xemele

Pre-crime

Dos motivos que me fazem odiar essa coisa das pessoas deixarem de usar email e passarem a usar somente as mensagens particulares do Facebook:

Há pouco recebi uma mensagem de um contato do FB perguntando sobre um texto meu. Colei na caixa da mensagem o link para o ebook Repair Culture cuja versão preliminar eu publiquei há alguns meses. Quando apertei "enter" para enviar a mensagem, o Facebook abriu uma camada por cima de toda a minha tela avisando que eu estava enviando um link perigoso, ou algo assim. Chocado, até esqueci de tirar print, vou fazer isso se acontecer de novo.

Quer dizer que eu estou em uma conversa "particular" com uma pessoa que está em minha rede de contatos (e vice-versa, como é obrigatório no FB), e tento mandar um link para o MEU site, hospedado no MEU servidor, e a empresa estadunidense que propicia nossa conversa decide me colocar em suspeição? E se eu não tivesse certeza de que o link é legítimo? Será que meus links estão sendo bloqueados em outras conversas também?leia mais >>

Social Media Week

Eu fui convidado a participar de um debate sobre "O social nas mídias sociais", hoje às 16hs, na São Paulo Social Media Week. As minhas distâncias atualmente são medidas em quanto tempo eu preciso ficar longe da minha filha. Entre ida a São Paulo, deslocamento dentro da cidade, debate, conversas posteriores e todos os atrasos imponderáveis no meio, eu calculei que seriam umas doze horas longe, e ainda voltaria cansado demais para ficar com ela depois. Declinei do convite, mas propus a meu anfitrião enviar um vídeo colocando algumas questões.
Fiquei rabiscando algumas ideias na madrugada passada. Entre insights, fraldas e mosquitos, acabei não conseguindo dormir mais do que duas horas. Pela manhã fui ali pra sala som gravar o vídeo, e estava cansado demais pra fazer alguma coisa que me dê orgulho. Mas saiu alguma coisa. Estou enviando o vídeo para o pessoal, e se amanhã ele ainda me parecer passável eu publico no iutube. Mas vai aí embaixo as anotações que eu fiz (mais uma cola do que um roteiro - não está lapidado nem editado).leia mais >>

Obrigado pelo convite. Não posso ir dessa vez.
Felipe Fonseca. @efeefe. Acho que fui convidado a essa mesa porque fui um dos criadores e sou até hoje integrante da MetaReciclagem.
A MetaReciclagem começou como um grupo de pessoas em um galpão na zona sul de São Paulo que consertavam computadores doados, instalavam linux e entregavam para projetos sociais. Desde então, a gente se espalhou - de forma descentralizada e autônoma - para todo o país. Desenvolvemos algumas dezenas de projetos relacionados a experimentação, arte, educação, inclusão digital, políticas públicas, produção cultural e pesquisa. Nós ganhamos _prêmios_ nacionais e internacionais. Possibilitamos que alguns _milhares_ de pessoas aprendessem a ter uma relação mais próxima com as tecnologias. E principalmente, a gente aprendeu muito, se divertiu pra cacete e conheceu muita gente interessante
Antes de mais nada: a metareciclagem não é uma recém-chegada às mídias sociais. Desde o começo usamos blogs, wiki, licença livre (provavelmente antes de muitos de vocês)...
Quero compartilhar algumas inquietações. A primeira é o uso da palavra "social" como substantivo. Esse social acaba virando um apêndice da economia de mercado. Em vez de transformação social, se tratra de redução de danos. Ativismo domesticado, controlado e inofensivo, desprovido de aspecto político e que  que não sugere nenhuma transformação profunda da sociedade. Pelo contrário, só corrobora as coisas como são e promove algum conforto para a culpa da classe média.
Classificar pessoas, conhecimento e ações em categorias pré-definidas é um requisito antes de tudo econômico. Mas É bom recordar que o social não é um mero pedaço da economia. É justamente contrário - a economia é parte da sociedade.
Se queremos entender e aproveitar todo o potencial da internet para promover um mundo melhor, temos que sair da lógica binária que diz que tudo que não tem o lucro por objetivo deve ser interpretada como caridade (ou perda de tempo). Essa dicotomia falsa acaba por afastar gente inovadora que poderia usar seu talento para uma sociedade melhor.
Por outro lado, as iniciativas que têm cunho filantrópico, de assistência e caridade precisam ir mais a fundo em como compreendem as mídias sociais. A internet não é somente mais um canal de captação de recursos e divulgação de causas. A sociedade está criando novos laços e novas formas de relacionamento através da rede. Eu sei que vocês gostam do case do obama, mas isso é só a ponta do iceberg. A lógica da adesão é um desperdício de potencial frente à lógica da participação (leiam isso).
Não devemos tentar reproduzir na rede os mecanismos dos meios de comunicação de massa: esforçar-se para conquistar adeptos, suplantar a concorrência e atingir um público-alvo anônimo é exatamente o que deu merda no século passado. Eu me preocupo quando escuto um gestor de projeto social falar em "administração profissional", porque frequentemente isso quer dizer tratar as pessoas como números, dar atenção demais às contas e desumanizar a relação. Em tempos de individualismo, superficialidade e alienação, essa não pode ser uma boa escola.
E um recado aos empreendedores que querem encontrar maneiras de melhorar a sociedade: venham. É muito trabalho e quase nada de dinheiro, mas a satisfação de ver o sorriso de uma pessoa cuja vida mudou para melhor vale mais que a conta bancária.
Valeu, continuamos a conversa nas redes.
Felipe Fonseca
@efeefe

