E aqui, ali, em sampa, no interior, em brasÃlia, nas bigcos, na imprensa... continua se tratando a tal "inclusão digital" como mero acesso a espaços informatizados. Isso é uma besteira. Avaliar o potencial digital de uma determinada comunidade pelo número de computadores residenciais é uma falha imensa. Os
gringos chamaram a atenção pro trabalho do
Bernardo Sorj. Dei uma lida por cima em alguns pdfs que tem por lá. Tem alguns pontos que eu concordo.
O que é necessário é avaliar qualitativamente o uso que se faz dos computadores em rede. O
rajesh afirma que um computador deve ser visto como um dispositivo em rede. O Ariel Foina comentou há uns dias sobre ver um computador como eletrodoméstico. Não sei.
O modelo de telecentro tem embutida uma idéia profunda, que é a criação de espaços públicos de articulação em rede, de enraizamento nas comunidades como espaço coletivo. Infelizmente, poucos telecentros têm pessoal qualificado para incentivar um passo além do "acesso" no uso da tecnologia.
O principal é conseguir ver a internet como mais um meio de comunicação descentralizada, outro nÃvel daquilo que começa com a fofoca, milhares de anos atrás. Não tem nada de muito novo nisso. O que muda é a escala da virtualização (já que "virtuais" já são a lÃngua, a moeda, as metáforas, as receitas de bolo, e por aÃ). Posso falar diretamente, quase de maneira Ãntima, com uma pessoa de brasÃlia ou da jamaica em uma fração de segundo.
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