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Social Media Week

Eu fui convidado a participar de um debate sobre "O social nas mídias sociais", hoje às 16hs, na São Paulo Social Media Week. As minhas distâncias atualmente são medidas em quanto tempo eu preciso ficar longe da minha filha. Entre ida a São Paulo, deslocamento dentro da cidade, debate, conversas posteriores e todos os atrasos imponderáveis no meio, eu calculei que seriam umas doze horas longe, e ainda voltaria cansado demais para ficar com ela depois. Declinei do convite, mas propus a meu anfitrião enviar um vídeo colocando algumas questões.
Fiquei rabiscando algumas ideias na madrugada passada. Entre insights, fraldas e mosquitos, acabei não conseguindo dormir mais do que duas horas. Pela manhã fui ali pra sala som gravar o vídeo, e estava cansado demais pra fazer alguma coisa que me dê orgulho. Mas saiu alguma coisa. Estou enviando o vídeo para o pessoal, e se amanhã ele ainda me parecer passável eu publico no iutube. Mas vai aí embaixo as anotações que eu fiz (mais uma cola do que um roteiro - não está lapidado nem editado).leia mais >>

Obrigado pelo convite. Não posso ir dessa vez.
Felipe Fonseca. @efeefe. Acho que fui convidado a essa mesa porque fui um dos criadores e sou até hoje integrante da MetaReciclagem.
A MetaReciclagem começou como um grupo de pessoas em um galpão na zona sul de São Paulo que consertavam computadores doados, instalavam linux e entregavam para projetos sociais. Desde então, a gente se espalhou - de forma descentralizada e autônoma - para todo o país. Desenvolvemos algumas dezenas de projetos relacionados a experimentação, arte, educação, inclusão digital, políticas públicas, produção cultural e pesquisa. Nós ganhamos _prêmios_ nacionais e internacionais. Possibilitamos que alguns _milhares_ de pessoas aprendessem a ter uma relação mais próxima com as tecnologias. E principalmente, a gente aprendeu muito, se divertiu pra cacete e conheceu muita gente interessante
Antes de mais nada: a metareciclagem não é uma recém-chegada às mídias sociais. Desde o começo usamos blogs, wiki, licença livre (provavelmente antes de muitos de vocês)...
Quero compartilhar algumas inquietações. A primeira é o uso da palavra "social" como substantivo. Esse social acaba virando um apêndice da economia de mercado. Em vez de transformação social, se tratra de redução de danos. Ativismo domesticado, controlado e inofensivo, desprovido de aspecto político e que  que não sugere nenhuma transformação profunda da sociedade. Pelo contrário, só corrobora as coisas como são e promove algum conforto para a culpa da classe média.
Classificar pessoas, conhecimento e ações em categorias pré-definidas é um requisito antes de tudo econômico. Mas É bom recordar que o social não é um mero pedaço da economia. É justamente contrário - a economia é parte da sociedade.
Se queremos entender e aproveitar todo o potencial da internet para promover um mundo melhor, temos que sair da lógica binária que diz que tudo que não tem o lucro por objetivo deve ser interpretada como caridade (ou perda de tempo). Essa dicotomia falsa acaba por afastar gente inovadora que poderia usar seu talento para uma sociedade melhor.
Por outro lado, as iniciativas que têm cunho filantrópico, de assistência e caridade precisam ir mais a fundo em como compreendem as mídias sociais. A internet não é somente mais um canal de captação de recursos e divulgação de causas. A sociedade está criando novos laços e novas formas de relacionamento através da rede. Eu sei que vocês gostam do case do obama, mas isso é só a ponta do iceberg. A lógica da adesão é um desperdício de potencial frente à lógica da participação (leiam isso).
Não devemos tentar reproduzir na rede os mecanismos dos meios de comunicação de massa: esforçar-se para conquistar adeptos, suplantar a concorrência e atingir um público-alvo anônimo é exatamente o que deu merda no século passado. Eu me preocupo quando escuto um gestor de projeto social falar em "administração profissional", porque frequentemente isso quer dizer tratar as pessoas como números, dar atenção demais às contas e desumanizar a relação. Em tempos de individualismo, superficialidade e alienação, essa não pode ser uma boa escola.
E um recado aos empreendedores que querem encontrar maneiras de melhorar a sociedade: venham. É muito trabalho e quase nada de dinheiro, mas a satisfação de ver o sorriso de uma pessoa cuja vida mudou para melhor vale mais que a conta bancária.
Valeu, continuamos a conversa nas redes.
Felipe Fonseca
@efeefe

