japão

A ilha das crianças perdidas

Achei no ciborgs um parágrafo de um artigo bem interessante sobre um fenômeno japonês, os freeters, classe urbana sub-empregada e hiperconectada, que em alguns casos aluga baias em cibercafés por períodos de seis horas pagando menos que o mesmo tempo em um hotel ou algo assim.

Na sua maioria, eles estão aí para surfar na Web, enquanto os outros buscam ocupar o seu tempo livre, assistir à televisão ou ainda descansar em meio à penumbra de um lugar confortável, longe da barulheira das ruas dos bairros agitados. Alguns fizeram desses cafés a sua toca. Eles são os “refugiados da Internet”: jovens de 20 a 30 anos que vivem de bicos, passam de um ao outro e não ganham o suficiente para conseguir arcar com o preço de um alojamento ou de um quarto de hotel. Nos cibercafés, eles podem passar seis horas pelo preço de 1.500 ienes (cerca de R$ 24), ou até menos nos bairros periféricos. A maioria dos grandes estabelecimentos dispõe de uma centena de compartimentos.

O original é um artigo no Le Monde, que parece ter sido traduzido pelo UOL. A íntegra em português tá aqui.