Archive - 2009 - Blog entry

April 8th

Relato Paralelo 2 - gringotur

Uma das conseqüências indiretas do Paralelo foi um pouco de gringotur. Muitos dos convidados estavam no Brasil pela primeira vez, e não queriam gastar um vôo de longa distância só para conhecer São Paulo e mais nada. Eu mesmo recebi ou levei algumas das pessoas para passear.

Na semana antes do evento, vieram a Ubatuba Tapio Mäkelä, um pesquisador finlandês baseado em Manchester, e Annette Wolfsberger, austríaca que trabalha no Virtueel Platform em Amsterdam. Eu havia conhecido a Annette mês passado no Wintercamp, e o Tapio no Futuresonic de 2008. Indiquei para eles o hotel-pousada Dellamares, bem perto aqui de casa, no Perequê-Açu. Não é o visual mais fantástico da costa, mas é de frente pra praia, e ainda não tão longe do centro. Quem acorda cedo pode até ver o sol nascer no mar, um espetáculo.leia mais >>

Relato Paralelo 1 - prévia e entorno

Conheço Bronac Ferran desde 2006. Fomos apresentados em São Paulo, por indicação de Paulo Hartmann depois do primeiro Mobilefest. Poucas semanas depois, junto com mais algumas pessoas, já estávamos rabiscando o que viria a ser o manifesto que juntou pessoas na rede Bricolabs. Desde então, ela demonstrou bastante interesse no que estávamos fazendo no Brasil, e tivemos a oportunidade de fazer algumas coisas juntos. Ela convidou a mim e Jean Habib para participar da sessão (un) common ground no Picnic Network de Amsterdam em 2007, veio para a Submidialogia #3, me chamou junto com Ricardo Ruiz para o Systems of Learning no ano passado em Londres, e ainda levou José Balbino e Alê Freire para falar das Casas da Alegria na Transmediale desse ano, em Berlim. No fim do ano passado, ela também me chamou para colaborar com idéias e pedaços de texto em um levantamento sobre novas mídias no Brasil, encomendado pela Holanda. O levantamento foi lançado há algumas semanas por lá. Assim que me autorizarem, eu publico o PDF na rede.leia mais >>

March 25th

Paralelo

Semana que vem estou em sampa participando do Paralelo - tecnologia e meio ambiente. Daqueles eventos cheios de gringo, ainda não sei bem como vão rolar as conversas por lá. Ajudei o pessoal a cadastrar um canal de irc no freenode para o lance: #paralelo.

March 24th

Nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. Ver com olhos livres.

Bárbaros, crédulos, pitorescos e meigos. Leitores de jornais. Pau-Brasil. A floresta e a escola. O Museu Nacional. A cozinha, o minério e a dança. A vegetação. Pau-Brasil.

Wikipedia:

A resina vermelha era utilizada pela indústria têxtil europeia como uma alternativa aos corantes de origem terrosa e conferia aos tecidos uma cor de qualidade superior. Isto, aliado ao aproveitamento da madeira vermelha na marcenaria, criou uma demanda enorme no mercado, o que forçou uma rápida e devastadora "caça" ao pau-brasil nas matas brasileiras. Em pouco menos de um século, já não havia mais árvores suficientes para suprir a demanda, e a atividade econômica foi deixada de lado, embora espécimens continuassem a ser abatidos ocasionalmente para a utilização da madeira (até os dias de hoje, usada na confecção de arcos para violino e móveis finos).leia mais >>

March 21st

matatlântica

Recordes mundiais da Mata Atlântica

 

March 20th

Não ao bloqueio de blogues

Diga não ao bloqueio de blogs

 

March 16th

Momento hero

Estava hoje na Escola do Futuro perto do horário do almoço e comecei a ouvir gritos. Uma colega dizia "é meu carro!" Ela tem um fusca bege com uns quarenta anos de idade, que estava sendo roubado por algum sacana sem coração. Não pensei duas vezes, peguei a chave do tectec (o valente Uno 1993 que minha dama me empresta pra circular em sampa, e estava parado atrás do Fusca) e saí acelerando ao máximo. Antes de chegar na primeira esquina, me perguntava "putz, e se eu encontrar os caras, faço o quê? estragar os dois carros com uma porrada?"

Pra minha sorte, em menos de um minuto encontrei o fusca parado perto do meio-fio. Confirmei que era ele (os dois pára-lamas traseiros amassados). Não sabia se tinha alguém dentro ou em volta. Parei do lado dele, tremendo de adrenalina, e vi que não tinha ninguém. Fui até a guarita mais próxima e conversei com o vigia, que chamou reforços. Tudo certo, ela apareceu dali a pouco. O carro deve ter parado por conta do corta-combustível. O ladrão, desapareceu. A USP é muito grande...

Soda isso. Tanto carro com seguro pra ser roubado ali em volta, e o cara pega logo um fusca de quarenta anos. Fiquei com medo pelo tectec, que também não é segurado. Reforçar as medidas de segurança low-tech :P

Quem vigia o vigilante?

 

Uma semana depois do wintercamp...

Algumas anotações, digerindo o wintercamp:

Um grupo ser networked, enredado, não significa que seja colaborativo, participativo ou coletivo. Existem redes de dominação, redes de privilégios, redes de violência. Olhando para alguns grupos que participaram do wintercamp, eu sinto que existe algo em comum com as redes que me são mais próximas. Mas esse comum não é a topologia das relações, o mero fato de organizarem-se em rede. Esse comum vai mais no sentido de uma ética, uma ética do estar e construir juntos, uma ética do compartilhar recursos, questões e oportunidades, uma ética do reconhecer-se como serumanx no olhar de outrxs serumanxs. Uma ética da humanização, do respeito, da confiança, do afeto. Essa ética só pode operar em rede: ela não sobrevive em ambientes centralizados ou autoritários. Mas o oposto não é verdade: nem toda rede reconhece ou segue essa ética. Nesse sentido, a retórica das redes pode ser tão vazia quanto a retórica do digital: também as redes, como o digital, podem prejudicar e desumanizar. Por estranho que pareça, também as redes podem servir a um tipo de egoísmo compartilhado e alienação semi-voluntária.

Lançamento - para entender a internet

Amanhã é o lançamento web do livrim "Para entender a internet", organizado por Juliano Spyer. Vai ter um texto meu sobre Lixo Eletrônico lá. O PDF, com menos de 1Mb, vai estar disponível amanhã.

Atualizando: o link para download do ebook é:

http://paraentenderainternet.blogspot.com/