felipefonseca's blog

A cidade continua generosa

E ontem fiz muito do que precisava e ainda fomos pegar um pôr do sol na praia. Encontramos amigxs, incluindo o marido de uma quase-prima que, descobri ontem, é lá de Santana do Livramento, fronteira com o Uruguay, onde eu passei muitas férias. Ele até conheceu a Padaria Fonseca, que era do meu avô, na Silveira Martins. Mas aí tava voltando pra casa, com duas garrafas de litro de Xibeca, e aqui embaixo, em frente ao latão de basura, um vizinho remexia em uma caixa. Paramos pra ver o que era... uma pilha de livros. O vizinho chegou antes e levou o filé, mas ainda consegui pegar umas coisinhas engraçadas e pelo menos um livro bom, "El corto verano de la anarquia: Vida e muerte de Durrutti", do Enzensberger. Mais um pra minha pilha de leituras.

Na cabeça hoje...

* Desenvolver um exercício offline que emule a lógica de moderação com karma de slashdot e afins.

* Desenhar a arquitetura de um site bem complexo.

* Folhear alguns dos livrinhos que eu catei ontem na biblioteca, entre eles uma História Social da Magia, um Aleph do Borges, o primeiro volume do Buda do Osamu Tezuka, um aprenda-você-mesmo Catalão e acho que mais um que não lembro.

* Ler alguns textos e postar mais umas referências no meu blogue escondido sobre tecnomagia.

* Dar um rolê na beira da praia.

* Assar um quilo e meio de costelas de porco com limão e hortelã, e devorá-las acompanhadas de algumas garrafas de litro de Xibeca. 

* Trocar todas as primeiras opções pelas duas últimas.

O que será da TV Digital?

O coletivo kolho, de bh, mandou bem num vídeo sobre TV pública, TV digital, TV livre, ... Levaram o prêmio "sujeira" no festival do Livre Olhar. Pra assistir, cola no Estudio Livre.

Teimosia

Bica: não é dom. Talvez uma mistura de teimosia, pretensão, narcisismo e busca de algum sentido na vida. Na real uma coisa que tem me incomodado é que ainda não apareceu um aproveitamento melhor do formato internet. Apesar de eu ler cada vez mais na tela, o que evita que eu leia textos mais longos e lentos, ainda continuo bitolado em escrever em formatos tradicionais. Atualizar a narrativa ficcional deveria passar por explorar mais toda essa fragmentação e questionamento da confiabilidade na comunicação. Mas só o que eu vi por aí foi porcaria: escribas tentando emular blogs que tentam emular mídia alternativa que tenta emular o jornalismo; ou experiências boas de pessoas que depois de exercitar sua escrita em fanzines, fórums e blogs se voltam outra vez pro papel. E aí a nova mídia fica como prática de esgrima, exercício, esse pessoal eventualmente escreve livros bons pra caramba, mas o formato na real não muda.

Sei lá. Ainda tenho que descobrir umas coisas. De qualquer maneira, usar esse espaço aqui pra exercício ainda é uma obrigação que eu sinto e não cumpro.

Comoditizando o futuro

Tem uma conversa muito boa rolando nos comentários de um post do Charlie Stross, que eu não conhecia até ler um post do Ronaldo no Superfície Reflexiva elogiando o escritor. O Charlie comprou um Asus EEE e levanta algumas questões sobre a indústria da tecnologia, lei de moore e a bolha do software proprietário. Ainda tô no quadragésimo comment e tem muitos por vir, mas a conversa é bem interessante... hipóteses e alternativas pra fazer dispositivos mais baratos (e úteis, e...). Aproveitei e mandei o linque pros bricolabs, mencionando a idéia de Generic Information Devices do Matt e ainda fui editar uns links no scuttle - adicionei a tag "gid" no que era relevante. E tudo isso tá alimentando as historinhas que ainda vão sair aqui da minha cabeça (e talvez já estejam, espalhadas por aí, quem sabe?).

Borgelona

Um dia desses fui ao serviço de orientação jurídica pra estrangeiros. Cheguei por indicação de um funcionário do consulado brasileiro de Barcelona, que me disse que eu deveria ter pedido um visto espanhol ainda na Alemanha. Não me esforcei pra chegar cedo (não é um dom que eu tenha), então peguei minha senha pelas dez e pouco, quase onze horas. A menina na recepção disse que tinha bastante gente, demoraria pelo menos um par de horas. A multidão de estrangeiros era tão grande que não dava pra sentar nem nas escadas. Saí pela direita, caí na Plaça de Espanya, saí andando pelo bairro.

Dei um rolê pelo Raval, entrei em umas livrarias, passei no CCCB pra ver a programação do BAC, entrei em umas lojas de instrumentos musicais por ali - me apaixonei por umas miniguitarras, provavelmente pra crianças, uma delas réplica da Gibson SG. Voltei, e ainda faltava muito. Sentei no café ao lado do prédio, saquei o Ficções do Borges em Castellano que peguei da Biblioteca, reli alguns daqueles contos clássicos - as ruínas circulares, a loteria da babilônia, tlôn, uqbar e orbis tertius, funes... em algum momento fiquei devaneando sobre o artigo de Pedro Correa do Lago na Piauí. Lembrei do comentário dele sobre o Borges ter chegado bem vestido, me liguei que aqui em Barcelona os homens mais velhos são bastante vaidosos, sempre alinhados e bem-vestidos. Comparei isso com a Alemanha, onde tive a impressão que os velhinhos estavam sempre testando as últimas novidades em roupas de jogging e esporte. leia mais >>

Becapes

Esses planos do babaca aqui do lado me fazem pensar mais na necessidade de becapes físicos desconectados de coleções interessantes de dados... alguém tem um nome melhor para totem tecnomágico?

pesquisando

Continuando a pesquisar possíveis relações entre tecnologia e magia. Um dia desses publicaram um comentário lá num post meu no metapub. Meio viagem, mas me fez pensar mais nas sociedades que promoviam(promovem) intercâmbio de conhecimentos chamados mágicos. Fiquei sabendo que Barcelona tem um monte de pistas maçônicas, e outras tantas de outros tantos. E um dia desses minha cúmplice de vida me fez lembrar do Mago do tarô. Conta a wikipedia:

O Mago, o primeiro arcano maior do tarô, é uma carta que representa um adolescente, que tem um longo caminho a percorrer. Normalmente, tem sobre a sua cabeça o símbolo do infinito, dadas as inúmeras possibilidades e oportunidades que tem à sua frente. Esta carta tem o número I e a letra hebraica ALEPH.

Prometo que um dia desses sai algum rascunho dos contos tecnomágicos por aqui. Meu cadernim tá lotado de anotações. A história tá crescendo... Tô lendo o Ficciones do Borges, pela primeira vez em Castellano e relendo alguns quadrinhos (me aguardam pra logo os Livros da Magia do Neil Gaiman).

Mesas remotas

Preparando mesas remotas , a rolar provavelmente por stream de vídeo + chat, durante a submidialogia #3, daqui a umas semanas em Lençóis. Agora é ver em que lugar da programação cabem.

Chave de fenda

Encontrei na rua uma chave de fenda. Tirei do bolso minha chave de fenda e abri a chave de fenda. Dentro dela encontrei outra chave de fenda. Peguei minha chave de fenda do chão e abri a chave de fenda. Dentro dela encontrei outra chave de fenda.