Como muita gente, tenho acompanhado com curiosidade especial e alguma desconfiança o desenvolvimento do projeto OLPC - um laptop por criança, também conhecido como o "laptop de cem dólares". No Brasil a conversa sobre o projeto tem se concentrado em seu desdobramento político e o enrosco do processo de licitação da versão brasileira - o projeto UCA, um computador por aluno. Pra quem se interessar pelo andamento do processo em si, recomendo o blog OLPCitizen, que tem acompanhado tudo. Mas eu quero explorar um pouco a potência da mistura entre educação, redes colaborativas e tecnologia. Se toda a movimentação do projeto for levada a sério e evitar-se o risco de cair em demagogia ou puro comércio, acho que existem alguns pontos bastante interessantes.
Desde o início do OLPC, o apoio explícito ao software livre, o ideário construtivista e novos elementos como a facilidade em criar redes mesh colaboraram para qualificar o debate sobre tecnologia na educação, que até então era bastante focado em adestramento no uso de aplicativos de escritório. O projeto, seu protótipo de laptop chamado X-O e a interface Sugar já foram várias vezes assunto na lista metarec, como comentei no metapub ano passado:
O posicionamento da MetaReciclagem traz um questionamento óbvio sobre esse tipo de projeto que se posiciona entre o messiânico e o megalômano: se existe tanta tecnologia de informação sendo jogada no lixo, qual a necessidade real de se produzir e comercializar tamanhas quantidades de novos equipamentos? Na mesma linha, o britânico James Wallbank publicou o Manifesto do Laptop de Zero Dólares (em inglês), sugerindo que existem grandes quantidades de laptops sendo descartados que poderiam ser utilizados:
A rede nas mãos
Eu costumava defender mais radicalmente o reuso de tecnologia e ser totalmente contra a aquisição de novos equipamentos. Hoje já acho que é necessário equilibrar as duas coisas, porque pode ser que estejamos à beira do aparecimento de um novo tipo de compreensão do que é estar em rede. Aparelhos ultra-portáteis possibilitam uma grande agilidade em conectar-se, e com isso uma sensação de estar sempre ligado, de sempre ter acesso a qualquer informação e, em especial para nós brasileirxs, nossa lista de contatos à mão, que um laptop mais antigo, sem bateria nem placa wi-fi, torna inviável. A limitação à autonomia é frustrante. Eu uso laptops usados desde 2004, e muitas vezes tive raiva quando chegava em algum evento e precisava ficar procurando a tomada ou algum ponto de rede disponível. É possível comprar acessórios para esses computadores mais antigos, como eu fiz com o Thinkpad que uso hoje. Mas se for somar os 174 euros que paguei no computador, os 30 euros da placa wi-fi, os 40 euros do disco e os 50 da bateria, eu acabo gastando quase o preço de um subnotebook novo.
Também contam o peso e a portabilidade: um aparelho menor que um caderno é outra classe de dispositivo. Eu usei por algum tempo um internet tablet 770 da nokia, que embora tivesse alguns problemas (foi a primeira versão), mudou radicalmente minha maneira de usar a rede. Um exemplo bobo mas representativo: eu podia assistir a um filme e consultar o IMDB pra saber mais sobre o elenco, direção e outras informações sem precisar sair do sofá. A tela dele é bem reduzida, fazendo dele um dispositivo mais pra tarefas rápidas, e digitar era meio chato. Depois do 770, a Nokia lançou uma versão mais rápida, o N800, e depois o N810, com teclado retrátil. Dizem que novas versões do N810 vão vir com suporte a Wi-Max, padrão internet por rádio de longo alcance.
