Viver com o que se tem, como de costume

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Num estudo realizado sobre os ciganos e outras populações itinerantes, a antropóloga Sharon Bohn Gmelch apresenta uma lista de alguns motivos pelos quais esses grupos sobrevivem. Eles mantêm as despesas gerais baixas e têm pouco interesse em “acumulação material e expansão de capital”. Estão dispostos a “explorar oportunidades ‘marginais”’, “preencher vazios” da economia e “aceitar uma margem de lucro pequena, proveniente de múltiplas fontes”. Em resumo, são especialistas em viver com o que têm, como todos os habitantes de Madrid, quando vivíamos lá — e como eram todos os membros do East Mountain News, nenhum dos quais ganhava nem um por cento do que precisava para viver com o jornal.
A mesma coisa pode-se dizer de The Neo-Futurists. Embora seu objetivo seja ganhar a vida com o teatro, a maioria provavelmente tirava dele apenas de vinte por cento a cinqüenta por cento de sua renda em 1998, segundo o fundador do grupo Greg Allen (que suplementa sua renda dando aulas de história do teatro no Columbia College). Outros têm empregos de meio período como massagistas, instrutores de ginástica, escritores de CD-ROM, técnicos de ultra-som, astrólogos, secretárias, garçons e um “autêntico astro do rock de uma famosa banda punk”.
Um membro da companhia, Geryll Robinson, escreve: “Eu gostaria de levar minha vida sem sustentar/ser sustentado pelas grandes empresas dos Estados Unidos. Não posso. Faço um monte de coisas esquisitas e até proibidas, pelas quais as pessoas me dão uma grana... Visitei Chicago. Vi Too much Light. Queria entrar. Mudei para lá. Fiz um teste. Agora eles me têm. Minha vida é boa. Muito boa”.
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