Terça que vem, 05 de junho. Mais sobre isso.
Convidado: Marcus Bastos
Moderando: efeefe
A cultura digital torna-se cada vez mais complexa, conforme os dispositivos de conexão se diversificam. Aparelhos portáteis como celulares e GPS adicionam uma nova camada à Web, em processo que modifica a agenda de debates sobre os fazeres em rede. Neste contexto, é preciso contrapor o avanço das possibilidades de publicação de conteúdo sem intermediários (no que se convencionou chamar de Web 2.0) aos novos tipos de vigilância possíveis em aparelhos amigáveis que se tranformam facilmente em objeto de desejo de um grande número de consumidores. Além disso, em parte as formas de conexão atuais acontecem em aparelhos proprietários, que redesenham o jogo de protocolos e embaralham a distinção entre produção de contéudo e circulação de informação. Ao mesmo tempo em que videoblogues e sites como YouTube e MySpace tornam a publicação de vídeo cada vez mais simples, deslocando para o contexto do audiovisual debates antes localizados no relacionamento tenso entre a indústria fonográfica e os desenvolvedores de software para distribuição de mp3, os procedimentos de publicação online se modificam, tornando-se menos abertos, e a cultura do software livre amadurece, resultando em trabalhos de qualidade, como "The Duellists", de David Levine e "Net Monster", de Graham Harwood.
Participe:
Rua Luminárias, 243, subindo a escada - Vila Madalena - São Paulo / SP
Chat: irc.freenode.org , #metareciclagem
Streaming live: http://estudiolivre.org:8000/gambiarra
Marcus Bastos é doutor em Comunicação e Semiótica e professor da PUC-SP. Entre seus projetos recentes estão o curta-metragem "radicais livre(o)s", finalizado com recursos do Programa Petrobrás Cultural 2005/2006, "Interface Disforme", finalizado com recursos da FIAT Mostra Brasil e uma série de banners e vídeos para painel eletrônicos criados para a infiltração na mídia Calhau, de Giselle Beiguelman e Facundo Guerra. Seus principais artigos são "Digital and Wild: beyond 'generative / emergent' and 'locative / performative", em parceria com Ryan Griffis (Leonardo Electronic Almanac, MIT Press), "Remix como polifonia e agenciamentos coletivos" (no livro Territórios Recombinantes, publicado pelo Instituto Sérgio Motta e pela Imprensa Oficial do Estado), "Cultura da Reciclagem" (no livro Cultura em Fluxo, publicado pela PUC-MG) e "O grande vídeo" (revista Trópico). Foi curador da Mostra Vídeo sobre o tema "Ruído", realizada pelo Instituto Itaú Cultural. Traduziu para português trabalhos de Jim Andrews, Bill Seaman e Camilla Utterback / Romy Achituv.