Há alguns meses, recebi um email de Ellen Sluis, aluna de Geert Lovink na Universidade de Amsterdam. Ela estava desenvolvendo sua tese de mestrado e queria trabalhar com algum projeto ligado a tecnologia no Brasil, de preferência fora dos grandes centros urbanos. Sugeri a ela que entrasse em contato com o Jader Gama, do Puraqué em Santarém. Me parecia que, além de ser um tema interessante pra pesquisa dela, podia ser também uma interface interessante para o Puraqué, trazendo interlocução com um mundo totalmente diferente e potencialmente ajudando a divulgar o trabalho deles em outros cantos. Além disso, era uma oportunidade de ter alguém por lá documentando as ações da galera. É um ponto que eu sempre insisto com o Jader, mas entendo que com o nível de responsabilidade que eles assumem nas ações, documentar não seja prioridade.
No fim do mês passado, Ellen publicou em seu blog a versão final de sua tese: Amazonian Geeks and Social Activism: An ethnographic study on the appropriation of ICTs in the Brazilian Amazon (Geeks Amazônicxs e Ativismo Social: Um estudo etnográfico sobre a apropriação de TICs na Amazônia Brasileira). Ainda nem tive tempo de ler por inteiro, só dei umas olhadas por cima. Mas já me pareceu um material bem interessante pra trazer um outro lado do que a MetaReciclagem vem ser tornando nesses últimos anos, independente do contato direto com as pessoas que começaram a rede há oito anos. Desenvolvimento autônomo, com uma profundidade e uma dedicação que deixam a gente, a milhares de quilômetros de distância, num orgulho só.leia mais >>
 Andar por Genebra é uma experiência singular. Um ar romântico e algo literário - impossível não procurar o Outro Borges espreitando em algum banco de praça, debaixo do frio inesperado para uma primavera. Além disso, a presença de todas as instituições internacionais em torno da ONU - e das delegações do mundo inteiro que vão para lá pleitear, debater, influenciar - evoca uma certa sensação de fronteira. Mas é uma fronteira mundial, uma fronteira de todas as nações, que parece atrair a presença de muitxs
Andar por Genebra é uma experiência singular. Um ar romântico e algo literário - impossível não procurar o Outro Borges espreitando em algum banco de praça, debaixo do frio inesperado para uma primavera. Além disso, a presença de todas as instituições internacionais em torno da ONU - e das delegações do mundo inteiro que vão para lá pleitear, debater, influenciar - evoca uma certa sensação de fronteira. Mas é uma fronteira mundial, uma fronteira de todas as nações, que parece atrair a presença de muitxs  
 


