais atenção a um fato específico: o presidente é na verdade um cabeça de chapa, que é eleito para o Congresso e depois escolhido para 'presidir o governo'. Quando cheguei por aqui já tinha ficado curioso com o fato que os jornais usam a expressão 'presidente do governo' e não 'presidente do país'. Claro, tem a ver com a monarquia, mas ainda acho mais leve pensar que o presidente exerce a função de presidir o governo, não o país. Me parece menos autoritário. E aí tô lendo uma história em quadrinhos que é uma biografia satírica, obviamente não-autorizada, do Sarkozy, presidente francês. E sim, o sistema é viciado, ainda permite que alguns espertinhos que entenderam o poder da mídia distorçam a maneira como as coisas funcionam, mas de qualquer forma me deixa curioso toda a composição distrital e a necessidade de diálogo que existe mesmo pros mais sacanas chegarem ao poder - é possível, mas exige muito esforço. Também li um pouco ultimamente sobre o funcionamento dos parlamentos britânico e holandês, e lembro do que já li sobre a mania desses últimos em debater, debater, debater. Enfim, a velha curiosidade e navegação descompromissada na web.

E aí olho pro Brasil começando ano eleitoral de novo, e me pergunto sobre os papéis do jogo político, e como o nosso sistema representativo é viciado em autoritarismo e numa super-simplificação de papéis: a imagem comum é que existem os legislativos, que passam o tempo inventando maneira de beneficiar suas amizades com dinheiro e privilégios; o judiciário, que passa o tempo procurando manter seus próprios privilégios, e o executivo, que é quem manda. E manda não só no governo, mas no território: o prefeito da cidade, o governador do estado, o presidente do país.leia mais >>