Outra questão a considerar é a internet em telefones celulares. Enquanto eu estava em São Paulo eu tinha um plano de dados pro celular, e descolei um aparelho que tinha rede EDGE, um pouco mais rápida que o wap. Instalei um programa pra ler e-mails, e algumas vezes aconteceu de sair de casa para uma reunião sem lembrar de anotar o endereço, porque tinha a sensação de que não precisava. É um comportamento no mínimo questionável - deixar informação importante em sistemas cuja privacidade eu não tenho como assegurar, depender da duração da bateria, ficar sujeito a chuvas e falta de cobertura - mas não dá pra negar que se trata de uma outra relação com a informação do que sentar em frente a um computador e "entrar" na rede. O caso aqui é de levar a rede comigo, pra onde quer que eu vá.
Minha opinião é que projetos que lidam com a disseminação de tecnologias de informação precisam dialogar com essas diferentes formas de entender e usar a rede, ou correm o risco de permanecer defasados e limitados a fornecer mão de obra limitada para a sociedade da informação. No Brasil, mobilidade e dinamismo são peças chave da sobrevivência cotidiana. Faz sentido incorporar essas características às políticas públicas de infra-estrutura comunicacional. Escrevi um pouco mais sobre isso em um textinho chamado "A Daslu e o Camelódromo":
A primeira vez que eu li sobre o Asus EEEPC, achei que era outro caso de especulação vazia, de uma empresa prometendo um produto improvável a preço impossível para chamar a atenção de investidores ou algo assim. Eu já tinha visto os mini-laptops da Asus, com preços elevadíssimos, e tinha ficado impressionado. Sempre achei um exagero aqueles laptops com tela de 17". Gosto de computadores compactos, como o Fujitsu Lifebook que usava em 2006.
Só fui acreditar mesmo depois que os primeiros EEE começaram a sair e estouraram em vendas no oriente. Depois de ler os depoimentos positivos de pessoas cuja opinião eu respeito muito, como Jaromil e Enrico Zini, as coisas pareceram realmente sérias. Reza a lenda que o projeto da Asus foi bastante inspirado pelo OLPC. Desde então, fiquei pensando que possivelmente a maior contribuição efetiva do projeto OLPC para o mundo foi indireta: mostrar que existe interesse e que é possível fabricar computadores portáteis, com menos poder de processamento, rodando sistemas operacionais livres e com preço reduzido. Em pouco tempo, a tendência pegou, e surgiram computadores semelhantes, até no Brasil com o Positivo Mobo, que na verdade é o mesmo que o espanhol Airis Kira e muitos outros. Outros exemplos são o PC da Elonex e o ECS G10IL. Até a gigante HP está preparando seu 2133, enquanto a Sony afirmou que se o EEE der certo, "estamos todos em apuros".
OLPC em apuros?
O projeto OLPC levou a uma grande quantidade de debate, dentro e fora da rede. Por toda parte, se misturava um ceticismo que por vezes camuflava uma hipocrisia de quem tinha interesse econômico no assunto com críticas realmente relevantes. Duas dessas críticas que eu endosso dizem respeito ao ritmo de cima para baixo que o projeto assumiu, e à ênfase desequilibrada em software sem muita reflexão sobre apropriação e sobre a variabilidade e indeterminação do hardware - falar em software sem hardware é perpetuar um tipo de alienação e de distanciamento da tecnologia. Mas na semana passada um post no Ars Technica jogou lenha na fogueira. Em resumo, Ivan Krstić, integrante do OLPC, saiu do projeto e deixou um post incendiário no seu blog.