Jasmina Tešanović - Arte.mov

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O pessoal do Arte.mov me convidou para ser moderador, junto com Bruna Calegari, de uma conversa com Jasmina Tešanović na semana passada, no CINUSP. Jasmina é sérvia, ativista de mídia de longa data, que teve um papel importantíssimo durante a guerra do Kosovo (e a perseguição de Slobodan Milosevic contra outros povos da ex-Iugoslávia). Ela é autora de diversos livros, entre eles o Diary of a Political Idiot. Esteve envolvida com a rádio B92 e com a organização pacifista feminista Women in Black. É casada com Bruce Sterling.

Gisela Domschke, que organizou a conversa, chamou também pessoas envolvidas com diversas iniciativas no Brasil: Pajé, Rogério Borovik e outros. Também estavam presentes Almir Almas e Lucas Bambozzi, além de vários convidados internacionais do Arte.mov e do próprio Bruce Sterling.

O vídeo da conversa está incorporado no fim desse post. Eu, particularmente, não gostei da minha participação. Não conhecia muito bem o trabalho dela, e fiquei patinando pra encontrar pontos de contato, sem muito sucesso. Mas posso indicar alguns momentos que achei mais interessantes na fala dela.leia mais >>

MetaReciclando o Fórum de Cultura Digital

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Semana que vem vai ter o Fórum da Cultura Digital Brasileira na Cinemateca, em São Paulo. Além de ser uma oportunidade de rever um monte de gente boa e de conhecer projetos e ações interessantes do mundo inteiro, vai ser mais um espaço de articulação para a MetaReciclagem e assuntos correlatos.
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Mutirão da Gambiarra

AVLAB - Gambiologia - Vídeos

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Já estão disponíveis os vídeos do encontro AVLAB que eu e Maira organizamos no CCJ no mês passado, com Gera Rocha, Daniel Hora e Glauco Paiva.

AVLAB São Paulo #3 Gambiolgia - pt.01 from Centro Cultural da Espanha-AECID on Vimeo.

AVLAB São Paulo #3 Gambiologia - pt.02 from Centro Cultural da Espanha-AECID on Vimeo.

 

AVLAB - Gambiologia - Vídeos

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Já estão disponíveis os vídeos do encontro AVLAB que eu e Maira organizamos no CCJ no mês passado, com Gera Rocha, Daniel Hora e Glauco Paiva.

AVLAB São Paulo #3 Gambiolgia - pt.01 from Centro Cultural da Espanha-AECID on Vimeo.

AVLAB São Paulo #3 Gambiologia - pt.02 from Centro Cultural da Espanha-AECID on Vimeo.

 

Labtolab - dia a dia

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Estive em Madrid em Junho para participar do Labtolab, encontro de medialabs europeus (com muitos convidados latinoamericanos). Comecei a contar as prévias e a viagem aqui. Esse post é um relato do que rolou durante a semana que estive por lá. Ainda quero escrever outro com minhas reflexões sobre o processo.
Pantalla DigitalNo começo da tarde da segunda-feira, caminhei até a Plaza de las Letras. O Medialab Prado fica atualmente no subsolo da praça, com janelas viradas para uma rampa de acesso. Em um dos cantos da praça, uma tela digital gigantesca decora a parede do que virá a ser a nova sede do Medialab, com instalações quatro ou vezes maiores do que hoje em dia.
Descendo a rampa, já vi a programação do mês estampada na janela em letras adesivas, um detalhe sutil que mostra a preocupação do Medialab em ter uma interface pública, em vez de fechar-se no próprio umbigo. Em frente à escada que dá acesso ao subsolo, mais uma tela onde sempre está rodando alguma obra interativa. Abri a pesada porta. Logo na entrada, um monte de armários de tela com equipamentos e materiais, à esquerda. No lado oposto, o balcão de recepção, com material da programação corrente.
Programação Medialab Prado
A área principal do Medialab estava montada como auditório. As cadeiras, então voltadas para o fundo, geralmente ficam dobradas e penduradas em uma estrutura de aramados na parede. Tudo muito móvel, mas bem prático e organizado. Ao longo da parede direita, uma fileira de bancadas com uns poucos computadores para quem quiser usar. Do lado esquerdo, a impressora 3D montada durante um workshop do pessoal do Makerbot.leia mais >>

