Archive - 2007 - Blog entry

August 3rd

Sekt

Uma garrafa de sekt (fala "zéct") custa 3 euros e embebeda bem. No momento sou provaviva.

Outras notas esparsas e dispersas

Anotações da semana passada em um pendrive atarefado: 

Rotina da semana: escrever e-mail pra um monte de gente, estudar Deutsch alle Tage e ler Paulo Freire. Mais do que isso, comprei um laptop pelo ebay, bem barato porque velho e sem disco. Pra evitar ter que pagar os quarenta euros do HD IDE, peguei um Pendrive de 1Gb por dez pilas e fiquei ontem e hoje brincando de damn smal linux, "not" damn small linux e puppy. O puppy acabou com meu MP3 player, que tem agora evitado contato comigo. Instalei o DSL-N no pendrive, e estou agora escrevendo nele. O laptop tem teclado italiano, e mesmo configurando com pt_br e digitando sem olhar, eu perco todos os acentos. Resolvi tomar como maneira de exercitar um pouco a flexibilidade no escrever, fazer um post inteiro sem cedilhas acentos (entre as maravilhas da nossa lusofonia, acento se escreve sem acento e o mesmo se passa com a cedilha).
---
Acabou que consegui configurar o teclado abnt2, e é só não olhar pras teclas que acaba quase tudo saindo certo. Bem versátil esse DSL-N mesmo. Pelo que entendi, ele, assim como o DSL, é baseado no knoppix. Mas a vantagem que ele tem é usar o kernel 2.6.12 e softwares com GTK, tipo Abiword (onde eu escrevo agora). O Seamonkey pra browser, email e chat também é uma boa. Ainda não consegui fazer minha wi-fi USB funcionar, e olha que ela roda com driver nativo, zd1211. Mas isso é trampo pra amanhã, hoje já fiquei feliz de ter uma máquina rodando um sistema dentro de um pendrive. Se funcionar wi-fi, e somando com um hub USB e meu disco externo de 40Gb, tenho um barato bem portátil pra usar o computador de qualquer amigo pelo mundo. Doido. Única merda é que o keymap abnt2 por cima do teclado italiano me escondeu barra de espaço e interrogação. Se pans vou ter que aprender a usar o xmodmap, saco. leia mais >>

August 1st

Silêncio

Uns dias sem blogue, porque a aletta tá doente. Quase dois meses sem ler RSS. Muito rolê de bicicleta pela cidade. Aula de alemão tododia. Lendo Paulo Freire e Toni Negri e de novo o Willam Gibson. Aliás, eu esqueci de mencionar uma coisa que gostei no Reconhecimento de Padrões: ele dá um gosto interessante de comunidade online, aquela dinâmica de fórum e lista. Mostra relativamente bem.

Bricabraque

Ten days ago, I have sent this message to the bricolabs mailing list: leia mais >>

Cultura e MetaReciclagem

No meio de junho, uma entrevista de Claudio Prado pro Cultura e Mercado usando o termo "metareciclagem" causou celeuma na lista metarec. O Badah, que está tanto ligado ao pessoal do C & M quanto fez e voltou a fazer parte da lista, mandou uma mensagem sobre o assunto. As respostas foram diversas. Eu, com algum atraso, mandei minha contribuição: leia mais >>

July 15th

Coloradio

Quando saio pra rua, escuto a coloradio. Acho que os transmissas deles são meio fraquinhos, não consigo pegar tão bem no meu radinho quanto no stream deles, mas tá valendo. O folheto da stock7 fala que a coloradio é administrada por anarcos, e só isso já é alguma coisa numa cidade em que esquerda e direita ainda se levam a sério. O estúdio dos caras é três ruas pra cima, do lado do mediencollege, que por sua vez parece meio caretão, mas pode ser um lugar interessante. Interessante é que o bairro aqui, Neustadt, me faz lembrar de Praga e Amsterdam numa coisa: é só sair pra caminhar que dá pra tropeçar em cantos interessantes e buracos de minhoca em geral.