Krstić conta um pouco sobre projetos passados de Nicholas Negroponte, que criaram grandes expectativas e falharam, como um projeto com computadores Apple II no Senegal. Acusa também Negroponte de mentir sobre suas intenções de portar o Sugar para Windows. Continua dizendo que saiu do projeto quando "Nicholas me falou - e não só para mim - que o aprendizado nunca tinha sido parte da missão. A missão era, em sua mente, sempre fazer saírem o maior número possível de laptops". O post no Ars Technica não questiona o resto dos argumentos, mas concorda (e acho que eu também) com a conclusão final de Krstić:
Desde o início do OLPC, o apoio explícito ao software livre, o ideário construtivista e novos elementos como a facilidade em criar redes mesh colaboraram para qualificar o debate sobre tecnologia na educação, que até então era bastante focado em adestramento no uso de aplicativos de escritório. O projeto, seu protótipo de laptop chamado X-O e a interface Sugar já foram várias vezes assunto na lista metarec, como comentei no metapub ano passado:
Algum tempo depois, eu tive a oportunidade de brincar com um X-O no Barcamp-SP, e na seqüência rolou uma conversa interessante.Hudson avisou que estava disponível para download o LiveCD com o sistema que roda nos X-Os. Eu baixei e testei, por curiosidade. A interface é interessante, bem simples. Na minha máquina dá umas travadas, mas isso é de se esperar. A Tati, com base na experiência que tem com escolas públicas no GESAC, falou que teme o que vai acontecer quando chegar nas escolas.
Uma declaração do presidente do CDI sobre o OLPC virou debate na lista também. Uirá compilou e recomentou em seu blogue:
e eu vim aqui pra dizer que esse baggio vacilou de falar mal,
e o que falou foi bla bla bla... educação, gestão comunitária?
claro. mas quem foi que disse que o olpc não preza por isso...
vai ler baggio...!
O X-O não é isso tudo, mas é bem interessante. Talvez o grande problema seja chamarem ele de laptop. Não é. É um pequeno dispositivo de comunicação entre pessoas. Pode virar um apoio a processos colaborativos de aprendizado. Questão recorrente: existe uma metodologia de uso do X-O? Minha opinião: não, e nem adiantaria muito. Talvez o movimento inverso: comunidade online de troca de planos e atividades entre professorxs de todo o Brasil. Dar visibilidade, promover troca com base em licenças livres, premiar as melhores idéias. Difícil, de qualquer forma - se o professor não puder considerar aquilo como trabalho, não vai parar nas horas vagas pra preparar aulas. Sergio F. Lima trouxe a imagem de "sala dos professores" online. Interessante. Orkut e MSN, redes sociais. Software livre. Usabilidade.Uns dias depois, comentei na lista OLPC-latinoamerica:
O interessante é que ele não parece um computador. Talvez se parassem de chamá-lo de "laptop", alguns problemas desaparecessem. Ele me pareceu um dispositivo em rede portátil, e pouco além disso. Para realizar tarefas simples e conectar à internet, ele é bem interessante. A interface é interessante, embora eu tenha achado os ícones um pouco herméticos. Ele é bem lúdico, com a câmera e tudo o mais.Dalton Martins assistiu a uma apresentação sobre o OLPC durante o último Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre, e trouxe algumas impressões:
Velha novidade vs. reaproveitamentoAlguns pontos que sinto que podem ser muito melhorados e trabalhados:
- o OLPC permitiu criar uma experiência de formação de contexto e apropriação de tecnologia que potencializa a auto-estima e a percepção de si mesmo por parte da moçada que tava usando ele;
- o micro na aula mudou a dinâmica da aula, havendo a formação necessária e o acompanhamento efetivo dos professores. Não estou dizendo aqui que mudar a aula significa melhorar a aula, mas cria um campo de experimentação novo e que pode significar mudanças conceituais e práticas bem interessantes;
- os idealizadores do campo de experimentação apresentam uma sacada muito interessante, que a gente já vem pensando e atuando em paralelo, que é realocar o professor, de provedor de conteúdo para orientador de projetos...
- outra camada interessante... o foco sai da metáfora do desktop e entra na lógica da rede social.
- falta um ambiente para que a rede social se expresse e permita pendurar conteúdos de forma a construir uma lógica de remix e compartilhamento;
- é fundamental que esse ambiente siga a lógica de emergência de uma rede e não busque focar no conteúdo...