Labtolab - dia a dia

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Estive em Madrid em Junho para participar do Labtolab, encontro de medialabs europeus (com muitos convidados latinoamericanos). Comecei a contar as prévias e a viagem aqui. Esse post é um relato do que rolou durante a semana que estive por lá. Ainda quero escrever outro com minhas reflexões sobre o processo.

Pantalla DigitalNo começo da tarde da segunda-feira, caminhei até a Plaza de las Letras. O Medialab Prado fica atualmente no subsolo da praça, com janelas viradas para uma rampa de acesso. Em um dos cantos da praça, uma tela digital gigantesca decora a parede do que virá a ser a nova sede do Medialab, com instalações quatro ou vezes maiores do que hoje em dia.

Descendo a rampa, já vi a programação do mês estampada na janela em letras adesivas, um detalhe sutil que mostra a preocupação do Medialab em ter uma interface pública, em vez de fechar-se no próprio umbigo. Em frente à escada que dá acesso ao subsolo, mais uma tela onde sempre está rodando alguma obra interativa. Abri a pesada porta. Logo na entrada, um monte de armários de tela com equipamentos e materiais, à esquerda. No lado oposto, o balcão de recepção, com material da programação corrente.

Programação Medialab Prado

A área principal do Medialab estava montada como auditório. As cadeiras, então voltadas para o fundo, geralmente ficam dobradas e penduradas em uma estrutura de aramados na parede. Tudo muito móvel, mas bem prático e organizado. Ao longo da parede direita, uma fileira de bancadas com uns poucos computadores para quem quiser usar. Do lado esquerdo, a impressora 3D montada durante um workshop do pessoal do Makerbot.leia mais >>

Gambiologia - AVLAB / CCJ

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Estou saindo daqui a pouco para o CCJ, onde vai rolar a terceira edição brasileira do AVLAB. O AVLAB surgiu no Medialab Prado, em Madrid. Eu participei de uma das edições por lá, em 2008. Daniel Gonzales trouxe o formato para o Brasil em parceria com o Centro Cultural da Espanha, e convidou a mim e à Maira para organizarmos o encontro de hoje, tendo a gambiologia como eixo.
Os convidados serão Daniel Hora, Teia Camargo & Gera Rocha, e Glauco Paiva. Em paralelo vamos aproveitar para lançar o metalivro Gambiologia, que deve estar saindo em PDF nas próximas horinhas...
Mais sobre a programação aqui.

O AVLAB começa às 17hs. O CCJ fica na Av. Deputado Emílio Carlos 3641 - Vila Nova Cachoeirinha.

Gambiologia - AVLAB / CCJ

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Estou saindo daqui a pouco para o CCJ, onde vai rolar a terceira edição brasileira do AVLAB. O AVLAB surgiu no Medialab Prado, em Madrid. Eu participei de uma das edições por lá, em 2008. Daniel Gonzales trouxe o formato para o Brasil em parceria com o Centro Cultural da Espanha, e convidou a mim e à Maira para organizarmos o encontro de hoje, tendo a gambiologia como eixo.

Os convidados serão Daniel Hora, Teia Camargo & Gera Rocha, e Glauco Paiva. Em paralelo vamos aproveitar para lançar o metalivro Gambiologia, que deve estar saindo em PDF nas próximas horinhas...

Mais sobre a programação aqui.

O AVLAB começa às 17hs. O CCJ fica na Av. Deputado Emílio Carlos 3641 - Vila Nova Cachoeirinha.

Conhece?

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Por algum motivo, nos meus posts sobre a viagem que fiz no mês passado, esqueci de contar um causo. Antonio Casilli respondeu, simpático, a um tweet que eu mandei. Antonio escreve no blog Body Space Society. Acabamos nos conhecendo em um jantar, mas só fomos conversar rapidamente no dia seguinte, depois da minha apresentação. Conversamos um pouco sobre assuntos diversos.
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Dpaduando