berlin

Web 3 - Conspirando pra manter a rede pública

Sunday morning I woke up in Berlin with my mind telling me I should change some things in my presentation at transmediale. I started to play with the text and eventually got rid of almost everything I have written before, because I thought there was something way more important than repeating the common web 2.0 criticism: it is a stock market hype; it weakens p2p while centralizes traffic in order to earn profit out of users' ability to create and maintain relationships; and so on. Not that I disagree with that kind of criticism, but I don't think I have much to add to that. There's a great article by Dmytri Kleiner & Brian Wyrick in Mute about that. Now, my impression is that sometimes the criticism is totally focused in the business model and in the fact that somebody is making money out of it, and it is not the users. I personally don't care as much about amateur video producers making money as I care about trying to create communication technologies that feel more human. And that should be the starting point to what I have tried to speak at the panel. Below is the script I wrote in the couple of hours before the panel (and during a part of my colleagues' talk, I must admit). It is far from objective or polished, and I have the feeling I might have slipped away from the topic, but it is a beginning. In the following days I might add some new thoughts to it...

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am der Spree

Mais uma vez em Berlim. Menos frio que eu esperava. Entranhado no coração de um mundo que me é estranho. Poses e imagem e parecer cool. Não sei, tenho outras coisas pra fazer. Vontade de deixar a coluna social pra trás e passar o dia inteiro andando por aí. Mas sempre tem uma ou outra pessoa interessante no meio, sempre uma vírgula que pode levar a alguma coisa. Às vezes, novas questões que surgem, e isso é um bom objetivo a buscar: perguntas diferentes, outras óticas, outros ângulos.

E nenhum sticker pro pretovelho. Cuja bateria não chegou, e eu fico lá procurando tomadas. Sem contar o wi-fi que é mais instável que os horários do 493 - Jardim Ypu que eu tomava há uma década.

Caraca. 2008. Um milhão de vezes desde a infância eu tentei imaginar como seria o ano em que eu faço 30. Muita informação pra processar a respeito. Certamente volto a comentar.

Devaneio de domingo

Ontem a gente saiu pra dar um rolê no Fórum Social Catalão. Banquinhas e abaixo-assinados interessantes, alguns adesivos pra tampa do pretovelho (que essa semana recebe sua bateria nova e vira um computador portátil de verdade). Nas palestras, nada de muita novidade, não cheguei a assistir muita coisa, mas no geral deu pra sentir um pouco daquele clima do FSM. Peguei um documentário feito por um pessoal daqui, o Processo do Possível. Depois de assistir eu comento. Na cabeça, o tempo todo dialogando com o Mutirão da Gambiarra, que devo começar a agitar logo logo. Fiquei me perguntando o quanto a MetaReciclagem foi influenciada pela movimentação dos FSM. Que outro mundo? Outra coisa batendo na cabeça esses dias é o tema da mesa-redonda em Berlim, web 3.0 - conspirando pra manter a rede pública. Eu tenho relido um monte de loas e críticas ao hype de web2. A crítica poucas vezes se refere às mesmas coisas. Concordo em alguns pontos aqui e ali. Mas me preocupa um pouco os fundamentalismos. Qualquer pessoa que tenha se envolvido de verdade com projetos de transformação social ligados a tecnologia sabe que se não tiver um perfil no orkut e conta no messenger vai ser esquecido em dois segundos. Dá pra pensar nisso como um uso superficial da rede, voyeurismo de coluna social, entregar nossa capacidade de relacionamentos de bandeja pra servidores corporativos que no mínimo ajudam a mapear públicos-"alvo" pra publicidade online, e no limite entregam nossa privacidade pra agências e governos de maneira no mínimo suspeitas. Difícil pensar em um futuro interessante com isso. Será que a rede aberta, livre e com privacidade está definitivamente comprometida? Tô brincando de ficção com um desdobramento dessa idéia, mas meu ficcionador é bem mais lento que meu blogueiro.leia mais >>

Web 3.0

Mandei uma descrição do que pretendo falar no transmediale. Very tosco, mas vqv. Depois eu mudo umas coisinhas.

Keeping the web public is not for all. The majority of people will be attracted
by low-friction voyeuristic crowdsourcing initiatives, but still there are those
who are interested in becoming autonomous actors of the internets. With the
goal of identifying those people with the potential to appropriate technology
in a deeper sense, and giving them the ability to learn and develop their ideas,
a series of projects and actions in Brazil have been adopting a de-constructive
approach and developing free and open technologies that have autonomy as
their main principle.

About me:

Felipe Fonseca is a brazilian independent researcher in the fields of technological
appropriation, free culture and multimedia production. He has been an advisor
for the brazilian Pontos de Cultura project, that has created hundreds of multimedia
centers based on free and open source technology. Felipe is a member of the
consulting board of DesCentro.org, of the international network Bricolabs.net
and one of the founders of MetaReciclagem.org in Brazil.

Atualizando: na real, como a apresentação é no último dia, é claro que eu vou mudar de idéia uma dezena de vezes sobre o que e como falar. Se for repetir o meu comportamento de sempre, só vou saber o que quero falar na madrugada anterior ao dia da apresentação, e vou dormir mal por causa disso. 

Mais um monte de notas perdidas no meu computador

     Do Reconhecimento de Padrões:
    - E você sabe usar uma chave de fenda também?
    - Não saio de casa sem uma.
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    Passamos alguns dias em Berlin. Cidade maluca, multicentro, aquela sensação de multicultura, bem mais que aqui. Doido que em Berlim eu não me sinto estrangeiro como em Dresden, São Paulo ou Porto Alegre. Voltas turísticas por lá, Zoo e mega-exposição de pinturas e esculturas francesas do metropolitan de NY. Fazer uso da carteira de estudante, um dos poucos bons resquícios de UAM. E também o outro lado, rolê em Kreuzberg, visita rápida à galeria Tacheles e café Zapata. Tageskarte, andar de metrô o dia inteiro, sem precisar pensar no destino. Dessa vez, evitei as bolhas nos pés por conta do tênis novo, enrolando os artelhos pequenos com esparadrapo, dica da minha bailarina. Apesar de toda a facilidade, o passeio serviu também pra me deixar feliz com Dresden por mais um motivo: se eu fosse pra Berlim, demoraria muito mais pra aprender alemão. É bem possível sobreviver por muito tempo lá só com um entschuldiegung, ich sprache nicht deutsch, ich bin brasilianer e um sorriso. Aqui as coisas não são tão fáceis, poucos falam inglês e quase ninguém entende línguas latinas. Brasil e futebol ainda aqui trazem simpatia, e olha que Pelé traz mais simpatia que Ronaldinho. Bastante gente dos quarenta pra cima fala russo, e se pans depois de alemão é mais uma língua pra eu brincar de bom dia por favor obrigado uma cerveja por favor.
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