O posicionamento da MetaReciclagem traz um questionamento óbvio sobre esse tipo de projeto que se posiciona entre o messiânico e o megalômano: se existe tanta tecnologia de informação sendo jogada no lixo, qual a necessidade real de se produzir e comercializar tamanhas quantidades de novos equipamentos? Na mesma linha, o britânico James Wallbank publicou o Manifesto do Laptop de Zero Dólares (em inglês), sugerindo que existem grandes quantidades de laptops sendo descartados que poderiam ser utilizados:
A atual especificação típica do laptop de zero dólares no Reino Unido é cerca de 500mHz, com 256Mb de RAM, um disco rígido de 10 Gb, placa de rede, CD-ROM, uma porta USB e tela capaz de exivir pelo menos 800x600 pixels em cores de 16 bits. Muitos laptops de zero dólares têm especificações ainda melhores.O outro lado da moeda é que, com raras exceções, equipamentos mais antigos não são tão eficientes em termos energéticos, o que resulta em um consumo maior de eletricidade, que em última instância colabora para os níveis de aquecimento e poluição globais.
A rede nas mãos
Eu costumava defender mais radicalmente o reuso de tecnologia e ser totalmente contra a aquisição de novos equipamentos. Hoje já acho que é necessário equilibrar as duas coisas, porque pode ser que estejamos à beira do aparecimento de um novo tipo de compreensão do que é estar em rede. Aparelhos ultra-portáteis possibilitam uma grande agilidade em conectar-se, e com isso uma sensação de estar sempre ligado, de sempre ter acesso a qualquer informação e, em especial para nós brasileirxs, nossa lista de contatos à mão, que um laptop mais antigo, sem bateria nem placa wi-fi, torna inviável. A limitação à autonomia é frustrante. Eu uso laptops usados desde 2004, e muitas vezes tive raiva quando chegava em algum evento e precisava ficar procurando a tomada ou algum ponto de rede disponível. É possível comprar acessórios para esses computadores mais antigos, como eu fiz com o Thinkpad que uso hoje. Mas se for somar os 174 euros que paguei no computador, os 30 euros da placa wi-fi, os 40 euros do disco e os 50 da bateria, eu acabo gastando quase o preço de um subnotebook novo.
Também contam o peso e a portabilidade: um aparelho menor que um caderno é outra classe de dispositivo. Eu usei por algum tempo um internet tablet 770 da nokia, que embora tivesse alguns problemas (foi a primeira versão), mudou radicalmente minha maneira de usar a rede. Um exemplo bobo mas representativo: eu podia assistir a um filme e consultar o IMDB pra saber mais sobre o elenco, direção e outras informações sem precisar sair do sofá. A tela dele é bem reduzida, fazendo dele um dispositivo mais pra tarefas rápidas, e digitar era meio chato. Depois do 770, a Nokia lançou uma versão mais rápida, o N800, e depois o N810, com teclado retrátil. Dizem que novas versões do N810 vão vir com suporte a Wi-Max, padrão internet por rádio de longo alcance.
Outra questão a considerar é a internet em telefones celulares. Enquanto eu estava em São Paulo eu tinha um plano de dados pro celular, e descolei um aparelho que tinha rede EDGE, um pouco mais rápida que o wap. Instalei um programa pra ler e-mails, e algumas vezes aconteceu de sair de casa para uma reunião sem lembrar de anotar o endereço, porque tinha a sensação de que não precisava. É um comportamento no mínimo questionável - deixar informação importante em sistemas cuja privacidade eu não tenho como assegurar, depender da duração da bateria, ficar sujeito a chuvas e falta de cobertura - mas não dá pra negar que se trata de uma outra relação com a informação do que sentar em frente a um computador e "entrar" na rede. O caso aqui é de levar a rede comigo, pra onde quer que eu vá.
Minha opinião é que projetos que lidam com a disseminação de tecnologias de informação precisam dialogar com essas diferentes formas de entender e usar a rede, ou correm o risco de permanecer defasados e limitados a fornecer mão de obra limitada para a sociedade da informação. No Brasil, mobilidade e dinamismo são peças chave da sobrevivência cotidiana. Faz sentido incorporar essas características às políticas públicas de infra-estrutura comunicacional. Escrevi um pouco mais sobre isso em um textinho chamado "A Daslu e o Camelódromo":
Um camelô que tem acesso ao maravilhoso mundo da internet vai deixar de ser camelô e virar office-boy, como deve fazer um incluído, certo?A indústria se move
Errado! Por que não pensar em como a tecnologia pode melhorar a vida do camelô?
