Das anotações perdidas no meu computador:
Ainda sem internet em casa, se pans amanhã chega, mas quatro dias
passaram rápido. Ainda patinando forte no alemão. Tentei voltar no
escritório de estrangeiros hoje, mas eles não trabalham segundafeira.
Agora só volto lá na sexta.
Fimdesemana foi doido, a festa aqui era esquematudo, cabelos de tudo
que é tipo, cerveja e gente sorridente. Livros de graça, banquinhas com
todo tipo de porcaria, e gente pacas. Dub cigano roque panque e tal,
cada quarteirão um embalo diferente. Policial me parou dizendo que
garrafa de cerveja não pode, mas seu guarda eu vou pra casa, moro ali
na esquina, liberaeu ali e tudo certo. Guardinhas simpáticos e
prestativos. Nem sinal de nases, por sinal. E hoje o zelador falando
que viu no jornal que 500 se feriram em brigas durante o fds, mas
ninguém viu nada disso, e a cidade quer proibir a festa, já viu. O
cybercafé dos africanos virou balada também, com banquinha na frente,
som cerveja e umas panquecas diferentes. E a rua aqui tem uma pá de
restaurante de todo canto, um é buffett oriental a 5 contos na terça e
quinta. E uma gravadora. E uma loja "thc headshop" que vende só pala. E
o kunsthofpassage, uma galeria que liga minha rua à paralela, cheia de
intervenções e lojinhas e tal. No meio de tudo encontrei uma loja de
instrumentos musicais e entrei pra comprar cordas pro meu miniviolão.
Doido é que eles têm um monte de instrumentos pequenos, violões como o
meu, uma Ibanez preta bonitinha, mandolins e parentes. Tinham cordas
específicas pro miniviolão, um pouco mais grossas. O Mizão chega a dar
medo de tão encorpado. Hora dessas eu gravo e estudiolivreio.