obsolescência programada

O novo macbook - lixo pronto

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Chega pela lista bricolabs o link da análise de Kylw Wiens fez para o site ifixit (em parceria com a Wired) sobre o novo Macbook da Apple, com conclusões desoladoras:

"O Macbook Retina é o laptop menos consertável que já abrimos. Ao contrário do modelo anterior, a tela é fundida no vidro, o que significa que para trocar o LCD é necessário comprar um caro conjunto de tela. A RAM agora é soldada na placa lógica - tornando impossíveis futuros upgrades de memória. E a bateria é colada no gabinete, exigindo que os consumidores mandem seu laptop para a Apple de vez em quando para a substituição que custa 200 dólares. O design pode até ser composto por 'alumínio e vidro altamente recicláveis' - mas meus amigos na indústria de reciclagem de eletrônicos me dizem não haver como reciclar alumínio com vidro colado nele como a Apple fez com essa máquina e com o recente iPad."

A apple tem um histórico controverso em relação ao impacto ambiental de seus produtos, com pontos negativos e positivos. Mas é uma pena que tenha retrocedido tanto, indo na direção contrária de outras iniciativas. Ainda mais em tempos nos quais a crítica à obsolescência programada ganha cada vez mais corpo. É uma pena que o mito da "qualidade" e do lucro a qualquer custo continuem passando por cima da preocupação com o meio ambiente.

Obsolescência Programada

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Há duas semanas, Regiane Nigro mandou na lista de discussão da MetaReciclagem a dica do vídeo Comprar, Tirar, Comprar - excelente documentário produzido por Cosima Dannoritzer para a televisão espanhola. Deixei na minha fila de links e só consegui assistir hoje. Gostei muito.

Mais do que tratar somente da questão do lixo eletrônico nos dias de hoje, ela situa na década de 20 do século passado a elaboração da ideia de obsolescência programada - a estratégia segundo a qual a indústria deveria intencionalmente produzir bens que durassem menos tempo, para garantir o crescimento a longo prazo. Traz dois exemplos claros: a formação, na época, de um cartel internacional dos fabricantes de lâmpadas incandescentes, que determinaram a redução da vida útil de seus produtos - de 2500 para cerca de 1000 horas de uso; e mais tarde a criação das meias de nylon, que em um primeiro momento eram extremamente resistentes e depois passaram a ser projetadas para puxar fios e rasgar.

Outro traço interessante do documentário é que ele abre espaço para pensadores que criticam não somente as empresas que adotam práticas insustentáveis como, de maneira mais abrangente, todo o sistema político-econômico baseado na ideia de crescimento constante. Entre eles Serge Latouche (que propõe o decrescimento), John Thackara, autor do livro Plano B e Michael Braungart, autor de Cradle to Cradle.leia mais >>