A primeira vez que eu li sobre o Asus EEEPC, achei que era outro caso de especulação vazia, de uma empresa prometendo um produto improvável a preço impossível para chamar a atenção de investidores ou algo assim. Eu já tinha visto os mini-laptops da Asus, com preços elevadíssimos, e tinha ficado impressionado. Sempre achei um exagero aqueles laptops com tela de 17". Gosto de computadores compactos, como o Fujitsu Lifebook que usava em 2006.
Só fui acreditar mesmo depois que os primeiros EEE começaram a sair e estouraram em vendas no oriente. Depois de ler os depoimentos positivos de pessoas cuja opinião eu respeito muito, como Jaromil e Enrico Zini, as coisas pareceram realmente sérias. Reza a lenda que o projeto da Asus foi bastante inspirado pelo OLPC. Desde então, fiquei pensando que possivelmente a maior contribuição efetiva do projeto OLPC para o mundo foi indireta: mostrar que existe interesse e que é possível fabricar computadores portáteis, com menos poder de processamento, rodando sistemas operacionais livres e com preço reduzido. Em pouco tempo, a tendência pegou, e surgiram computadores semelhantes, até no Brasil com o Positivo Mobo, que na verdade é o mesmo que o espanhol Airis Kira e muitos outros. Outros exemplos são o PC da Elonex e o ECS G10IL. Até a gigante HP está preparando seu 2133, enquanto a Sony afirmou que se o EEE der certo, "estamos todos em apuros".
OLPC em apuros?
O projeto OLPC levou a uma grande quantidade de debate, dentro e fora da rede. Por toda parte, se misturava um ceticismo que por vezes camuflava uma hipocrisia de quem tinha interesse econômico no assunto com críticas realmente relevantes. Duas dessas críticas que eu endosso dizem respeito ao ritmo de cima para baixo que o projeto assumiu, e à ênfase desequilibrada em software sem muita reflexão sobre apropriação e sobre a variabilidade e indeterminação do hardware - falar em software sem hardware é perpetuar um tipo de alienação e de distanciamento da tecnologia. Mas na semana passada um post no Ars Technica jogou lenha na fogueira. Em resumo, Ivan Krstić, integrante do OLPC, saiu do projeto e deixou um post incendiário no seu blog.
Krstić conta um pouco sobre projetos passados de Nicholas Negroponte, que criaram grandes expectativas e falharam, como um projeto com computadores Apple II no Senegal. Acusa também Negroponte de mentir sobre suas intenções de portar o Sugar para Windows. Continua dizendo que saiu do projeto quando "Nicholas me falou - e não só para mim - que o aprendizado nunca tinha sido parte da missão. A missão era, em sua mente, sempre fazer saírem o maior número possível de laptops". O post no Ars Technica não questiona o resto dos argumentos, mas concorda (e acho que eu também) com a conclusão final de Krstić:
A dependência de escala para baixar os custos e a falta de habilidade para lidar com questões de produção são um sinal claro de que o projeto é melhor em criar do que em produzir. O OLPC ainda pode se fazer relevante, focando nessa vantagem em vez de tentar construir tudo. E eles podem deixar a montagem pra empresas de hardware como Asus e Intel que sabem fazer hardware.De qualquer forma, acho que por enquanto o processo todo tem sido bastante produtivo, mesmo que de maneira diversa daquela prevista pelos cabeças do projeto: rompendo barreiras psicológicas, e também promovendo experimentação efetiva onde antes só havia conversa. Vou continuar acompanhando o assunto, e continuar achando que a computação móvel e a internet sem fio trazem um monte de oportunidades para transformação social. Pra quem também se interessar, vou coletando os links aqui.