Drupal e mapas livres

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Estou desenvolvendo um site para hospedar um mapeamento ecológico e cultural de UbaTuba. Já temos alguma experiência com mapas no site da MetaReciclagem, onde usamos os módulos location e gmaps para situar grupos e conteúdo (por exemplo, nesse mapa).
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Espaço Livre

Jardins e a infralógica metarecicleira

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Mandei um post na lista na thread que o mbraz começou sobre Bauman, trazendo um pouco a conversa sobre jardinagem pro contexto da infralógica metarecicleira:
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Jardins e a infralógica metarecicleira

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Mandei um post na lista na thread que o mbraz começou sobre Bauman, trazendo um pouco a conversa sobre jardinagem pro contexto da infralógica metarecicleira:
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Infra Lógica

Multisite - pegadinhas

Depois de muito tempo enrolando, e com a perspectiva de finalmente desenvolver melhor o site da metareciclagem por conta do prêmio de mídias livres, resolvi dar jeito na vida e juntar os três sites que mantenho no slicehost (este blog, o site da rede.metareciclagem e o mutirão da gambiarra) em uma só instalação de multisite. Foi bem fácil, apesar de alguns detalhezinhos, que anoto aqui para quem puder fazer uso no futuro:leia mais >>

P2p: Opera, unite!

Confesso que eu estava meio cético com o teaser do Opera, que prometia mudar a cara da internet com um lançamento hoje. Há algumas semanas eu tinha instalado um beta da versão 10, e apesar de gostar da rapidez, não tinha me convencido a deixar o firefox de lado. Nos últimos meses, acabei criando uma dependência da combinação xmarks + readitlater. Na verdade, tenho certeza que poderia usar o opera de forma bem parecida, mas a inércia falou mais alto.

Também tem o lance de o opera não ter o código aberto, o que não faz nenhuma diferença no meu uso cotidiano (já que eu não desenvolvo nada) mas me deixa um pouco mais afastado. Acho que também não gostei de alguma coisa na renderização de fontes, nem sei. Não tenho mais nem usado o opera mini no symbian, acho que pela chateação de ter que entender o que é o software unsigned pra permitir rodar coisas de dentro do browser.

Até que saiu hoje o lançamento do opera unite, que propõe que cada computador com um browser seja também um servidor, rodando diferentes serviços P2P. Isso ecoa não somente a conversas sobre P2P e compartilhamento transparente na finada lista metá:fora, mas também me faz pensar na clássica posição de Brecht de que cada receptor de rádio deveria também ser um emissor.leia mais >>

Instalando o drupal em pouco mais de 6 minutos

Tava brincando hoje com ferramentas de captura do desktop, e pra testar acabei fazendo um vídeo de como subir um site com drupal em poucos minutos, usando shell e deixando tudo bem organizadinho pra eventuais updates. Tá no youtube, ainda sem áudio, mas funcionando. Se eu quisesse, acho que conseguia fechar em cinco minutos, mas fiquei meio lerdo em uns momentos.

Lançamento - para entender a internet

Amanhã é o lançamento web do livrim "Para entender a internet", organizado por Juliano Spyer. Vai ter um texto meu sobre Lixo Eletrônico lá. O PDF, com menos de 1Mb, vai estar disponível amanhã.

Atualizando: o link para download do ebook é:

http://paraentenderainternet.blogspot.com/

Pra quê mesmo?

Como prometi num post anterior, fiz uma seleção das partes da conversa "Pra quê" na lista metareciclagem que foram mais marcantes pra mim. Tá no wiki.
Outra coisa que vale a pena comentar é que visitei dois esporos de MetaReciclagem nesse mês: a Casa Brasil de Porto Alegre, e o Weblab Social, no Parque da Juventude. Bom ver que apesar de toda a minha crise pessoal de identidade coletiva, e mesmo se falta informação específica em alguns casos, continuam existindo espaços fazendo o que eu gosto de chamar de MetaReciclagem.