Domingando

Tenho feito aulas de alemão toda manhã. Acordo às seis e meia, como, pego o bonde e vou embora. Só volto depois do meio-dia. Cansativo, mas curiosamente intenso. A língua alemã é muito maluca. Muito mais complexa que o inglês, mas por outro lado tem uma lógica estrutural bem interessante. As coisas têm lugar certo, e dependendo de como são usadas são flexionadas de forma diferente. Substantivos são uma coisa, nomes próprios são outra - Nomen e Namen, mas todos eles são escritos sempre com maiúsculas. A ordem das frases é rígida, então eu posso dizer que eu aprendo na Inlingua alemão, mas não posso dizer que aprendo alemão na Inlingua ou que na Inlingua aprendo alemão. O primeiro verbo fica sempre na segunda posição da frase, o segundo verbo (quando há) fica sempre na última. A onda de poder juntar palavras pra explicar uma idéia me faz pensar no Borges pirando naquelas metáforas da Volsunga Saga ou quando ele discorre no Tlön, Uqbar e Orbis Tertius sobre uma das línguas do planeta lá, em que não existem verbos (BolaGrandeFogoCéu pra explicar o sol, e por aí vai).
Interessante também no curso de alemão é o bando de gente do mundo todo que tem por lá - colombiano, italiano, uns ex-russos e os orientais. Um alemão um dia desses me fez entender que, obviamente, até a reunificação, a Alemanha Oriental não recebia imigrantes turcos ou portugueses como o lado Oeste, só russos, cubanos e vietnamitas. E me liguei que tem mesmo uma pá de restaurante vietnamita por aqui. Herança vermelha, daquele jeito. Ainda não aprendi nada de russo, tô me concentrando no alemão, mas pretendo. Tem uma adega só com bebidas russas perto de casa. leia mais >>

July 11th

Feisty

Depois de tentar sem sucesso uma atualização por alguns (sofridos) dias, fiz uns becapes, redimensionei uma partição da minha máquina e instalei o feisty. Subiu bonito, com suporte pra tudo, wifi, webcam, leitor de cartão de memória. Agora tô aqui brincando com um cartão USB de DVB, mas aparentemente ainda não tem TV digital aqui em dresden.

Atualizando: aproveitei a faxina no HD e instalei ainda o ubuntustudio em outra partição. Ainda não testei direito, mas já vi que o jack subiu redondo. João Habib me falou pra não confiar no kernel de baixa latência que vem com ele, mas ainda vou testar.

July 8th

Negócios

Trafika Nonstop Em Hradec Kralové, no meio da República Tcheca:

Trafika

July 5th

Mais um monte de notas perdidas no meu computador

     Do Reconhecimento de Padrões:
    - E você sabe usar uma chave de fenda também?
    - Não saio de casa sem uma.
    -----
    Passamos alguns dias em Berlin. Cidade maluca, multicentro, aquela sensação de multicultura, bem mais que aqui. Doido que em Berlim eu não me sinto estrangeiro como em Dresden, São Paulo ou Porto Alegre. Voltas turísticas por lá, Zoo e mega-exposição de pinturas e esculturas francesas do metropolitan de NY. Fazer uso da carteira de estudante, um dos poucos bons resquícios de UAM. E também o outro lado, rolê em Kreuzberg, visita rápida à galeria Tacheles e café Zapata. Tageskarte, andar de metrô o dia inteiro, sem precisar pensar no destino. Dessa vez, evitei as bolhas nos pés por conta do tênis novo, enrolando os artelhos pequenos com esparadrapo, dica da minha bailarina. Apesar de toda a facilidade, o passeio serviu também pra me deixar feliz com Dresden por mais um motivo: se eu fosse pra Berlim, demoraria muito mais pra aprender alemão. É bem possível sobreviver por muito tempo lá só com um entschuldiegung, ich sprache nicht deutsch, ich bin brasilianer e um sorriso. Aqui as coisas não são tão fáceis, poucos falam inglês e quase ninguém entende línguas latinas. Brasil e futebol ainda aqui trazem simpatia, e olha que Pelé traz mais simpatia que Ronaldinho. Bastante gente dos quarenta pra cima fala russo, e se pans depois de alemão é mais uma língua pra eu brincar de bom dia por favor obrigado uma cerveja por favor.
    ------
leia mais >>