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Alguns pedacinhos do Piratas de Dados, edição brasileira (bem difícil de encontrar, por sinal) de 1990 do Islands in the Net, de Bruce Sterling:
p. 146
O primeiro-ministro inclinou-se para a frente, os óculos brilhando. Suas medalhas cintilavam.
- Alguns homens negociam com informação – disse para Laura – e outros com a verdade. Mas alguns negociam com magia. A informação flui em torno deles. A verdade flui para você. Mas a magia… Flui através de você.
- Isso é um truque – disse Laura, segurando a borda da mesa. – Vocês querem que eu me junte a vocês. Como posso confiar em vocês? Eu não sou mágica…
- Sabemos o que você é – disse Gould, como se falasse com uma criança. – Sabemos tudo a seu respeito. Você, sua Rizome, sua Rede. Acha que seu mundo abrange o nosso. Mas não é assim. Seu mundo é um subconjunto do nosso – golpeou a mesa com a mão aberta; o barulho foi o de um tiro. Vê, sabemos tudo a seu respeito. Mas você não sabe nada sobre nós.
- Você tem uma piada, talvez – falou Rainey. Estava recostado em sua poltrona, examinando as pontas dos dedos, com os olhos semicerrados e o rosto vermelho. – Mas você nunca vai ver o futuro, o futuro de verdade, até que aprenda a abrir sua mente. Contemplar todos os níveis…
- Todos os níveis debaixo do mundo – continuou Castleman. – Truques, como você chama. A realidade nada mais é senão níveis e mais níveis de truques. Tire esses estúpidos óculos escuros e poderemos mostrar-lhe… Muitas coisas.
p.200
- Por que isso? Por que simplesmente não me telefonou?
- Os telefones não estão funcionando direito – explicou o rapaz. – Estão cheios de fantasmas.
- Fantasmas? – perguntou Laura. – Quer dizer, espiões?
O rapaz resmungou alguma coisa em malaio.
- Ele quer dizer demônios – traduziu Ali. – Maus espíritos.
- Está brincando? – disse Laura.leia mais >>